Poema de autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário

Meu Nordeste,

Do Sertão, Carrasco Agreste,

Da Mata e do Brejo Cerrado,

Do misticismo religioso,

Vindo das caravelas do Rio Tejo,

Abençoai-nos, oh todo Poderoso!

 

Meu Nordeste,

Dos engaços espinhentos,

Até na florada do mandacaru,

Meu Nordeste

Do Juazeiro e do fruto do Umbu!

 

Quero cravar minhas mãos nesta terra,

Molhada pelas chuvas do trovão;

Quero liberdade, justiça e pão;

Quero ler todos escritores,

Ao Graciliano Maior;

Ouvir Caetano, Gil, Zé e Vandré

Até chegar a Belchior.

 

Meu Nordeste,

Nação de guerreiros,

Com seus litorais poéticos,

Cheiro encourado dos bravos vaqueiros,

Do couro dos partos nos quartos,

Contraste que se faz harmonia,

Na louvação dos céticos,

Onde tudo exala poesia.

 

Do meu Nordeste,

Livrai-nos, Senhor dessa canga,

Que deixa nosso povo na tanga!