A HUMANIDADE ESTÁ SE ACABANDO E O TEMPO É POUCO PARA VIRAR O JOGO
Os filmes de grandes catástrofes e tragédias, em cenários de apocalipse, nos mostram os escombros da terra e sobreviventes andando como zumbis ou fantasmas à procura de comida e refúgio. As gangues armadas se cruzam numa guerra fraticidas. Doenças raras e vírus fatais exterminam gentes num planeta em ruínas.
Não se trata de um roteiro cinematográfico de ficção. É a realidade batendo em nossas portas porque há séculos a nossa humanidade irracional vem destruindo o meio ambiente de forma impiedosa, para dela extrair seus lucros, sem contar as toneladas de lixo e gás carbônico que se joga no ar provocando o efeito estufa.
Se você acha que não estamos em pleno aquecimento global e que as chamadas mudanças climáticas são coisas normais ou não existem, como o maluco do Trump, dos Estados Unidos, então está entre os milhões ou bilhões de negativistas assassinos das próximas gerações.
Não é preciso ser nenhum cientista para concluir que a terra está em total turbulência, e os mais vulneráveis estão sendo as primeiras vítimas dessa destruição implacável. A humanidade está se acabando e o tempo se esgotando para virar o jogo e reduzir o placar da temperatura. O time da poluição está ganhando de goleada da preservação. A natureza não perdoa, não se deixa ser enganada e não nos dar outra chance.
Posso está sendo exagerado, mas não acredito mais em virada deste jogo, mesmo porque as boas ações de reflorestamento, os poucos projetos sustentáveis, os processos de reciclagem, os bem-intencionados, os conscientes do aquecimento global representam uma ínfima parcela em relação ao rombo que já foi feito e ainda está se fazendo.
Essa conta matemática não bate. Não basta reduzir a depredação. Teríamos que zerar, e isso é impossível de ser alcançado. Um beija-flor ou mesmo milhares deles, com seus finos bicos, não vão apagar o fogo que, por exemplo, arde as florestas porque os estragos são de dezenas de séculos. É como um doente de câncer que já está com seu organismo em avançado estado de contaminação onde a medicina, com toda sua tecnologia apurada, só faz protelar um pouco a vida.
Enquanto escrevo este texto, milhões de árvores estão sendo derrubadas, milhares de incêndios queimam as florestas, outras milhares de máquinas perfuram o chão para extrair petróleo em pleno solo e em águas profundas, para poluir nosso ar, milhões de toneladas de lixo entopem nossos rios, mares e a terra e bilhões de consumidores vão às lojas ou clicam na internet para comprar suas porcarias supérfluas.
Vem aí mais uma Conferência do Clima, em Belém. Como tantas outras, terminam em assinaturas de termos de compromissos, promessas de mais recursos para conter a devastação do planeta, diminuir as emissões de gazes tóxicos, muitos blábláblás, considerandos, divergências e todos retornam para suas casas, ou seus países, pregando aumento de seus PIBs e mais consumismo.
Os mais desenvolvidos camuflam as metas, atrasam seus projetos de sustentabilidade, e os mais pobres só querem imitar os ricos. O Brasil, com suas profundas desigualdades sociais, é o quinto maior emissor do efeito estufa, mesmo com uma grande parcela de energia renovável.
Do outro lado, um incentivador do petróleo, uma energia fóssil e altamente poluidora, sem contar a criação de gado para exportação, com um rebanho maior que os mais de 200 milhões de habitantes. O nosso país não é um exemplo a ser seguido, embora a propaganda diga o contrário. O tempo está se esgotando. Como virar este jogo?











