Senti a pílula do dormir

No apagar dos sentidos.

 

Sonhei que estava sonhando

No devenir do tempo.

 

No sono pensei

Que estava pensando.

 

Conheci feiticeiros da noite

Gentes gritos de dor do açoite.

 

Falei com meu ego

Percebi que estava cego.

 

Na agonia vi um raio do dia

Que caia do rochedo do medo.

 

Não tinha mais céticos

Porque os políticos eram éticos.

 

Todos nas aulas aprendiam a lição

Pra viver como cidadão.

Não havia mais filas dos SUS/ INSS

Nem engarrafamentos e estresse.

 

Os soldados estavam desarmados

Porque todos viviam irmanados.

 

Depois morri no sonho

Do meu eterno devenir.