OPERAÇÃO URBANA PARA INSERIR CONQUISTA NO CIRCUITO TURÍSTICO(Final)
O ex-prefeito Raul Ferraz está apresentando este projeto ao poder público municipal, com vista a incluir Vitória da Conquista no circuito baiano e nacional do turismo. Trata-se de um trabalho de grande envergadura que precisa ser apreciado e bem estudado, para ser colocado em prática numa parceria pública-privado. Tudo depende de decisão política que os prefeitos de Conquista ainda não tiveram coragem de, pelo menos, apreciar com cuidado.
MUSEU A CÉU ABERTO
No alto da serra, ao lado do monumental Cristo de Mário Cravo – um dos maiores Cristos Crucificados do mundo – dizem as diversas reportagens sobre o tema -, teremos um Museu a Céu Aberto, não só como estímulo aos artistas e à arte local, mas também – o que é importantíssimo – como atração para EXPOSIÇÕES dos grandes artistas nacionais e internacionais.
Considerando que por Conquista transitam mais de 50 mil carros por dia e que isso envolve mais de 100 mil pessoas chegando e saindo da cidade, temos aí um enorme potencial que não pode ser desprezado por qualquer centro de atrações turísticas.
Descendo ou subindo a serra pela Rio Bahia, o cenário do Poço Escuro, do Teleférico e seus bondinhos e do Cristo monumental é um belíssimo impacto visual; o mesmo ocorrendo com quem desce pela estrada de Barra do Choça; ou até mesmo quem vem do sul ou do oeste.
Existem muitos Museus a Céu Aberto no mundo e que podem servir de modelo.
No Japão, perto de Tóquio na cidade de Hakone, fica um interessantíssimo Museu ao Ar Livre: um jardim de 70 mil m², mistura de natureza e arte que reúne obras dos mais famosos artistas do mundo. E onde os turistas não se cansam ao percorrer stand por stand.
A serra do Peri-Peri seria local invejável para um investimento dessa natureza, não só pelo enorme potencial turístico como pela valorização ambiental que daria àquele espaço da cidade. Trata-se de homenagem aos nossos artistas e forma de atrair outros artistas nacionais e internacionais. Poucos profissionais da arte se recusariam a expor suas obras no Museu A Céu Aberto do alto da serra, em stands instalados na Cidade da Cultura, ao lado da BR 116, por onde transitam tantos milhares de visitantes, turistas em potencial.
Os convites poderão figurar nas próprias placas da estrada, com resultados positivos.
ESPAÇO CULTURAL
Mas o Museu a Céu Aberto será apenas uma parte do Espaço Cultural que deve funcionar lá no alto da serra, onde já está o Cristo; onde estará o Teleférico com seus bondinhos e onde se construirá uma grande Escada Rolante
ESPAÇO CULTURAL não é nenhuma novidade na maior parte das importantes cidades pelo mundo afora. Dentro do Espaço Cultural concentra-se a maior parte dos investimentos na área da Cultura.
Conquista precisa de um novo teatro. O teatro existente (Teatro Carlos Jeovah) foi inaugurado ali pelo início dos anos 80. E era provisório. Conquista precisa de uma Escola de Música. A que temos é também da mesma data. E foi inexplicavelmente retirada da sua sede original, E o mesmo se diga de um Mercado de Artesanato. O atual é também provisório e da mesma época.
Tudo isso – e muito mais – pode e deve ser instalado no Espaço Cultural do Alto da Serra.
A esse complexo histórico e cultural poderia ser dado o nome de CIDADE DA CULTURA, como fazem outras grandes cidades.
Além de ponto de encontro dos artistas e de todas as manifestações culturais, servirão, igualmente, para grandes eventos, como o já tradicional Festival de Inverno. É evidente que nesse Espaço Cultural não faltará um belo Palco ou Concha Acústica.
O CENTRO É DE TODOS
Apesar dos desafios que envolvem essa proposta de Operação Urbana Consorciada – Teleférico, Escada Rolante, Poço Escuro, Parte Alta dos bairros Pedrinhas e Cruzeiro e Recuperação do Centro Histórico da cidade – tudo isso com um propósito ambicioso de inserir Conquista no Turismo Nacional – temos plena consciência de que o ponto central de tudo será a elaboração de um projeto que atenda aos anseios de todas as partes envolvidas na recuperação do Centro Histórico.
Além do mais é uma prova de fogo que vai marcar a cidade para sempre. Daí por diante todos os desafios que surgirem serão minimizados. Uma Operação Urbana desse porte servirá de exemplo para muitas cidades brasileiras, muitas delas com problemas semelhantes ou até mais graves do que os nossos.
Entretanto isso tudo pode ser viabilizado. É que todas as partes só têm a ganhar. A administração pública pode não ter que investir muito. Pode até investir pouco ou quase nada, do ponto de vista econômico. É que as transformações na área multiplicarão o seu valor por metro quadrado, o que representa um grande atrativo para o empresariado.Além de tudo o artigo 34 do Estatuto da Cidade diz que:
Art. 34 – A Lei que aprovar a Operação Urbana Consorciada pode prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras necessárias à própria operação.
- 1º – Os certificados de potencial adicional de construção serão livremente negociados, mas conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da operação.
À equipe de assessoramento é que cabe analisar melhor a possibilidade de transformar a área em questão – Centro Histórico – em um SHOPPING. Os shoppings modernos, que na verdade são apenas os centros comerciais dos novos tempos, procuram imitar o funcionamento de pequenas cidades. Têm uma espécie de estrutura governamental (a administração) e serviços de polícia e de bombeiros, de limpeza, de abastecimento de água, etc. Em verdade é um espaço planejado para estimular e facilitar o consumo.
Centro Comercial, o de Conquista já é. O que falta é ser adaptado e dotado das modernas atividades e atrações.Esses modernos centros comerciais têm tudo aquilo que está faltando aos Centros Históricos não só de Conquista como de tantas outras cidades.Nossa proposta é a de transformação do Centro em um SHOPPING Coberto, repetimos.
TELEFÉRICO
É natural que uma transformação dessa natureza, por si só, já seria um grande impacto na revitalização do Centro da Cidade. Assegurando mesmo a sua sustentabilidade. Mas a construção de um TETEFÉRICO, tal qual nos referimos, terá o efeito de gerar um enorme impulso adicional em toda a cidade.
É que ao mesmo tempo que esse Shopping em que se transformará o Centro receberá todo aquele público que visita o CRISTO, ocorrerá também o contrário: o público usará o Centro para visitar ou conhecer o Cristo, bem como os demais equipamentos instalados no alto da serra.
Pelo mundo afora existem inumeráveis cidades que têm seus teleféricos e que ficariam com muita inveja do nosso teleférico e seus bondinhos subindo e descendo a serra, quase que paralelamente à BR 116, por sobre o Poço Escuro em uma bela mancha de mata atlântica e com destino ao Cristo ou Centro antigo da cidade, deslumbrando-se com um formidável cenário. E é bem provável que naquele viajante desperte a vontade de conhecer aquele Espaço Cultural ali tão próximo e ao seu alcance.
Uma das maiores preocupações de quem lida com o Turismo é poder contar com um público permanente e que não dependa tanto das alta e baixa temporadas A grande maioria das cidades turísticas são situadas no fim de linha. Nunca se ouviu alguém dizer que passou por Porto Seguro, que passou por Salvador ou que passou pelo Rio de Janeiro. Isso é válido principalmente para as cidades costeiras. Essas cidades usam a mídia para atrair turistas.
Mas por Conquista todo mundo passa, cabendo à cidade apenas tornar-se atraente, convidando e transformando os transeuntes em Turistas, diferentemente das outras cidades turísticas que utilizam a mídia para buscar o turista em casa.
Uma vez preparada para o Turismo Conquista já conta com o principal ingrediente dessa notável atividade: o PÚBLICO. E em vez de enchermos as estradas de placas, como que expulsando os viajantes, apontado para outros destinos – Ilhéus, Porto Seguro, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, etc., devemos atraí-los, indicando o que temos para mostrar:
Conheça o Cristo de Mário Cravo, Conheça o Museu A Céu Aberto, Conheça as Belas Paisagens do Teleférico, Visite A Cidade Cultural, Conheça a grande Escada Rolante de Acesso ao Cristo, Conheça o nosso Artesanato, nossos Jardins, Nossas Flores, etc.
Os Turistas viajam por prazer, em busca de curiosidades e diversões; é com isso que eles gastam. Uns gastam mais, outros gastam menos. Mas todos gastam.
ESCADA ROLANTE
O que é isto? Além da estação Shopping do Teleférico, que vai servir à Cidade Histórica, próximo ao viaduto, teremos um segundo acesso ao Cristo e à Cidade Cultural. Com enorme apelo turístico deve ser construída uma ESCADA ROLANTE, que sai da parte alta da Rua das Pedrinhas, perto do entroncamento com a Rua do Cruzeiro.
Esse equipamento urbano encurtará sensivelmente a distância para o Cristo e para a Cidade Cultural, facilitará a subida a pé e será uma atração turística equivalente ao Teleférico.
Deve-se considerar ainda uma outra vantagem de grande monta. Próximo a esse ponto de partida da Escada Rolante existe hoje uma área degradada, com lixeiras expostas e atrativas para os urubus. Local adequado para construção de uma bela Praça, e um importantíssimo e estratégico Estacionamento.
Equipamentos urbano e comunitário dessa natureza, conectados como deverão ser, representarão um enorme, valioso e oportuno atrativo para uma parceria público privada.
Será um lindo passeio, irresistível para qualquer turista. Será também o ponto de partida para a tão necessária recuperação dos bairros das Pedrinhas e do Cruzeiro, sempre sacrificados em toda a sua existência. E poderá resolver, de forma definitiva, a questão relativa ao Poço Escuro, nossa grande área de proteção ambiental, que deve ser objeto de recuperação e manutenção, estancando de vez a sua lenta e gradual destruição.
Com as obras aqui propostas – o Teleférico principalmente –, o Parque do Poço Escuro, cuja construção se torna indispensável, ficará mais visível pela população e, portanto, mais rígida a sua fiscalização.
Creio que as transformações urbanísticas e valorização histórica aqui enumeradas já seriam um enorme impulso na economia da cidade, com grande impacto em outras atividades inerentes ao turismo, a exemplo dos taxis, transportes coletivos e de aplicativos, hotéis e pousadas, restaurantes, lanchonetes, artesanato, fotografias, guias turísticos, e por aí vai.
O CRISTO DE MÁRIO CRAVO – UM POUCO DE HISTÓRIA
Quando se trata de símbolos históricos e culturais da cidade deve-se começar pelo CRUZEIRO que os bandeirantes ergueram lá na serra, no fim do século XVIII, ali por 1790. Vem daí o nome da Rua do Cruzeiro que era o único acesso àquele majestoso monumento, feito com dois enormes troncos de braúna.
Foram quase 200 anos, enfrentando sol, chuvas, ventos e tempestades, sofrendo um enorme desgaste até que viesse a desaparecer completamente lá pelos anos 70 do século passado.
Devemos ao ex-Prefeito Nilton Gonçalves a feliz lembrança de marcar o ponto exato em que o Cruzeiro foi erguido e resistiu por tanto tempo.
Com o desaparecimento do primeiro Cruzeiro, decidimos, em nosso mandato, erguer um outro monumento capaz de resgatar e preservar aquele sentimento simbólico que nos conduz aos primórdios da cidade, preservando a sua memória.
Mas esse novo monumento teria também que representar os tempos modernos com sua moderna tecnologia.
Foi para isso que contratamos o renomado artista Mário Cravo – um dos sete artistas do mundo contratados pela ONU para preservar o Patrimônio Histórico de Jerusalém.
Sim! Pouca gente sabe, mas o CRISTO lá da serra representa o novo CRUZEIRO, o mais antigo marco deixado pelos bandeirantes.
Bem no alto da serra, à esquerda de quem sobe, está um pequeno, mas simbólico monumento e que também deve ser preservado. Trata-se de uma pequena cruz de cimento, sobre um pedestal, marco histórico do maior valor, pois indica com exatidão o local do Cruzeiro antigo.
O velho Cruzeiro acabou, a cidade cresceu, a juventude não o conheceu, as pessoas de fora que para aqui vieram não sabiam nada sobre a história da cidade. Mas a minha geração ainda conheceu o Cruzeiro antigo e muitas vezes acompanhou a verdadeira romaria que subia a serra do Peri – Peri levando galhos de árvores, flores e pedras na cabeça, simbolizando graças recebidas, ou pedindo chuvas.
Decidimos, em nosso mandato (1977/1983), construir o novo Cruzeiro. E contratamos Mário Cravo.
– Este Cristo Crucificado – dizia Mário Cravo – é para durar 500 anos, mas precisa de manutenção. Ponto.
Mas a cidade não era mais uma Aldeia, um Povoado ou uma Vila. Ela se espalhava desde o pé da serra por uma enorme planície que só termina na descida de outra serra – a serra do Marçal, ao leste -, seguindo também para o sul e para o oeste.
E a mudança do local se impôs.
Dois motivos principais justificam a mudança. O primeiro era fixá-lo no ponto mais alto da Serra do Peri-Peri para torná-lo mais visível; o segundo foi cravá-lo em frente à Rio-Bahia (BR 116), cujo projeto de sua construção tomou como base e rumo, exatamente o ponto mais alto da Serra. Daí a sua visibilidade propiciada a uma grande distância.
De Cruzeiro dos Bandeirantes a Cristo de Mário Cravo, o monumento conheceu toda a nossa história até tornar-se a pujante Vitória da Conquista de hoje, a TERRA DAS ROSAS; o TESOURO IMENSO que a cidade representa nos dias atuais.
O Cristo de Mario Cravo, nas devidas proporções, deve ser entendido como marco inicial da estreia de Conquista no seleto grupo de destino turístico. Assim como o Rio de Janeiro, que tem no Corcovado a sua maior referência turística no mundo inteiro.
O BRASIL E O TURISMO
É verdade que o próprio Brasil trabalha muito mal o seu potencial cultural e histórico; as oportunidades de crescimento do seu mercado do turismo; não enfrenta os desafios e dificuldades que impedem a expansão desse segmento.
Um estudo de competitividade para o turismo realizado pelo Fórum Econômico Mundial, demonstrou que o Brasil está em primeiro lugar em atrativos naturais, em um ranking de 136 países. Mas ocupa apenas a 106ª posição no quesito priorização do setor.
O turismo é responsável por um em cada cinco postos de trabalho criados no mundo inteiro na última década. Não são poucas as cidades que se dedicaram ao turismo e que têm nele a sua principal fonte de renda. Algumas cidades chegam mesmo a ter no turismo sua única fonte de riqueza.
Conhecido como indústria sem chaminé, o turismo proporciona ao turista e aos visitantes a experiência do prazer e do entretenimento.
ANEXOS
(Meras lembranças e sugestões)
É lamentável que Conquista tendo um equipamento comunitário do porte do Ginásio de Esportes fique alheia aos acontecimentos esportivos nacionais.
Assistimos diariamente na TV inumeráveis eventos esportivos de âmbito nacional ou regional praticados em Ginásios de Esporte, muitos deles de nível bem inferior ao de nossa cidade.
E o nosso Ginásio de Esportes foi feito exatamente com essa finalidade, isto é, preparar a nossa juventude para as atividades esportivas, participando de eventos esportivos não só aqui, mas também pelo Brasil afora.
É isto, aliás, que vemos muitas cidades brasileiras do interior fazendo o tempo todo.
Impossível? Não. Aqui já estiveram os maiores times brasileiros de cada setor do esporte amador. E aqui já foi disputada uma chave do campeonato brasileiro de basquetebol feminino. Paula e Hortência já começavam a brilhar.
Oscar, Carioquinha e tantos craques brilharam aqui.
Muito caro? Pode ser. Mas contando com a participação do empresariado hoteleiro o problema foi resolvido.
Conquista já acomodou em curto espaço de tempo o que havia de melhor no Brasil e na Bahia em basquete e vôlei, masculino e feminino: Vasco da Gama, Flamengo, Botafogo, Fluminense, Sírio Libanês, Francana, São José dos Campos, Minas Tênis Clube, Seleção baiana, bem como as 10 maiores cidades do estado conheceram muito cedo o nosso Ginásio de Esportes e se hospedaram aqui.
Um fato inacreditável aponta para dificuldade do esporte e do Turismo conquistense. O Plano Diretor do município não dedica uma linha sequer ao turismo ou ao esporte.
FESTEJOS COMUNITÁRIOS
Muito importante para a cidade é a valorização do lazer, da cultura, da arte.
Tive muita vontade, mas não tive tempo, quando Prefeito, de realizar em Conquista um FESTIVAL DE HINOS MUNICIPAIS, trazendo a Conquista representações do Brasil inteiro.
Conquista, com seu belo Hino teria, com certeza, uma brilhante participação.
É evidente que um evento dessa natureza teria que ser feito por etapas. Muitas etapas.
FLORICULTURA
Conquista sempre foi chamada de Terra das Rosas. Os primeiros aviões comerciais que transitavam por aqui (linhas Aéreas Nacional, Real, etc.) saiam da cidade carregados de flores. E até hoje os mercados de flores da Bahia são, em grande parte, abastecidos pelas flores de Conquista. Isto de forma quase invisível.
Os grandes centros turísticos principalmente os do centro sul do país, são embelezados pelas flores que o clima lhes permite produzir.
Mas em Conquista, quando se quer ver flores, patrocina-se uma exposição da Holambra. E. por curiosidade, verificamos que ali não há espaço para as flores conquistenses.
A estrada de Conquista para Ilhéus é um caminho de turistas. No dia-a-dia do conquistense figura aquela estrada, a mesma estrada que nas altas temporadas se abarrota de turistas que vêm do norte, do nordeste e do oeste do país em busca das praias do sul da Bahia. É uma estrada linda, cheia de fazendas de gado bovino e de roças de café. Turista gosta de ver essas coisas que para a população local é muitas vezes uma simples rotina.
A própria Serra do Marçal é uma das mais belas serras do Brasil. A estrada. e a própria serra, não poderiam ser alavancadas para a valorização do turismo em Conquista? Não seria o caso de a administração pública municipal entrar em contato com proprietários e fazendeiros da área para fazerem “cercas vivas” em todo aquele percurso? A prefeitura poderia ajudar na irrigação (que não é tão cara assim) com abertura de poços artesianos, fornecimento de adubação e assistência técnica.
Poderia também estimular a criação de restaurantes e cafés dentro das próprias fazendas que margeiam a estrada, exibindo seu gado e suas roças de café. E que serviriam também como áreas de lazer. Sem contar que as flores das cercas vivas poderão ser comercializadas por pessoas conhecedoras do ramo e que se disponham a explorá-lo.
Não temos a menor pretensão de, com essas propostas ou sugestões, estar esgotando o tema relativo ao potencial turístico de Conquista. Ele é quase inesgotável.
AEROPORTOS
Apontamos como exemplo de outros passos importantes a serem perseguidos, o caso dos AEROPORTOS – o velho e o novo. É urgente a inclusão no Plano Diretor de dispositivo que qualifique a área do velho aeroporto como área de lazer. Como PARQUE, mais precisamente.
Três motivos, principais, levam a administração pública municipal a tomar tal providência:
O primeiro é evitar que o governo federal dê ao mesmo (velho aeroporto), outro destino menos interessante para nossa cidade. O segundo é que a área em questão serviria para compensar o verdadeiro desperdício de áreas livres de que a cidade já abriu mão, ainda que de boa-fé. O terceiro motivo é que, embora a documentação daquele espaço urbano seja registrado em nome da União como de seu patrimônio, todo ele foi doado pelo município, que o adquiriu por compra, ou desapropriação.
Existe ainda um quarto motivo, este de ordem legal. A Constituição determinou no capítulo da POLÍTICA URBANA e o Estatuto da Cidade regulamentou, que a política de desenvolvimento urbano é executada pelo poder público municipal e tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar de seus habitantes.
Seria até recomendável que o governo federal autorizasse ao órgão competente a criação de um belo PARQUE TEMÁTICO na área do antigo Aeroporto. Conquista teria muito o que comemorar. Em caso contrário, não poderá impedir que a cidade faça ali o que determina o seu Plano Diretor.
PARQUES
Mas não se pode esquecer, dentro de um projeto Turístico, a construção de outros parques, entre eles, um dos mais urgentes é o do Bairro de Jurema. Trata-se de uma área que fica à margem de uma via importante e que vem aos poucos sendo ocupada desordenadamente e desaparecendo.
Imagine tudo isso feito e responda à pergunta: Conquista pode transformar-se em uma cidade turística?
ESPERAR O QUÊ?
Não vamos fazer como aquele viajante que ficou sentado na margem de um rio esperando a água passar para atravessar sem molhar os pés.











