fevereiro 2018
D S T Q Q S S
 123
45678910
11121314151617
18192021222324
25262728  

:: fev/2018

MISTURAS DE PROTESTOS, ALEGRIAS E TRISTEZAS

Protestos nos sambódromos do Rio e São Paulo, muita curtição de um lado e violência do outro, sinais de revolta de um povo com prenuncio de convulsão social e a mistura do profano com o religioso. Mais um carnaval, como sempre com suas marcas contraditórias, mas que deixou o seu grito de explosão contra os desmandos dos políticos e governantes.

Muitas escolas com seus enredos levaram o protesto para o asfalto do samba no Rio de Janeiro, enquanto noutro asfalto, pouco distante dali, foi a violência que derramou o sangue de muitas pessoas e deixou centenas em estado de pânico e medo. Uns rindo e pulando com suas fantasias, outros chorando a morte de seus parentes e amigos. Uns curtindo e outros lamentando. Uma mostra de falta de sentimentos, de coletividade.

Com ironias e tudo, na quarta-feira da ressaca todos retornam para as realidades de suas vidas num país em crise de ética e de moral. Muitos cheios de dinheiro que ganharam nas festas e outros ainda mais pobres porque gastaram o pouco que tinham, Uns alegres e outros tristes numa mistura de prazer, de vazio e nostalgia. As críticas políticas fizeram a diferença num demonstração de descontentamento e de revolta.

Carnaval é euforia, revelações de personalidades, extravasamento, fanatismo, mentira, ilusão de prazer, foco de doenças, alienação, sensação de poder e até mistura do profano com o religioso onde mais se usa o nome de Deus em vão. Os cantores de axé enchem a boca para em nome de Deus agradecer por estar ali dando alegria aos foliões. Até parece que eles estão cantando e tocando de graça. E o cachê?

Com fé em Deus vamos ser campeões. Ganhamos, graças a Deus! São dizeres dos diretores das escolas de samba quando saem vitoriosos. Não sabia que Deus também se mete nesse meio e é torcedor de agremiação sambista. Quem perdeu foi porque Deus torceu contra e assim quis.

Na contagem dos pontos, o que mais se vê é gente rezando de terço na mão. Fazem promessas e apelam para tudo quanto é santo. Aliás, não é somente no carnaval que metem Deus no meio para tomar partido. O nome Dele está no futebol, em apostas, em jogos de azar, em mesas de dominó e baralho. Quando uma pessoa sai ilesa de um acidente grave, ela diz logo que foi Deus quem lhe salvou. Os outros morreram porque foi Deus quem tirou suas vidas e eram todos gente do mal.

O ESPORTE COMO INSTRUMENTO DA PAZ

Carlos Albán González – jornalista

A História tem mostrado, com o passar dos anos, que, conflitos entre nações, são amenizados, ou até mesmo resolvidos, por interferência do esporte. Vitórias que são colhidas em campos onde a diplomacia não teve êxito. O mais recente exemplo dessa assertiva foi assunto de destaque nos meios de comunicação de todo o mundo: líderes da Coréia do Norte entraram em contato com seus vizinhos e inimigos da Coréia do Sul, propondo enviar uma delegação de atletas, artistas e animadoras de torcida para os XXIII Jogos Olímpicos de Inverno, que serão realizados de 9 a 25 deste mês, na cidade sul-coreana de Pyeongchang, com a participação de 90 países.

A Península da Coréia, com 220 mil km² (pouco maior do que o Estado do Paraná), foi dividida ao meio em 1945, logo após a 2ª Guerra Mundial. O Norte, com uma área um pouco maior, ficou sob a proteção da União Soviética, enquanto o Sul, hoje mais desenvolvido economicamente, permanece apadrinhado pelos norte-americanos. Entre as duas, separadas pelo Paralelo 38, existe a chamada Zona Desmilitarizada.

Em 25 de junho de 1950, soldados do Norte, apoiados por soviéticos e chineses, invadiram o território vizinho. Dois dias depois o Conselho de Segurança da ONU considerou a ofensiva como um ato ilegal, enviando para a região uma força expedicionária, formada por 21 países (88% dos militares eram americanos). A guerra entre as nações envolvidas se estendeu até 27 de julho de 1953, deixando 750 mil mortos entre os combatentes e 2,5 milhões de civis entre mortos e feridos. Um armistício foi assinado entre as duas Coréias, mas nunca foi firmado formalmente um tratado de paz, o que significa que o conflito na península está apenas congelado, haja vista que há mais de meio século a região vive sob forte tensão, com troca de acusações.

Pacifistas esperam que o gesto do líder norte-coreano Kim Jong-Un propondo o encontro, com uma condição: sem a presença de “forasteiros”, referindo-se a assessores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Os mais otimistas acreditam que as conversações realizadas há poucos dias na Zona Desmilitarizada possam começar a quebrar o gelo entre povos que falam a mesma língua, mas que há décadas não trocam uma palavra. Há casos de familiares que não se veem desde o fim da guerra.

O governo sul-coreano informou oficialmente que os dois países desfilarão juntos na cerimônia de abertura dos Jogos, no próximo dia 9, e que, possivelmente, o time feminino de hóquei sobre o gelo será intercoreano. A Coréia do Norte enviará uma delegação de 550 pessoas, sendo 150 competidores (atletas e comissão técnica), 140 artistas, 230 animadoras de torcida escolhidas por Kim Jong-Un e 30 lutadores de taekwendo, que farão uma série de exibições, já que essa arte marcial não faz parte do programa dos Jogos.

O governo norte-coreano anunciou que Kim Yo-Jong, vice-diretora do Departamento de Propaganda e irmã do mandatário do país, viajará para o país vizinho. Os Estados Unidos serão representados nos Jogos pelo vice-presidente Mike Pence, que levará no bolso do paletó um discurso duro contra o regime da Coréia do Norte, onde afirma que Jong-Un está tentando usar o evento esportivo para divulgar propaganda comunista.

Na Olimpíada de 2000 em Sidney e de 2004 em Atenas, os dois países desfilaram juntos na cerimônia de abertura, atrás de um cartaz que tinha apenas a palavra Coréia, ainda que tenham competido separadamente. A iniciativa, aplaudida mundialmente e analisada como o começo de uma reconciliação duradoura, serviu simplesmente de balão de ensaio, pois não se repetiu em Pequim-2008, por exigência do Norte.

Exemplos no passado

EUA x Cuba – O beisebol tem se revelado, desde janeiro de 1959, quando Fidel Castro (1926-2016) liderou a ocupação de Havana, o único sinal positivo no relacionamento entre Estados Unidos e Cuba. Esporte bastante popular nos dois países, o beisebol tem proporcionado partidas memoráveis em cidades de ambos os países.

Pingue pongue – Uma bolinha branca, peça fundamental em um jogo de pingue pongue, aproximou Estados Unidos e China no auge da Guerra Fria (1945-1991). Substituído pelo tênis de mesa em torneios oficiais, o pingue pongue, praticado hoje como lazer, levou em abril de 1971 o primeiro grupo de norte-americanos a visitar o maior país da Ásia desde sua conversão ao comunismo em 1949. :: LEIA MAIS »

A DESESPERANÇA, O MEDO, O CIRCO E O POÇO DOS PRIVILÉGIOS NABABESCOS

Todos juntos – os nós contra eles, esquerdas e direitas – conseguiram destruir nossas esperanças e perspectivas. Mais uma vez, levaram nosso futuro e nos impuseram o medo cotidiano. Com suas armações ardilosas nos fizeram mais submissos e escravos. Depois de tantos roubos, assaltos e massacres, sobrou o total descrédito na política e nos políticos. Em clima de desconfiança e depressão, caímos no silêncio aterrorizante da indiferença.

Com suas maquinações maléficas de poder, eles conseguiram nos transformar em servos fantasmas-zumbis que vagam sem rumo, mas só não conseguem cortar seus privilégios nababescos. Por seus interesses escusos, negligências e falsas promessas, nos jogaram na vala da dengue, da zica, da chikungunya, da malária, da febre amarela e outras doenças exóticas típicas de um país pobre miserável. Nos corredores imundos dos hospitais, morrem aos montes. Quem se importa! Mal servimos para votar!

Sem cobertura social, no desespero pela sobrevivência, nasceu o ódio, a revolta de uns matando os outros. Para enganar e iludir, eles disfarçam brigas homéricas com tapas, xingamentos e palavrões, mas se unem fortemente quando se sentem ameaçados em perder seus cargos e mordomias. Desprezam-nos, e nem estão ai para os 12 milhões de desempregados. Seus bens e postos estão assegurados. Suas opulências mantidas. Apesar de tudo, votamos obrigados e felizes da vida por exercer o belo ato de “cidadania”.

Eles desfilam engravatados nos aeroportos, nos restaurantes de luxo e festas, vivendo em pleno fausto. Não dão a mínima atenção para os eleitores que há pouco tempo foram submetidos a tortura nas intermináveis filas. Tanto é verdade que as sinalizações e manifestações em sites e portais com vistas a reduzir o número de parlamentares nas casas legislativas (Congresso Nacional) e acabar com auxílio-moradia de políticos e magistrados nem entraram nas pautas de discussão. Mesmo assim, somos servis, obedientes e votamos neles.

CIRCO E MUITA OPULÊNCIA

Entre as propostas está a da emenda à Constituição (PEC 106/15) que reduz o número de senadores em um terço e de deputados federais em 25%. A matéria, que teve quase dois milhões de apoios, está parada com o relator Romero Jucá (logo ele!) desde inicio do ano passado na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado. Caiu na vala do esquecimento e virou entulho. Arrancaram de nós a esperança de viver.

Como forma de compensação, nos deram circo, muito circo! Nesta semana, milhões estão nas ruas, não para reivindicar seus direitos, nem para protestar contra a violência, a falta de saúde e educação, ou contra a corrupção deles, mas para o embalo do carnaval que serve de canal sórdido dos pobres para extravasar as mágoas e desabafar as frustrações de viverem sob o jugo dos poderosos. Eles, sim, riem de nós lá do alto de seus camarotes.

De volta ao corte do legislativo, pelo texto do senador Tião Viana, o número de deputados federais cairia de 513 para 385 e o de senadores, de 81 para 54. A redução dos gastos públicos está entre os ganhos do projeto. Cada um dos parlamentares custa ao erário R$33.763,00 por mês, sem contar o cartão parlamentar, que oscila de R$30,7 mil a R$45,6 mil mensais por reembolso de despesas. Para os funcionários comissionados cada um tem direito a mais de R$101,9 mil.

Caso a PEC fosse aprovada (coisa remota), a redução representaria uma economia de pelo menos R$25,7 milhões por mês. Todos eles sabem que é possível exercer as funções legislativas com uma estrutura mais enxuta em ambas as casas, mas não aceitam de forma alguma perder uma cadeira que rende uma fortuna por ano (galinha dos ovos de ouro), incluindo ai a “santa corrupção”. Dizem até que ela já foi canonizada no Brasil.

MAGISTRADOS NA CONTRAMÃO

:: LEIA MAIS »

“DEUSES, TÚMULOS E SÁBIOS” (II)

OS LADRÕES DE TÚMULOS E A “PRAGA DO FARAÓ”

Para se livrar dos ladrões e quebrar a tradição, Tutmés I (1545 a 1515 a.C.), ainda no tempo dos “Filhos do Sol” (Ramsés I e II (1350 a 1200 a.C),  foi o primeiro rei que tomou a resolução de separar o túmulo do templo, não mais depositando seu corpo em visível e imponente monumento tumular e sim numa câmara oculta sob a rocha. O Vale dos Reis era visado.

Antes, todos os túmulos de reis foram saqueados. Mesmo assim, a medida não impediu a ação dos ladrões, Os corpos de Ramsés III (três vezes), Amosis, Tutmés II e outros foram vítimas dos saqueadores. O próprio Tutmés teve que ser retirado da sua cova para outro lugar como forma de proteção contra os ladroes. Nem mesmo o seu túmulo na rocha parecia seguro. No de Tutancâmon entraram ladrões, quinze anos depois da sua morte e, no de Tutmés IV, deixaram seu cartão de visita através de rabiscos nas paredes com deboches.

Outros grandes arqueólogos de destaque foram o norte-americano Howard Carter que escavou o túmulo de Tutancâmon, o rei mais rico, Lepsius e Petrie atuaram no Egito. Paul Emile Bota e Layard fizeram grandes descobertas na Mesopotâmia, Schlieman e Evans assombrou o mundo com o achado de Troia e Cnossos, Stephens e Thompson (EUA), em Iucatã, na América Central e Koldewey e Wooley, na Babilônia.

O achado de Tutancâmon (1927/28), cuja múmia foi examinada pelo Dr. Derry, pode ser considerado o maior da história da antiguidade e rendeu enorme visibilidade para o mundo quando muito se falou da “Praga do Faraó”. “A Vingança do Faraó” e “Nova Vítima de Tutancâmon” foram, entre outras, manchetes estampadas na mídia daquela época.

“A morte virá com asas ligeiras para aqueles que perturbarem o repouso do Faraó” – diz uma das versões da “praga” que estaria inscrita no túmulo de Tutancâmon. O próprio Carter se manifestou dizendo que “o investigador faz seu trabalho com profundo respeito e a mais pura gravidade, mas livre desse arrepio a cuja misteriosa sedução sucumbe tão facilmente a multidão sedenta de sensações psíquicas”. Ele descreve histórias ridículas.

Paul Emile Botta, sem dúvida, foi também referência no campo da arqueologia que realizou escavações na região dos rios Tigre e Eufrates, berço da cultura da antiga Suméria e Assíria (Assur-Babilônia), cidades que alcançaram maior esplendor sob o domínio dos assírios e babilônicos.

Outro prodígio da ciência, Botta estudou chinês aos 14 anos. Em 1840 foi agente consular em Mossul (hoje Iraque). Com sua insistência, descobriu esculturas do tempo da existência de Nínive, o maior centro comercial, onde achou, em 1843, o palácio assírio do rei Sargão. Eugene Napoleon Flandin muito contribuiu com sua expedição como desenhista.

O trabalho de Botta teve prosseguimento com o arrojado inglês Henry Layard que encontrou os restos da residência de Dario e Xerxes, enorme palácio destruído por Alexandre Magno durante um festim com muita bebedeira. Conta que a dançarina Tais, na fúria da sua dança, tirou um tição do altar e jogou ao meio das colunas de madeira. Alexandre e seus seguidores fizeram o mesmo. Existem dúvidas sobre esta história.

Como decifrador da escrita cuneiforme, o destaque vai para o alemão Georg Friedrich Grotefend, nascido em junho de 1775. Tanto ele como os sábios da época estavam familiarizados com o antigo soberano persa de Persépolis (Ciro), sobretudo pela leitura dos autores gregos. Sabia-se que Ciro havia aniquilado a Babilônia lá pelos anos 540 a.C., fundando o primeiro grande império persa.

Outro famoso linguístico foi o inglês Henry Rawlinson, cônsul em Bagdá, em 1840,considerado aventureiro, juntamente com Henry Layard e Botta. Layard, por exemplo, baseado nas leituras de “Mil e Uma Noites”, realizou importantes escavações na Mesopotâmia nas colinas de Nemrod onde encontrou um dos maiores palácios assírios de Nínive, por volta de 1845.

:: LEIA MAIS »

UMA REPUBLIQUETA DE TRISTE REALIDADE

No Brasil quando se pensa que já se viu de tudo em termos de absurdo, ai aparece um fato que supera os outros. A deputada do PTB Cristiane Brasil, indicada a ministra do Trabalho aparece num vídeo em uma lancha entre sarados bem dotados seminus (aparência de gangster) reivindicando o cargo que virou uma batalha jurídica.

Uma coisa, como pessoa pública, é ter compostura no uso do seu espaço com liberdade para falar, a outra é cair no ridículo público. Não se trata de moralismo. O modus operandi reforça aquela imagem de que o Brasil é mesmo uma republiqueta. Em defesa e rebatendo as críticas, o ministro Marun – logo ele tão conservador e retrógrado – chama a mídia de talibã enrustida. Por essas e outras é que o Brasil lá fora é visto como uma piada.

Os juízes continuam culpando o povo por ter deixado, segundo eles, fazer o processo de biometria eleitoral para última hora. Na verdade, o maior culpado mesmo é a crueldade do próprio sistema eleitoral que, sem estrutura, expôs a população pobre a severas torturas (não se viu rico e político nas repugnantes filas). Já observaram como a palavra cidadão no Brasil foi banalizada e vulgarizada, tanto quanto o nome de Deus!

Mas, não é sobre as trapalhadas do governo do mordomo de Drácula que quero falar (hoje qualquer um pode ser ministro). Muito mais grave, como uma doença altamente contagiosa que faz todo organismo sangrar até a morte, é a triste realidade dos números e dos fatos da educação no país. Isto, ao longo dos anos, tem transformado o Brasil numa simples republiqueta.

Vamos, então, direto aos fatos. O nosso Brasil tem hoje quase 12 milhões de analfabetos de 15 anos ou mais, o equivalente a mais de 7% dessa população. No Nordeste, região que sempre apresentou os piores índices sociais no âmbito nacional, inclusive de extrema pobreza, a taxa sobe para 14,8%, quatro vezes superior ao que ocorre no sul, que registrou 3,6% de analfabetos. A disparidade também se dá pela cor entre negros e brancos.

Com base em 2016, os dados foram levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE – PNAD Contínua). Estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mostra que 53% dos jovens brasileiros estavam matriculados no ensino médio em 2015, enquanto a média dos países que integram a Organização é de 95%. Estima-se que mais 1,5 milhão de jovens entre 15 a 17 anos ainda estejam fora da escola. No conjunto, o Brasil tem cerca de 2,5 milhões de crianças fora das salas de aula. Os alarmantes índice de analfabetos nos remetem às  disparidades regionais e às profundas desigualdades sociais.

“Menos de 1% das crianças de 6 a 14 anos está fora da escola, mas o sistema não faz com que fiquem até o fim do ensino médio”. É o subtítulo de uma matéria (O problema é manter os estudos) publicada por um jornal do Rio de Janeiro sobre a triste realidade da nossa educação. A baixa qualificação dos professores, a deficiência na estrutura das escolas e a evasão nos impedem de comemorar qualquer número na educação no país.

De acordo com artigo de um especialista do veículo, o problema hoje não é atrair a criança e o jovem para a escola, mas mantê-lo estudando. Para o avanço em manter as crianças dessa faixa etária nas escolas contribuíram a diminuição das taxas de fecundidade e políticas públicas eficientes, como o Fundeb e o Bolsa Família. No entanto, esta escola não está conseguindo manter esses alunos no sistema até o 17 anos.

:: LEIA MAIS »

CONQUISTA DEIXOU DE GANHAR I MILHÃO

Carlos Albán González – jornalista

Os assinantes da TV fechada em todo o Brasil assistiram na última terça-feira o primeiro time eliminado da milionária Copa do Brasil de 2018. Entre os 91 clubes selecionados pela CBF o Esporte Clube Primeiro Passo Vitória da Conquista foi o primeiro a dar adeus ao torneio. No duelo dos bichos, o Bode foi derrubado pela Coruja, a mascote do Boa Esporte. O representante da cidade mineira de Varginha segurou o 0 a 0, garantindo passagem para a segunda fase do torneio.

Num raro momento de paternalismo, ao redigir o regulamento da Copa do Brasil, a CBF decidiu abrir o cofre, beneficiando clubes, como o Vitória da Conquista e o Fluminense de Feira de Santana, que vivem a “estender o chapéu à caridade pública”. Os prêmios, que já começaram a ser distribuídos, são superiores aos pagos em campeonatos disputados na América do Sul, como a Libertadores e o Brasileiro da série “A”.

Antes de entrar em campo o clube conquistense já havia garantido uma cota de R$ 500 mil, o que lhe garante o pagamento de duas folhas (R$ 180 mil cada) salariais do time de profissionais. Se passasse para a segunda fase seriam mais R$ 600 mil. O Fluminense de Feira, que vive os mesmos problemas do seu coirmão baiano, planeja reforçar o time com o milhão que está entrando em sua conta bancária. Mais esperto e mais valente, o Touro eliminou o Santa Cruz e agora espera em casa um outro time pernambucano, o Náutico.

O ECPP Vitória da Conquista tinha apostado todas suas fichas no jogo de abertura da Copa do Brasil. Seu presidente, Ederlane Amorim, imaginou a partida como uma final de Copa do Mundo. Hoje, depois de duas derrotas no Estádio Lomanto Júnior pelo Campeonato Baiano, e o empate com o Boa Esporte, sem ter marcado um gol, o dirigente deve ter chegado a conclusão que o seu time não tem condições técnicas de disputar as finais do Baianão e de fazer uma boa campanha no Brasileirão da série “D”, que começa no dia 22 de abril.

“Caçadores”

No início do ano centenas de jogadores com menos de 21 anos disputaram dois torneios nacionais, no Rio Grande do Sul e em São Paulo. Vários deles foram promovidos ao profissionalismo. Cabe aí a pergunta: por que os clubes nordestinos não vão atrás dessa garotada, em lugar de contratar “caçadores de ratos”? Espero que amanhã não apareça por aqui um caçador de tatu, para trazer intranquilidade a um dos veteranos jogadores do Conquista.

:: LEIA MAIS »





WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia