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“DOS SUMÉRIOS A BABEL (FINAL)

NABUCODONOSOR E A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

Os bons tempos dos sumérios e dos acádicos retornam no reinado do piedoso rei Nabopolassar (626-605 a. C.), pai de Nabucodonosor, o Grande conquistador que destruiu Jerusalém e levou o povo judeu para Babilônia, como relata Federico A. Arbório Mella, no livro “Dos Sumérios A Babel”.

Diferente dos sanguinários reis assírios, dos quais Senaquerib foi o mais cruel e conhecido como o louco, Nabopolassar reconstruiu Babel e os templos, sob os auspícios do deus Marduk, além de barragens e lagoas no rio Eufrates para o seu deus Chamach. Segundo inscrições feitas por ele mesmo, Nabopolassar roga a Marduk que eternize suas obras. Seu empenho foi o de devolver ao país o seu antigo esplendor.

Por muito tempo, Babel, o “Umbigo do Mundo”, ficou abandonada e toda terra caldeia se encontrava à beira de uma bancarrota. Nabopolassar, que se apoderou do trono através de um golpe, procurou, então, recuperar as tradições desde os tempos de Sargão e seu filho Naram-Sin, mas muita coisa havia mudado, como a língua, do acádico para o aramaico.

Desprezando aliados como a Síria e a Palestina, este rei se juntou a Ciaxares, dos medos, com quem dividiu o mundo. Na época, o faraó Necau investiu todas suas forças contra o Reino de Judá, comandado por Josias. Para impedir a ação do invasor, Nabopolassar enviou seu próprio filho a Síria para combater o faraó.

O enfrentamento entre as duas civilizações mais antigas do mundo (Egito e Assírio-Babilônia), foi favorável ao jovem Nabucodonosor que destroçou o Egito, conforme escreveu o profeta Jeremias, chamando os egípcios de medrosos que fugiram sem olhar para trás diante da fúria dos vencedores.

Mesmo assim, Nabucodonosor foi obrigado a interromper a perseguição contra os inimigos e voltar a Babel para os funerais do seu pai. Logo depois assumiu as insígnias reais e tomou posse como rei daquela parte do mundo. Seu reinado começou, assim, com vitória e governou por mais de quarenta anos.

O MAIOR REI E A DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM

Durante este período, Nabucodonosor passou a ser, depois de Sargão, Naram-Sin e Hammurabi, o maior rei da Babilônia. Para consolidar seu império, o novo rei conduziu muitas campanhas para se livrar da intromissão egípcia, como relatou Jeremias. O Egito não tentou mais sair do seu reino depois do desastre militar.

Joaquim, novo chefe de Judá, posto lá por Necau, procurou se submeter ao novo dominador, mas, como despótico, fez seu jogo duplo tentando reconquistar sua independência. Numa das suas investidas, em 602 a.C., ele chegou a ter êxito por displicência do rei babilônico.

Em 599 a.C., Joaquim morre e deixa seu filho Jeconias. Logo em seguida o exército babilônico avança sobre Jerusalém levando dali todos os tesouros das casas do Senhor e da real, despedaçando todos os vasos de ouro do tempo de Salomão.

Como primeira fase do exílio, Nabucodonosor levou também para o cativeiro todos os príncipes, valentes do exército, artistas, ficando somente os pobres do país. Deportou ainda o rei Jeconias, suas mulheres, mãe, eunucos e todos os juízes.

Mesmo assim, o Estado de Judá não foi totalmente eliminado. No lugar de Jeconias foi nomeado Sedecias para administrar o país. Não demorou muito para surgir o fanatismo de demagogos com esquemas para salvar o reino, como o falso profeta Hananias que prometeu quebrar o jugo do rei de Babel, recuperar todos os vasos da casa do Senhor e libertar todo povo em cativeiro.

Com isso, Sedecias se empolgou e deixou-se levar pelo discurso dos revanchistas. Tão logo, pediu ajuda ao rei Apries, do Egito, mas antes ouviu a palavra de Jeremias que previu sua derrota. Com raiva, Sedecias mandou prender o profeta e não pagou o tributo ao rei de Babel, que ordenou sitiar novamente toda Jerusalém.

Para impressionar, Apries se apressa e resolve invadir Chipre, Fenícia, Biblos e Sidon. Não contente, Sedecias insistiu no apoio, e o rei do Egito enviou tropas contra Nabucodonosor que, por um tempo, interrompeu o cerco à cidade. Novamente, Jeremias previu derrotas e o fim de Jerusalém.

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