:: 2/set/2017 . 1:02
“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO” (III)
Ao ler o livro “e a Bíblia tinha razão” deu-me a sensação de que o título poderia ter um “não” no que concerne a fatos que não tiveram relações sobrenaturais e outros relatos compilados de culturas antepassadas bem distantes. O Antigo Testamento mostra um Deus punitivo, vingativo e arbitrário como os deuses dos sumérios, dos assírios, dos babilônios, macedônios e greco-romanos. Ele impõe vitórias e derrotas nas guerras.
No capítulo “Quatrocentos Anos de Silêncio”, o autor Werner Keller destaca que em 1280 a.C. os hititas e egípcios celebraram o primeiro pacto de não agressão e defesa mútua da história do mundo. Em “Trabalho Escravo em Piton e Ramsés”, Keller assinala que o rei não conhecia José do Egito porque este viveu séculos antes dele, no tempo dos estrangeiros hicsos. A história do feiticeiro Balaão, a jamanta falante e de Jonas engolido por uma baleia são fábulas da Bíblia.
Os egípcios odiavam os filhos de Israel, insultavam e faziam-lhes passar uma vida amarga com penosos trabalhos de barro e tijolos na jornada para a Terra Prometida. No deserto, Moisés já conhecia muito bem a arte de tirar água da rocha. Ele aprendeu a fazer isso durante seu exílio entre os madianitas.
A sarça que ardia e não se consumia se tratava de uma planta de um metro de altura coberta de glândulas oleaginosas com ramas vermelhas, de óleo volátil que se evapora. Em plena floração a moita parece envolta em fogo por causa de seus óleos voláteis. Quanto as suas leis dos Dez Mandamentos, Moisés copiou muita coisa dos ensinamentos de Amenemope, no Antigo Egito.
Os doze observadores de Moisés, incluindo ai seu general Josué, que eram enviados à frente da marcha para reconhecimento da terra, trouxeram notícias ao chefe líder sobre cidades muradas, gigantes hititas e tribos dos amorreus, cananeus e amalecitas, raças estrangeiras que já habitavam a região. Quando o povo hebreu estava próximo, os amorreus, por exemplo, negaram a entrada pelo seu território.
Sem saída, Josué e seu exército teve de entrar na mão armada mesmo e ai se tornaram senhores da Jordânia até o Lago de Gnesaré. Conta a história que, tentando vencê-los, o rei Moab mandou “suas filhas” seduzir os filhos de Israel. Muita gente caiu na tentação e foi degolada e enforcada como castigo pelo pecado cometido. Com a expulsão dos hicsos, em 1550 a.C., a Palestina, então, passou a ser colônia do Egito.
Era a época de 1200 a.C quando o povo de Israel já estava estabelecido em Canaã. Neste tempo surgiu o ferro procedente dos hititas (primeiros fabricantes do mundo) e negociado pelos fenícios. As cervejarias floresciam no Antigo Oriente nas tavernas da Babilônia e em toda Mesopotâmia.
Foi também nesta época que os filhos de Israel sofreram perseguições e agressões dos filisteus. O primeiro rei Saul e seu filho Jonatas criaram as campanhas de guerrilhas para combatê-los. No entanto, os filisteus reforçaram suas tropas e o próprio Saul se matou. Israel inteiro foi ocupado por 40 anos de escravidão.
O rei David reconquistou a autoestima do povo, estendeu seu império até o rio Eufrates e construiu fortificações. No seu tempo, nenhuma nação se dedicou tanto à música como os habitantes de Canaã. Veio logo depois seu filho Salomão que se tornou rei do cobre.
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