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:: 22/jul/2017 . 9:00

O PONTO DA QUESTÃO

NÃO É SAUDOSISMO

A música popular brasileira vai de mal a pior, com letras fúteis que nada dizem. As duplas de “sertanojos” e os arrochas de “sofrências” são mais nefastas que as pragas do Egito. Os jovens são as presas mais fáceis desse arrastão comercial onde a mídia exerce papel de estímulo, somente para ganhar seu espaço na audiência, não importando as consequências.

Sobre esta invasão bárbara, veja o que diz a cantora baiana Virgínia Rodrigues que tem mais sucesso no exterior do que aqui: “Tenho muita pena do caminho que a música brasileira está tomando. Estão apequenando a música popular brasileira”.

No seu desabafo, acrescenta que não se trata de saudosismo, mas do fato de que antes era melhor e pronto, lembrando de Caetano, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Elis Regina, Paulinho da Viola, Luiz Melodia, Luiz Gonzaga, Chico Buarque, Edu Lobo e outros tantos.

“É um monte de gente que não faz nada, que não tem nada para mostrar, mas que chega e paga para serem tocadas. Os arranjos são pobres, a poesia das músicas é pobre, Vamos resumir, está uma desgraça”. Diria que saímos do iluminismo para as trevas, sem saber quando vamos sair delas porque estão acabando com o que ainda resta da educação e da cultura no país.

ENTREGUE AO ABANDONO

Por falar em memória cultural, como na música, o Centro Histórico de Salvador está entregue ao abandono, em ruínas. A região engloba 12 bairros (incluindo o Pelourinho) e conta com mais de 80 mil habitantes, uma cidade de médio porte que está se acabando com o tempo e quase nada está sendo feito pelo poder público.

Nas encostas do Pilar, Taboão, Lapinha e Santo Antônio, de saudosas lembranças onde era frequentador quando morei na capital, novos cortiços surgem através da ocupação de imóveis em ruínas. A Constituição diz que o poder público, com colaboração da comunidade, é protetor do patrimônio cultural. Isso só funciona na letra.

Institutos e órgãos não faltam, mas só servem de cabide de empregos que privilegia a mediocridade. Para se ter uma ideia, existem hoje o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan), criado em 1937, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia(Ipac), a Companhia de Desenvolvimento Urbano (Conder), a Secretaria de Desenvolvimento e Urbanismo (Sedur) e a recém-criada Diretoria de Gestão do Centro Histórico.

A maior parte dos edifícios em ruínas não possui sequer proprietários identificados. O que impera é a política do tombamento e do escoramento. Cadê o projeto de revitalização da Prefeitura Municipal de Salvador? A cidade está bem mais feia. Não se trata de saudosismo.

UM JUMENTO

Cara de pau o Mordomo dizer que o povo vai compreender o aumento de impostos dos combustíveis! O contribuinte-consumidor é mesmo um jumento que passa toda sua vida carregando peso para o seu dono e ainda é chicoteado quando reduz os passos diante de uma carga excedente. Quando não serve mais e poderia ter seu descanso num bom pasto, é levado para o matadouro e triturado para ração humana e animal.

MAIS DE 10 BILHÕES

O governo vai arrecadar mais de 10 bilhões de reais com a elevação dos impostos. Esta é a quantia gasta por ano com as mordomias e benesses do Congresso Nacional onde deputados têm altas verbas indenizatórias (mais de 25 assessores) e senadores mais de 60 sacratrapos. Nesta conta não estão incluídas as despesas com auxílios-moradias dos juízes do judiciário e outros penduricalhos, nem os polpudos salários dos servidores comissionados. E as aposentadorias dos marajás? É muita gordura pra cortar, mas, tudo isso, diz o Mordomo: A população entende.

E AS EMENDAS?

Para livrá-lo da denúncia de corrupção, o Mordomo soltou em julho cerca de dois bilhões de reais para os deputados, coisa que, além de escandalosa, nem deveria existir. E os gastos com jantares e almoços para aliciar parlamentares? Toda esta conta junta renderia mais de 20 bilhões, o que evitaria aumento de impostos, aliviando a carga do jumento que vive suado de pernas abertas com tanto peso nas costas. O quê o Mordomo está querendo? Uma guerra civil no país?

OS CARROS PRETOS

Causa-me arrepio quando vejo aqueles carros pretos cortando apressados a Esplanada dos Ministérios em direção aos palácios. Vem à minha mente aqueles filmes de gangsteres das máfias mais perigosas e poderosas com o “direito” de matar. Lá vão os homens de preto tramando as piores maldades contra o povo brasileiro. Nada de bom acontece quando eles passam todos luxuosos como condutores dos nossos destinos. Preferia os russos chegando!





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