:: 19/jul/2017 . 22:28
A EXTINÇÃO DOS CERRADOS E A ENTRADA DOS CAMELOS
Ao longo dos anos o homem só tem explorado a natureza para extrair seus lucros e consumir desbravadamente. A reposição tem sido insignificante ao tamanho da depredação. Como não existe almoço grátis, o meio ambiente agora cobra um custo alto através dos efeitos da poluição, do desaparecimento de rios e dos aquíferos com a escassez de água. As catástrofes nas cidades e nos campos provocam mortes e elevados prejuízos materiais. O barato está saindo bem mais caro.
Todos os biomas brasileiros (Mata Atlântica, Caatinga, Cerrado, Pantanal, Pampas e a Amazônia) sofrem ameaças constantes. Ai, regiões do Brasil poderão se transformar num Saara africano, uma boa forma de atrair turistas com a travessia de camelos. Os últimos governos, inclusive o do mordomo, que tem no Ministério da Agricultura um motosserra, apoiaram o desmatamento das florestas e a transposição do Rio São Francisco.
Há pouco tempo, pesquisadores brasileiros constataram que, se o índice de desmatamento do cerrado se mantiver como é hoje, em trinta anos o bioma perderá mais de mil espécies de plantas, maior extinção de vegetais da história. A revista Muito do A Tarde publicou uma entrevista sobre o assunto com o antropólogo e arqueólogo Altair Sales Barbosa, profundo conhecedor da região.
Para ele, essa extinção, em boa medida, já ocorreu e acrescentou ser uma falácia de que no cerrado ainda existem grandes quantidades de plantas. “Alguns dos subsistemas do cerrado já foram totalmente extintos, como é o caso das campinas e dos chapadões, cuja vegetação foi retirada para plantação de grãos”.
Um bom exemplo disso está bem aqui perto de nós, na Chapada Diamantina entre os municípios de Ibicoara e Mucugê onde vastas terras foram reviradas para plantação de hortigranjeiros, com a construção de barragens que provocaram grandes impactos ambientais no ecossistema.
- 1












