:: 24/jan/2017 . 22:28
COMO ACONTECE A EUGENIA NO BRASIL DOS PODEROSOS
Durante séculos, desde o início da colonização, a elite capitalista brasileira sempre foi opressora, tirânica e nunca aceitou repartir os benefícios das riquezas com os mais pobres, principalmente com os negros que serviram de escravos sujeitos ao tronco e à chibata. É bom lembrar que a desigualdade no Brasil sempre foi estrutural, não resultado das crises.
Este poder capital egoísta dos donos absolutos da terra na forma dos coronéis e depois da burguesia urbana “progressista” comercial e industrial, porém conservadora, terminou por fincar no Brasil as raízes de um processo lento de eugenia através das profundas desigualdades sociais que vão eliminando os mais fracos.
No nazismo da Alemanha houve uma política pré-estabelecida de um partido que procurou fazer a depuração das raças ao condenar à morte milhões de considerados impuros. No Brasil, o próprio sistema exploratório e predatório de subjugação se encarregou de depurar e excluir as pessoas. Também tivemos e temos aqui nossos campos de extermínios.
Quando a coisa esquenta um pouco, esse pessoal da plutocracia fala em diálogo, só que os poderosos nunca abriram mão de nada e fecham o cerco todas as vezes que o pobre começa a ganhar um dinheirinho. Para disfarçar e enganar, criam secretarias da mulher, do idoso, do negro e agora inventaram a Secretaria Nacional da Juventude que cheira mais a fascismo.
Foi assim no Governo de Getúlio Vargas no seu segundo mandato a partir dos anos 50 quando os dominadores da riqueza acossaram o presidente e tentaram um golpe. Getúlio se suicidou em 54, mas eles nunca desistiram. Voltaram com toda força em 1964 contra as reformas de base e depuseram com tanques, fuzis e metralhadoras o presidente João Goulart.
No poder, os opressores generais, com apoio dos Estados Unidos e aval da burguesia oligarca nacional, impuseram o maior arrocho aos trabalhadores, aposentados e demais categorias desfavorecidas. Todos tiveram que sofrer calados. Milhares foram torturados e centenas mortos nos porões da ditadura. Com a tirania dos coturnos militares foi mais fácil praticar a eugenia.
Bastaram ocorrer as barbaridades de esquartejamentos nas penitenciárias do Norte e do Nordeste, regiões de baixo índice de desenvolvimento humano, para o secretário da Juventude dar uma declaração nazista, diz ele que neste ponto era um coxinha, de que deveria ter rebeliões todas as semanas, com mais e mais matanças. Na sua visão, só assim se acabaria de vez com a raça dos marginais, vítimas de uma sociedade individualista.
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