:: 19/jan/2017 . 23:20
O PONTO DA QUESTÃO
A VELHA POLÍTICA CORONELISTA
Mudaram-se os métodos truculentos dos coronéis onde quem mais tinha terras, jagunços e capangas mandava mais na política, mas o jeito caduco de governar continua o mesmo, apenas com nuances mais modernas e sofisticadas, sem escancarar aquela força bruta dos fuzis de papo amarelo e do corta cabeças.
A começar pelo processo eleitoral dos favores e do assistencialismo, todo sistema continua arcaico e decadente. Enquanto perdurar o fisiologismo na política das horrorosas coligações de aluguel, do QI-Quem Indica, sem levar em conta o mérito e a capacidade das pessoas em cargos estratégicos, o poder público vai continuar um fracasso em suas ações sociais.
No fisiologismo, depois de eleito, o governante não passa de uma figura acorrentada às alianças e termina não realizando uma gestão mais técnica que política voltada para os anseios da população porque ele está cercado de incompetentes bajuladores, os chamados puxas-sacos.
Seus secretários também porque são obrigados a engolir auxiliares indicados pelos partidos da coalizão. É a chamada cota política dos que apoiaram a campanha. Entram ai os interesses particulares de cada um e não a coletividade. Este formato coronelista está ainda mais arraigado no interior.
CAMPEÃO DE PROJETOS
Bem que a Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista deveria se espelhar no exemplo do vereador Everaldo Lopes dos Santos, o Beca, do PPS, em Salvador. Foi considerado o campeão de projetos. Lá, o parlamentar apresentou durante sua legislatura que se findou, 29 projetos contra 26 do atual presidente da Casa, Leo Prates, do DEM, e outros 19 do executivo.
Um dos projetos dá folga ao servidor no dia do seu aniversário e outro cassa o alvará do posto que adulterar o combustível. Vereador é para fiscalizar e legislar e não para dizer amém para o prefeito. Basta de tantas indicações e moções de aplausos, sem contar as discussões fúteis, superficiais e monótonas do tipo feijão com arroz de todo dia. Na Câmara também manda o fisiologismo onde praticamente inexiste o mérito dos assessores escolhidos. Resultado: não temos projetos, nem temos conteúdo. As sessões são vazias e sem importância. O povo vota por obrigação e a maioria pelo favor recebido, mas não acredita mais neles.
AUDIÊNCIA ANTES DA LICITAÇÃO
Não entendi essa de se fazer uma audiência pública para construção da Barragem do Catolé antes da licitação da obra. Só pode ser mais um esquema da política para enganar o povo que há anos sofre com a escassez de água em Conquista. Não vamos repetir os governos passados que fizeram inúmeras reuniões e assinaram papéis fajutos sem nada de concreto, só palavreado.
Como perguntar quando será iniciada a obra se ainda nem lançaram a licitação? Basta de enrolação! Outra questão é que estas audiências públicas servem para formalizar o projeto que já vem pronto lá de cima. Depois falam em democracia participativa. É por estas e outras que as nossas instituições caíram no descrédito.
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