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:: 18/jan/2017 . 23:59

AOS TRANCOS E BARRANCOS NAS MORDOMIAS DOS PODERES EM DESORDEM

Com as férias da força tarefa da Operação Lava Jato, do legislativo e do judiciário, os pequenos sinais de melhora da economia passaram a ocupar os espaços da mídia nacional, principalmente a televisiva (somente interrompidos com as matanças nas penitenciárias), como se tudo isso fosse  curar as feridas lacerantes da crise política, moral e ética que historicamente levou nosso país a viver aos trancos, barrancos e reboques.

A impressão que se tem é que basta a economia crescer um pouco com a queda da inflação, dos juros e do desemprego para que se esqueça de vez a praga letal da corrupção praticada pelos membros da organização criminosa instalada nos três poderes da República. É justamente isso que os inimigos da Lava Jato do governo Temer estão pretendendo fazer. Este desejo está escrito na testa deles, incluído aí também os quadrilheiros dos governos petistas.

Se for para zerar as sujeiras e livrá-los da cadeia, todos eles, progressistas e retrógrados, coxinhas e mortadelas se unem contra a população, e ai o Brasil continuará na base do tranco e do reboque como vem sendo assim desde os tempos coloniais. Agora mesmo saímos do ruim e entramos no pior incerto e perturbador cheio de injustiças e atos medievais como as masmorras e as decapitações nas penitenciárias. Esta esquerda e esta direita tupiniquim acabam nos levando para os piores dos infernos.

O presidente mordomo reconheceu que os poderes estão em desordem e resolveu chamar as forças armadas para controlar as penitenciárias, um prenúncio de que elas também podem tomar as ruas. Conforme preceitua um artigo da Constituição (este artigo foi colocado pelos militares em fim da ditadura), em caso de desordem social e política as forças armadas podem entrar em ação para colocar ordem na Casa. No caso das prisões não vai também resolver o problema. Como não existem mais lideranças, vamos ter que importar um presidente.

Um leitor de um jornal da capital escreveu que existe muita similaridade entre facções criminosas dos presídios e o Congresso Nacional com seus partidos. Eles implicam prejuízos para o erário contra o povo “que paga com impostos essas pocilgas”. Nos presídios acontecem os motins e rebeliões sangrentas com centenas de assassinatos violentos. No Congresso também ocorrem motins e rebeliões, mas por cargos, dinheiro e poder.

O ideário neoliberal é seguido por países de economias fortes que se tornaram mais empoderados (palavra mais usada em 2016) com a globalização. De forma paradoxal, um país pobre como o Brasil adota o neoliberalismo, com a retórica de modernização nas relações entre capital e trabalho onde o mercado é o protagonista e o social o figurante.

O Estado do Bem-Estar Social se derrete com as medidas draconianas da Previdência Social (afastamento das aposentadorias), redução dos direitos trabalhistas (parcelamento de férias), negociação livre entre patrão e empregado, contratos temporários e a terceirização das atividades-fim que nada mais é que uma escravidão onde o operário se submete a ganhar o mínimo em condições degradantes nos serviços.

Agora vejamos bem como eles (os políticos e governantes em geral) nem estão aí para o resto dos injustiçados que recebem as migalhas de seus banquetes, para os mais de 12 milhões de desempregados (podem chegar a 13 milhões em 2017) que estão passando fome, para as profundas desigualdades sociais advindas, principalmente, da falta de uma educação de qualidade e para as penitenciárias que se transformaram em casas de horror onde facções degolam e esquartejam facções.

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