O governo do mordomo Temer se juntou aos mais fortes para mandar chumbo nos mais fracos. O projeto de reforma da Previdência Social deixou as forças armadas de fora, justamente esta categoria que tem aposentadorias polpudas e hereditárias.

Ele teme a reação dos militares generais truculentos que têm a força de mandar gás, bombas e balas em quem protestar. Mais uma vez passa absoluto o desfile dos tanques, dos fuzis e das metralhadoras em meio ao silêncio sepulcral dos mais fracos de buldogues. É uma covardia!

O ano 2016 não vai terminar no sábado do dia 31 de dezembro, mas pode ficar na saudade durante a passagem do 2017, se for decretado de vez o mandamento do não se aposentarás. Neste último massacre aterrorizante das castas lá de cima do legislativo, do judiciário e do executivo Frankenstein, esta pinguela não vai chegar ao outro lado.

As almas penadas não têm mais moeda para atravessar para a outra margem do rio no barco de Corante. Vão ficar vagando no limbo do purgatório da educação e da saúde. A tendência é de mais lamento, gemidos e revoltas na busca pelo acesso ao vil metal, para fazer a travessia para outra vida. Infelizmente, sem o capital não há salvação terrena.

Com a maldita PEC do teto de gastos de 20 anos, o maior tiro na Constituição, está decretado o regime de opressão aos mais necessitados que já estão passando fome e morrendo nas portas dos hospitais. É o caminho para mais violência e repressão dos militares. Estamos em pleno golpe onde ainda se exerce uma democracia relativa, somente para tapear a cabeça e a barriga dos bestas.

Com o argumento de que a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) está velha e caduca, vem aí mais outra reforma, a trabalhista da flexibilização da livre negociação entre patrões e empregados, justamente num país de profundas desigualdades sociais, inclusive entre as classes de trabalhadores onde uns têm mais privilégios que outros.

 Quando os empresários acham o projeto uma maravilha, não se enganem, é porque a coisa não é nada boa para os mais fracos. Nos países que adotaram esta reforma, os sindicatos são fortes e a desigualdade social é bem menor, não no Brasil que tem uma das maiores do mundo. Não dá para fazer comparações onde as diferenças sociais são bem menores.

Muitas categorias nesta terra Pindorama das concentrações de renda nem têm sindicatos e as que possuem são fracas. Nesses casos, as chamadas negociações serão impostas pelas elites conservadoras por que a entidade sindical, quando houver, não tem nenhum poder de barganha. Ou aceita ou vai embora para dar lugar a outros explorados. Se fizer greve tem os militares para baixar o pau. Zerar a multa de 10% paga pelo empregador gera mais desemprego

Só as atividades mais fortes como metalúrgicos, petroleiros, químicos, petroquímicos e outros vão ter condições de negociar e ainda assim com desvantagens por causa da crise política, moral e econômica. O resto, como parafuso em fábrica, entra forçado na base da opressão, se não quiser ser demitido. É mais chumbo quente nos mais fracos como acontece com a globalização. Com tantas diferenças, pobrezas e misérias, nosso país não pode se dar ao luxo de copiar medidas dos ricos.

Temer e sua gente reacionária são vômitos do PT. Os ratos que deixaram o barco quando estava afundando com Dilma, voltaram todos para roer o resto do queijo. Péssimo na fita, o Temer de Drácula anuncia pacotinhos econômicos como cala boca. Esse saquinho de bombons estragados é mais um marketing político no mar de lama. Cadastro positivo e diferenciações de preços ao consumidor que paga à vista e no cartão de crédito nem fazem cócegas à crise.