:: 21/dez/2016 . 22:45
“A REPÚBLICA DOS MIGUELENSES”
Com mais o recente lançamento de “A República dos Miguelenses”, o professor Durval Lemos Menezes já pode ser considerado um especialista, conhecedor e estudioso da biografia e da formação genealógica das inúmeras famílias que com o passar do tempo formaram o povo conquistense de hoje. Pode-se dizer que é um arquivo vivo da história desta terra fundada pelo capitão João Gonçalves da Costa quando aqui chegou ao final do século XVIII.
Em pouco tempo, Durval organizou o livro “O Poeta do Mulungu”, de Erathósthenes Menezes, e escreveu “O Pedralismo – um fenômeno social” e “A Conquista dos Coronéis”, obras que se entrelaçam e dão uma ampla visão sobre importantes personalidades que contribuíram para o desenvolvimento da terceira maior cidade da Bahia. Com seu trabalho, passamos a entender melhor as origens do município e da sua gente.
Na introdução de “A República dos Miguelenses”, o professor nos leva ao passado de 170 anos quando aqui chegou o primeiro filho de São Miguel das Matas, o tenente da Guarda Imperial, Manoel José dos Santos Silva, o “seu” Santos, em 1845. Este senhor casou um ano depois com Sinhazinha Santos, filha do padre Andrade, também vindo da região. Vale salientar que o primeiro intendente (1840), Luiz Fernandes de Oliveira, veio do Vale do Jaguaripe.
O livro também me remeteu ao passado quando na década de 60 estudei no Seminário de Amargosa e tive como diretor espiritual o padre Gilberto Vaz Sampaio. Nesta época, lembro ter visitado sua cidade paroquial onde apresentei meus dotes futebolísticos jogando pela seleção do Seminário, time temido e imbatível naquelas redondezas.
Como disse o escritor, realmente a obra tem cunho geográfico, histórico e sociológico. Os Miguelenses, que todos os anos realizam seu encontro, são povos oriundos dos vales do Jaguaripe, Jequiriçá e Paraguaçu constituídos pelos municípios de São Miguel das Matas, Nazaré das Farinhas, Santo Antônio de Jesus, Amargosa, Lage, Mutuípe e outros.
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