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:: 2/jul/2016 . 1:14

NO CERNE DA QUESTÃO

“DIABOS LOIROS”

A Inglaterra das canhoneiras, da revolução industrial e científica, de Shakespeare, dos Beatles, dos grandes poetas, da resistência aos ataques da Alemanha nazista na II Guerra Mundial, do primeiro parlamento que inspirou a abolição da escravatura, agora dá um passo atrás se separando da União Europeia por conta do racismo, da xenofobia, do ódio e da intolerância aos estrangeiros. Logo a ilha britânica que já levou o terror do imperialismo a todos os cantos da terra!

Essa volta ao extremismo e ao conservadorismo radical foi orquestrada pelo ex-prefeito de Londres, Boris Johnson que, com o mesmo tom e aparência física com o candidato a presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, forma a dupla “Diabos Loiros”.

Sem conotação racista, é bom que se diga que os diabos se disfarçam de várias cores e existem também os diabos negros, brancos, mestiços e os amarelos. No caso da Inglaterra, é bom lembrar que foi lá que Karl Marx escreveu boa parte do “Capital” onde propagou suas ideias de uma comunidade humana unida, sem fronteiras e o sonho utópico de uma união internacional pelo comunismo.

MULHERES NEGRAS

Muito interessante a entrevista, divulgada na revista “Muito” do jornal A Tarde, com a socióloga baiana Cláudia Pacheco, pesquisadora do tema da solidão das mulheres negras. Seu estudo virou o livro “Mulher Negra: afetividade e solidão” (Edufba). Vou citar apenas pontos curiosos do tema. A professora diz que percebeu nas narrativas das mulheres com quem conversou que quanto mais pretas (cabelos crespos, nariz largo, etc) maior era a rejeição dos parceiros.

De acordo com o censo de 2010, em Salvador, 32% das mulheres brancas com mais de 20 anos são casadas, contra 22% das mulheres negras. No Brasil, os números variam de 43% (brancas) e 30% (pretas). A pesquisadora fala do tratamento machista diferenciado entre o negro casado com uma negra e o negro com uma branca. Confessa que o assunto permanece tabu até mesmo entre as organizações dos movimentos negros.

Também a professora de teoria da literatura, Lívia Natália Santos publicou num blog um texto intitulado “Eu mereço ser amada”. Segundo ela, uma amiga chegou a dizer que não queria mais se envolver com homens negros, porque eles seriam “educados para amar mulheres brancas”. Existe a exigência de que as mulheres negras sejam sensuais e disponíveis.

Veja o que ela declara: “Percebo que quando eles (negros) se relacionam com mulheres brancas, as tratam de uma forma diferente. Chamam de princesa, minha querida… São meneios quase subservientes. Com a mulher negra, querem traçar uma hierarquia diferente, de superioridade”.

HUMILHAÇÃO

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