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:: 4/maio/2016 . 22:23

AS FACES DAS DESIGUALDADES

O Brasil é o país visceralmente desigual, de uma humilhação de doer até mesmo ao mais empedernido coração. Duas cenas mais recentes, em Vitória da Conquista, só para localizar a situação que é geral em todo território brasileiro, nos dão a dimensão da total exclusão social.

Nesta semana transitava numa das ruas do centro da cidade e vi idosos, gestantes, senhoras e senhores bem vestidos com suas crianças entrando calmamente numa clínica particular de vacinação. Muitos por ali ainda estavam estacionando seus carros de luxo com o mesmo intuito de tomar a vacina paga contra a gripe H1N1.

No outro quarteirão, numa distância de 300 a 500 metros, passei por uma unidade de saúde pública onde mulheres grávidas, crianças e idosos, estes com aparências de 70 a 80 anos se espremiam em longas filas na porta principal da entrada para receber a mesma vacina que, para os pobres coitados sem dinheiro, chega em lotes racionados.

A aberração mais gritante e doída desta cena do centro do SUS é a humilhação em que grande parte dos brasileiros é submetida para conseguir a esmola de um pedaço de pão do Bolsa Família, um remédio, uma consulta médica, um documento, uma matrícula escolar, um título obrigatório de eleitor para votar nos mesmos ou um serviço social qualquer do governo.

Saindo de longe, muitos chegam um dia antes, no meio da noite ou na madrugada e “dormem” no chão dos locais de atendimento. Como as senhas são regradas e o serviço de péssima qualidade, boa parte retorna para suas casas sem nada resolvido e começa a mesma peregrinação no outro dia, como na mitologia grega onde Sisífio é condenado a passar a vida rolando uma pedra morro acima.

Nas filas humilhantes, degradantes e medievais, batem o cansaço, a sede e a e a fome, mas ainda assim sobra tempo para rezar. Muitos choram e outros brigam com seus semelhantes para pegar uma senha numerada que tem limite. Quase sempre a polícia armada é acionada pelo próprio poder público para bater e controlar a confusão. Na ânsia de ser atendido, o próprio pobre desassistido se vira contra o outro para obter o benefício.

De tanto tempo de espera, a maioria dos idosos não consegue ficar em pé, mas ninguém ali desiste de ir até o fim, mesmo com tamanha humilhação. Depois de luta e sacrifício, as pessoas, movidas pela fé e pela esperança, saem daquele ambiente infernal com as mãos postas para o alto agradecendo a Deus por ter conseguido chegar lá, prontas para enfrentar outra ação humilhante imposta pelos governantes.

 

 

CADÊ A BARRAGEM, GOVERNADOR?

Engano do brasileiro que bate forte no peito e diz em alto e bom som que tem seus direitos. Neste país das imoralidades, o cidadão é sempre desrespeitado, ludibriado, humilhado e só tem deveres. O poder público que vende um serviço precioso e não entrega é o primeiro a dar o calote, e não adianta apelar para a Justiça. Na Bahia não seria diferente esta anomalia que se tornou comum entre os governantes.

Não oficialmente, mas de fato e na prática, estamos vivendo um novo racionamento de água em Vitória da Conquista, a terceira maior cidade da Bahia, e tudo por falta de planejamento e cumprimento das promessas. Jacques Wagner passou oito anos no Governo do Estado assinando papéis e termos de compromissos para a construção de uma barragem que iria solucionar de uma vez a escassez de água.

Há três anos os moradores de Conquista foram severamente penalizados pelo racionamento de água. Em 2014, nas vésperas das eleições gerais, nos iludiram mais uma vez de que a obra, afinal, sairia do papel e em cinco anos teríamos em definitivo a Barragem do Catolé. Lá se foram dois anos e até agora nem edital de licitação, quanto mais recursos à vista! Queríamos saber: Cadê a barragem, governador?  Vamos ter que esperar por mais quanto tempo?

Já que não podemos confiar nos eleitos, nem na ação da sociedade dita “organizada” para cobrar, sem rodeios, o benefício a que temos direito, só resta aos desvalidos rezar para que São Pedro mande chuva para manter sempre cheias as barragens de Água Fria I e II que não têm mais capacidade para atender a crescente demanda da população. Como paliativo fizeram uma adutora.  O racionamento desta vez vai ser ainda pior porque chuva mesmo só a partir de outubro. Vem mais agonia da lata d´água na cabeça e muita sujeira nos lares.

Na semana passada, vários bairros da cidade, como Patagônia, Kadija,Campinhos, Morada dos Pássaros, Panorama, Filipinas, Jardim Guanabara e adjacências ficaram sem uma gota de água nas torneiras de suas casas, e isto por cinco dias consecutivos. No setor privado, quando uma empresa vende uma mercadoria para um cliente e não entrega, o nome que se dá a isso é crime de vigarice, e a Justiça atua com agilidade para ressarcir o consumidor.

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INSCRIÇÕES PARA O FORRÓ NOS BAIRROS

A Prefeitura de Caetité, através da Secretaria de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, abre a partir desta quarta-feira (04/05) as inscrições de grupos musicais interessados em participar do projeto Forró nos Bairros. A ideia do projeto é valorizar as tradições juninas e os artistas locais.

Os grupos têm até o dia 18 de maio para realizarem a inscrição, que deve ser feita na sede da própria secretaria, na Praça da Catedral, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 11h30 e das 14h às 17h.

As bandas, trios ou grupos que ainda não têm cadastro na Secretaria de Cultura terão que preencher um cadastro para participar do processo. Os grupos que já têm devem apenas atualizar os dados. Podem participar pessoas físicas e jurídicas sediadas no município de Caetité, que representem grupos de música regional nordestina.

Os requisitos básicos para participar no projeto estão no edital divulgado pela Secretaria de Cultura e pode ser acessado através do site da Prefeitura de Caetité, no seguinte link http://migre.me/tG0kj. Outras informações pelo telefone 3454-8027.

O projeto Forró nos Bairros acontecerá nos seguintes bairros:

Prisco Viana (Praça Clóvis Silveira);

Grotão (Rua Mem de Sá);

Santo Antônio (Praça da Quadra)

Barriguda (Praça Pompeu Fernandes);

Feira Velha(Praça Rodrigues Lima);

Nossa Senhora da Paz(Rainha da Paz);

Buenos Aires e Adjacências(Praça do Forró);

Caldeiras(Praça da Matriz).

 

 





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