:: abr/2016
UM PAÍS AMEDRONTADO
Quando acompanho pela televisão as imagens daqueles carrões pretos importados de vidros fechados cortando velozes a Esplanada dos Ministérios em direção aos palácios, me dá aquele arrepio de que a máfia está chegando para tramar novos crimes. Os homens de preto se reúnem e pode vir coisa ruim por aí, como o Ministério dos Zumbis!
Bem, o assunto é outro, mas também não deixa de fazer parte das nossas ruínas de “guerra”. Como se não bastassem a imoralidade na política, o caos na economia, na educação, na saúde e na segurança, pontes e prédios caem, ciclovias desabam com as ondas do mar e centenas de obras da Copa do Mundo de 1914, que consumiram bilhões de reais, estão inacabadas.
A sensação de tudo isso é que vivemos num país detonado e arrasado por uma guerra. Aliás, mais de 100 mil brasileiros morrem por ano vítimas de homicídios e acidentes no trânsito. Infelizmente, estamos num país detonado e amedrontado na espera do pior que pode vir. O medo superou a esperança. Não é exagero quando se tem mais de 10 milhões de desempregados.
Cada tragédia anunciada por irresponsabilidade e safadeza humana faz com que nós esqueçamos os desastres anteriores. Em seguida à catástrofe entram o estardalhaço da mídia, o cipoal de “investigações”, depoimentos, conjecturas, pareceres, morosidade da Justiça, pronunciamentos demagógicos e contraditórios dos poderes públicos para no final ninguém ser punido. Um empurra para o outro e perde quem morre.
Agora mesmo temos o mais novo fato escabroso da queda de parte de uma ciclovia no Rio de Janeiro, provocada por uma forte onda do mar. O mais leigo dos ignorantes em engenharia sabe que a construção de uma pista de lazer e exercícios físicos naquele local não é a mesma coisa de uma passarela que se faz numa estrada ou numa avenida qualquer de uma cidade.
“O ÚLTIMO BANDEIRANTE”
Essas coisas de conversa em botequins geram controvérsias, debates e discussões calorosas e, muitas vezes, até “bate-bocas” que metem medo a quem escuta os palavreados por perto, mas também rendem conhecimento e cultura.
Dia desses estava num bar, num desses bate-papos, e um conhecido saiu de dentro do seu carro com um livro na mão. Como de um nada me pediu que folheasse e lesse. Confesso que fiquei sem graça e disse que estava a ler outros autores. Ele, então, tranquilizou-me e afirmou que não tinha pressa na devolução.
De cara, gostei da arte da capa e do título “Raposo Tavares, o Último Bandeirante”, do escritor e jornalista português Pedro Pinto, assunto que me fascina. A obra é um romance que se baseia em fatos reais do Brasil colônia (séculos XVII e XVIII) quando os bandeirantes saíram do litoral e se adentraram nos mistérios do sertão e das matas desconhecidas.
Nem precisa dizer que o escritor, nascido em Lisboa, narra as bravuras do bandeirante Raposo Tavares, português de Beja, numa linguagem poética e dinâmica sobre a terra, os índios tupis e guaranis até as primeiras viagens pelo Amazonas.
Além de ser uma lenda e um mito, Raposo Tavares, como os outros bandeirantes, não era só um caçador de índios, mas um emissário do rei e da rainha com a incumbência de descobrir as riquezas e alargar as fronteiras além do Tratado de Tordesilhas.
O autor, pós-graduado em estudos europeus e especialista na área de relações internacionais e ciências da comunicação conta com grandeza a trajetória do bandeirante desde sua partida do arraial de São Paulo até as Missões (Rio Grande do Sul) nas linhas paraguaias.
Depois de guerrear e tomar a Missão “Jesus Maria”, numa leitura onde o tempo voa, você logo se depara com as aventuras do bandeirante pelo rio Amazonas até o Equador.
Pedro Pinto coloca o leitor dentro da história como um repórter fazendo uma reportagem e ainda tece duras críticas ao conceito deturpado dos jesuítas sobre os índios. Na visão deles, os índios não eram gente; não tinham almas; e precisavam ser salvos pelo seu Deus através da religião que os mesmos pregavam. O primeiro ato era eliminar os costumes, os hábitos e a cultura dos nativos.
QUANTA HIPOCRISIA!
Mesmo calado sem nada dizer, o presidente da Câmara Eduardo Cunha cheira a enxofre por tantas denúncias levantadas contra ele pelo Ministério Público e pela Polícia Federal através da Operação Lava Jato, mas o Supremo Tribunal Federal segue em marcha lenta no julgamento, inclusive em relação a outros políticos investigados. A Operação está mais para Empreiteiros que Lava-Jato.
A imagem do Brasil no exterior já está maculada por este fato e outros de corrupção, conforme tem noticiado e alardeado a mídia estrangeira. Desde março a presidente Dilma tem concedido entrevistas à imprensa quase todos os dias, inclusive a jornalistas de outros países, batendo na mesma tecla de que “o impeachment sem crime de responsabilidade é golpe”.
Agora fazem um reboliço danado porque se divulgou nos meios de comunicação que Dilma pretende repetir sua ladainha e queixume na ONU (Organização das Nações Unidas) durante assinatura do Acordo do Clima. Ora, mesmo que ela profira seu discurso nesta linha, a maior parte do nosso planeta já sabe sobre o que está ocorrendo no nosso país! Afinal, com a internet e as redes sociais, somos hoje uma aldeia!
Portanto, considero uma tremenda hipocrisia essa “preocupação” das instituições de que se Dilma falar que está sendo vítima de um golpe vai manchar nossa imagem lá fora. Por tudo que está acontecendo de ruim, a nossa imagem já não é boa há muito tempo. Nossas instituições já são por demais conhecidas! Alguém pode aí dizer que na ONU é diferente.
Não vejo a questão por este prisma. Além do mais, na minha modéstia opinião, o local e a solenidade não são adequados para Dilma abordar o problema do seu impedimento, sem contar que não será nenhuma novidade. Se assim fizer, ela vai chorar no pé de um caboclo errado. Melhor seria na Praça Dois de Julho (Campo Grande), no monumento ao índio, em Salvador. Tanto traidores como e traídos escondem suas hipocrisias.
NAPOLEÃO BONAPARTE
CRONOLOGIA DA VIDA
1769 – Napoleão Bonaparte nasceu em Ajaccio, na Córsega, no dia 15 de agosto, filho de Carlo Bonaparte e de Letícia Ramolino, pertencente a uma família de pequena nobreza toscana ligada aos dirigentes da ilha. Depois da derrota de Pasquale Paoli em Ponte Nuovo passou a Córsega a pertencer à França.
1779-1785 –Após ter frequentado a escola militar de Brienne, é nomeado subtenente e integra o corpo de artilharia da Guarnição em Valença.
1787 – Aos 18 anos de idade tem a primeira noite de amor com uma dama do Palácio Real.
1792 – É nomeado pelo general comandante da Córsega, amigo da família, primeiramente como ajudante-major e logo depois tenente-coronel num batalhão de guardas nacionais de Ajaccio. Participa dos tumultos de Ajaccio e defende-se em Paris da acusação de ter fomentado os distúrbios.
1793 – A família Bonaparte deixa a Córsega depois de romper relações com Paoli. Enviado ao cerco de Toulon, Napoleão obtém a rendição dos sitiados em três dias (16 de dezembro). Em 22 do mesmo mês é promovido a general de brigada.
A ROUBALHEIRA ACABOU!
O nosso povo brasileiro não tem jeito mesmo! Continua sempre acreditando! Ao término da votação do impeachment na Câmara dos Deputados, uma eleitora aos berros gritou que a roubalheira acabou! Ou é idiotice ou ingenuidade demais! Acabou uma para iniciar outra.
Ao votar sim em nome da sua mãe, neto e filha, a deputada Raquel Muniz (PSD), com todo seu arroubo, afirmou no microfone que o Brasil tem jeito e citou seu marido Ary Adriano Borges, prefeito de Montes Claros (MG), do PRB, como exemplo de seriedade e boa gestão. No outro dia a Polícia Federal o prendeu por ação fraudulenta na saúde.
Durma com um barulho deste, meus camaradas! A votação estava mais para um circo, e a grande maioria pousou de bons pais de família, em nome de Deus e da pátria. Não coloquem Deus em suas safadezas. Ninguém julgou a presidente de acordo com o que estava no processo do pedido de afastamento.
No mais, lembro que ontem (18/04) foi o dia reservado ao livro, mas a literatura neste nosso país, infelizmente, é uma arte em desuso e coisa de velho caduco. Para estas pessoas que berraram domingo de que o Brasil foi passado a limpo e que acabou a roubalheira, recomendo ler, estudar e se educar para não caírem no senso do ridículo e no conto do pato.
No exterior, mais uma vez a mídia passou uma imagem negativa do Brasil, ao citar que o processo de impedimento foi conduzido por um corrupto com mais de 20 denúncias no Ministério Público e Polícia Federal. Muitas homenagens e mistura de religião com política, emoção com razão. Em que mãos estamos caindo? Vamos sair do ruim para o pior, sem contar a ameaça velada da extrema-direita.
PELOS TATARAVÔS, NETOS, FILHOS…
A grande maioria destilou seu ódio e rancor contra o PT e Lula e não contra Dilma que era a peça a ser julgada. Foi o bota fora do PT e poucos se referiram ao processo das “pedaladas fiscais”. Casa de fantasmas esquisitos de olhos abugalhados!
Pela minha família, pelos meus tataravôs, avôs, pelos meus filhos, pelos meus netos João, José, Pedro, Anália, Anastácia e Maria, eu voto sim. Pelos trabalhadores, pela democracia, pelos sem tetos, sem terras e por aqueles que morreram na luta contra a ditadura civil-militar, eu voto contra o impeachment.
Aos gritos e aos berros, com direito a Bíblia na mão e evocando o nome de Deus em vão, a Câmara dos Deputados caiu no ridículo e se portou muito mais como um ringue ou torcida de futebol do que uma casa de legisladores eleitos pelo povo. Dia 17 de abril de 2016 vai ficar marcado como o mais vergonhoso da minha vida.
A bancada conservadora dos evangélicos, principalmente, fez uma inquisição medieval contra o PT e esqueceu que era Dilma que estava sendo julgada pelo processo das chamadas “pedaladas fiscais”. A maioria deu o sim pela má gestão do governo, pela crise econômica e pela precariedade da saúde, da educação e da segurança.
Sem contar os papagaios de piratas que ficaram ao fundo do microfone fazendo caretas e balançando a cabeça como bonecos, a Câmara deu, mais uma vez, seu atestado de circo mambembe de quinta categoria. Esta é a cara do Brasil que vai continuar sangrando por muito mais tempo.
Há anos venho alertando sobre o avanço da extrema-direita comandada pelos evangélicos que não se cansam de falar em Deus, família, pátria e tradição com a visão retrógrada ao passado. Lá do alto, Deus deve ter dito: Não me metam nesta confusão que vocês mesmos criaram.
Nesta terra tupiniquim, Deus virou torcedor de time de futebol quando ganha o jogo. Ouviu-se muito sim em nome de Deus, igual a jogador quando faz um gol, ou palpiteiro de loterias que dizem que vão acertar os números, “se Deus quiser”. Nunca vi tantas blasfêmias! Como já disse Nelson Rodrigues, “os idiotas perderam a modéstia”.
Os artífices dessa situação em que o país desce ladeira abaixo das suas conquistas e pode entrar num cenário de trevas são o PT e Lula que, com prepotência, criaram o ódio e a intolerância. Quem deu espaço aos conservadores foram eles com suas políticas corruptas de manter o poder a qualquer custo.
Foram os desmandos, os conluios com empreiteiros, as coligações com gente que não prestava e as políticas tortas de assistencialismo e populismo que levaram o país ao precipício. O deputado Eduardo Cunha foi chamado de ladrão, gangster, safado, corrupto e outros palavrões, mas por que e pela mão de quem ele chegou ao ponto de conduzir o processo de impeachment? Ele apenas aproveitou a brecha.
Nas votações esbanjaram, vergonhosamente, homenagens aos filhos, aos netos e esposas, mas esqueceram que num futuro próximo a velha senhora história pode condená-los como traidores e fascistas. E aí, o quê vai dizer esta nova geração sobre seus votos de manada?
Depois de toda lambança, fizeram comemorações, mas comemorar o quê, se o Brasil passa a ser governado por outra tropa de ladrões e vampiros? O quê será de nós nessa troca de Dilma por Temer e Cunha? Já tem gente dizendo que o Brasil está sendo passado a limpo. Oh, quanta ingenuidade! Quem viver vera!
PROJETO INCENTIVA LEITURA INFANTIL
A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, por meio da Biblioteca Municipal Saul Leão, está levando às escolas do município o mundo mágico da leitura, onde uma personagem dos livros é caracterizada e conta histórias aos alunos e declama poesias.
O objetivo é desenvolver e incentivar o gosto e o prazer pela leitura da literatura infantil por meio de metodologias diferenciadas e que proporcionem o crescimento intelectual da criança desde a Educação Infantil, com finalidades lúdicas e prazerosas. A primeira escola que recebeu com muita alegria o projeto foi o Colégio Municipal Hugo Baltazar, nesta quarta-feira (13) e hoje esteve no Jardim Império. Na próxima terça-feira (19) o projeto estará no Colégio Municipal Coronel Olímpio.
Inicialmente o projeto do livro infantil vem sendo desenvolvido pela Biblioteca com a personagem Branca de Neve, levando contos de Monteiro Lobato até as crianças igaporaenses, apresentando o mundo da magia do escritor brasileiro sobre a Emília e outros personagens do Sitio do Pica Pau Amarelo, ouvindo curiosidades das crianças da rede publica e particular.
O projeto visa a integração e promoção da leitura nos primeiros anos da alfabetização. e mostrando que tudo é possível através da força de vontade e imaginação, Branca de Neve (a coordenadora da Biblioteca Daiana R. Neves) além de explicar o motivo e importância do livro em sua vida, declama contos populares e incentiva a criançada a perder a timidez e contar suas experiências com livros e suas histórias favoritas. O projeto estará nas escolas municipais da sede e zona rural de Igaporã.
A CASTA DOS INTOCÁVEIS
“Políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo” – Eça de Queirós, escritor português. O “politikos”, criado pelo grego Aristóteles, que é a ética na polis, na cidade e na cidadania não existe no Brasil. Aqui, política é vale tudo, troca-troca e paixão arrebatada pelo poder.
Você já ouviu falar na casta dos intocáveis? Não estou me referindo a Índia, mas ao Brasil destroçado onde escolas, hospitais, delegacias, postos e centros de saúde deixam de funcionar porque os governos federal e estadual fizeram contingenciamento de recursos dos seus orçamentos. A queda da arrecadação tributária com a crise da economia é um dos fatores alegados para o procedimento, mas a raiz de tudo está na má gestão de uma casa que gasta mais do que recebe.
Aqui mesmo na Bahia, para não citar outros estados da federação, aulas são interrompidas por falta de limpeza e merenda escolar para os estudantes. Terceirizados, tratados como escravos, não recebem seus salários e benefícios, conforme previsto em lei. Nem por isso “as autoridades competentes” (Ministério Público, por exemplo) tomam as devidas providências contra os caloteiros contratantes.
Servidores públicos não têm aumento e os concursados não podem ser contratados sob o argumento do governo de que já está no limite da lei de responsabilidade fiscal, ou seja, no teto do custeio com pessoal. No entanto, você já ouvia falar em paralisia dos serviços do Congresso Nacional, das assembleias e das câmaras municipais de vereadores por contingenciamento e falta de recursos?
Não, camarada, mesmo com o PIB (Produto Interno Bruto) em queda e a economia em baixa produção, com milhares de empresas falidas (dez milhões de desempregados no país), essas casas funcionam como estivessem em tempos de bonança! Nelas não existe tempo de crise.
ESPAÇO URBANO
Narra o Frei Vicente do Salvador: que no século XVI embora a cidade de Salvador ostentasse o título de cidade era na verdade um arraial, uma aldeia feito de palhoças. As casas eram baixas, modestas, de modo, que se podia ouvir da rua o que se conversavam dentro delas.
Naquela época, à noite, havia toque de recolher, entretanto, o governador-geral Duarte da Costa [Casemiro] que governou nos anos de 1553-1558, sucessor de Thomé de Souza, primeiro governador do Brasil que governou no período de 1549/1553; gostava de fazer passeios noturnos, depois do recolhimento da população.
Numa dessas caminhadas ouviu de uma casa que falavam a seu respeito e depois de cientificar-se do que comentavam, em voz alta, advertiu aos que estavam referindo-se sobre si: “ Senhores falem baixo, que os ouve o governador”.
Fonte de pesquisa:
Uma história da Cidade da Bahia, de Antonio Risério, com inserções nossa, sem qualquer alteração do conteúdo do texto.
Antonio Novais Torres
“CHARRETE QUE PERDEU O CONDUTOR”
Dia desses estava repassando e ouvindo meus vinis de há mais de 30 anos dos grandes poetas-letristas, cantores e compositores imortais do tipo Chico Buarque, Gil (Domingo no Parque), Edu Lobo (Ponteio), Caetano (Alegria, Alegria), Vandré (Disparada), Tom Zé, Raul Seixas, Zé Ramalho e outros do mesmo estilo, e aí bateu aquela real de como praticamente nada mudou no Brasil em termos de evolução ética, moral, social e política.
Além da constatação de que, infelizmente, há anos não se faz mais músicas tão talentosas – sinal da decadência cultural que emperrou a imaginação e a criação – as canções continuam atuais. Colei o ouvido no meu predileto fã roqueiro Raul Seixas e dele extrai pérolas como se ele estivesse cantando hoje para o nosso Brasil. Muita coisa só fez piorar.
Sem outros comentários e interpretações, vou apenas me reportar a alguns textos das suas letras musicais que ecoaram e ainda ecoam para quem tem por ele admiração. A realidade da crise está aí escancarada. Portanto, cabe a cada um fazer a sua reflexão sobre o “maluco beleza”.
Para começar, parafraseando anos 80, diria hoje anos 15 e 16, “charrete que perdeu o condutor, melancolia e promessas de amor. Varrendo lixo pra debaixo do tapete que supostamente é festa pra alegria do ladrão.” Como tudo ainda se encaixa à atualidade!
Vamos mais adiante com “há quanto tempo que o Brasil não ganha. Deus é brasileiro pra trazer progresso que não vejo aqui. Não tenho saco pra ouvir artista, comendo alpiste na mesma estação, cantando regra com o rei na barriga. Chicotinho queimado está ficando quente, e disse que Deus não deu asa a cobra”.