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:: 13/fev/2016 . 0:00

CARNAVAL DAS DIVISÕES

A dicotomia entre preto e branco ficou bem escancarada no carnaval das divisões de classes de Salvador (carne nada vale). As castas são bem visíveis  e separadas como as dos camarotes, blocos de trios e as do asfalto das pipocas pulando como nos fornos de micro-ondas.

Cada um dispara sua metralhadora (olha aí gente, o tra-tra-tra!) racista carregada de ódio e intolerância. Confesso que não consigo assimilar o comportamento fascista de certos movimentos negros quando dizem, textualmente, que, em relação ao branco (aqui incluído o moreno e o pardo), o preto pode praticar racismo porque não se trata de uma camada hegemônica.

Peguei alguns lances de uma entrevista do Vovô, do Ilê Aiyê, que considera não ser atitude racista o bloco negro que rejeita a entrada de branco no seu grupo, e justifica que é uma forma de firmar sua identidade, no sentido de manutenção de suas tradições culturais.

Ora, comunidade ou país nenhum cresce e se desenvolve na base do isolamento em guetos. Isso é pura segregação e fonte alimentadora da raiva entre cores de peles. Basta analisar os casos da Albânia e da Coréia do Norte!

Não me venham argumentar que os blocos de riquinhos fazem limpeza étnica, preferindo a beleza estética e, por isso, agem do mesmo jeito. Um erro não justifica outro em questão nenhuma

Outro absurdo é dizer que não aceita branco em suas agremiações porque o branco resiste em não ser comandado ou dirigido por um negro. Vovô declarou que só é racismo quando o branco decide não cadastrar o negro em seu bloco, mas se for o contrário, pode.  Em minha opinião, se assim procedem, ambos são racistas e passíveis de punição.

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