O FOGUETE E A FOME
Os imperialistas ianques do norte vibram com o lançamento de um foguete ao espaço que, depois de se desprender de suas tralhas, retorna e pousa na terra contaminada por plásticos, gás carbônico e todo tipo de lixo tóxico. Aqui virou o bordel da humanidade. Albert Einstein disse certa vez que depois da tecnologia o homem ficaria idiota.
Enquanto soltam foguetes, exploram Marte, fabricam drones e outras armas mortais, milhões morrem de fome na África e quase um bilhão de habitantes do nosso planeta esburacado vive em estado de extrema pobreza. Neste ano, mais de um milhão de refugiados da Síria, do Afeganistão e do Iraque cruzaram suas fronteiras na busca de sobrevivência.
No lugar de abrir as portas, o mundo capitalista ocidental cercou seus limites com arames farpados e muralhas horrendas medievais. Os ianques e seus comparsas burgueses idiotas deveriam vibrar se suas sobras de dinheiro fossem aplicadas para receber refugiados e tirar milhões da miséria e da fome. Os norte-americanos fazem de conta que nada têm a ver com os refugiados das guerras que eles provocaram e incitaram.
Todos estes foguetes deveriam explodir na atmosfera. Eles fazem guerras, invadem territórios, massacram nações, propagam a fome e as doenças e ainda soltam foguetes. Conquista seria se a terra não tivesse fronteiras, cercas elétricas e todos pudessem usufruir de seus bens e riquezas de acordo com as necessidades de cada um, preservando a natureza.
A exibição do luxo, do consumismo desvairado irracional, do menosprezo aos outros por terem crenças e hábitos diferentes também são espécies de barbáries que o mundo capitalista ocidental se autodenomina de civilização. O luxo é um lixo. Não somos nada civilizados. Não passamos de tribos esquisitas dançando uma dança brega ao som do ritmo imposto pelas máquinas, com as quais nos encantamos e nos fascinamos.