:: 30/set/2015 . 23:04
MISTÉRIOS DE UM AEROPORTO
Não bastassem os mistérios, incertezas, encontros e desencontros, as últimas informações envolvendo o novo aeroporto de Vitória da Conquista deixam ainda mais confusas e incertas a construção do terminal de passageiros. Na contramão do anúncio da Prefeitura Municipal, o deputado federal Lúcio Vieira Lima revelou que os recursos da ordem de 20 milhões reais para a referida obra simplesmente não existem.
Como a verba “evaporou”, o empresário José Maria, do movimento “Conquista Voar Mais Alto”, informou que o Governo do Estado decidiu, então, formar uma PPP- Parceria Pública Privada para construir o terminal e outros equipamentos necessários para a conclusão do novo aeroporto que já está com a pista e os acessos prontos para voos, o que significa mais um serviço inacabado no país. Assim fica difícil Conquista Voar Mais Alto.
Outra notícia que corre é que a Governadoria, através da Secretaria de Infraestrutura, estaria negociando a entrada da empresa de aviação Gol para operar no atual aeroporto de Conquista “Otacílio Figueiredo” se somando a Azul e a Passaredo, sobrecarregando mais ainda a precária estrutura da unidade que está mais para um galpão de pouso.
São mistérios de um aeroporto assombrado que se arrastam há mais de dez anos entre reuniões e discussões empresariais e políticas intermináveis. Em tom de ironia, já estão dizendo por aí se tratar do aeroporto do fim do mundo. Enquanto isso, o atual, cheio de transtornos, que chega a paralisar suas atividades no período do inverno, é uma vergonha para a terceira maior cidade da Bahia.
Com a nova pista e os acessos, além da unidade do corpo de bombeiros, já foram gastos mais de 80 milhões de reais sem nenhuma serventia porque nem a licitação para a obra do terminal de passageiros foi divulgada pelo Governo do Estado. Para ser mais preciso, a nova pista dentro do mato está sendo útil para pousos de urubus.
ABSURDOS E INCOERÂNCIAS
Não precisa ir muito longe porque nosso Brasil é um poço de absurdos, contradições e incoerências. Assim vem trilhando há séculos nas leis, medidas e comportamentos. Muita coisa não se diz com receio do patrulhamento ideológico, ou mesmo com o medo de ser xingado e apedrejado como preconceituoso, racista, reacionário, machista ou outro termo rasteiro qualquer.
Depois dos 60 e de já ter apanhado tanto, não mais me incomodam os impropérios e insultos. Absurdos e incoerências andam de mãos dadas. Aqui vou eu a começar pela marcação acirrada aos fumantes, tendo a mídia, que não olha para seu umbigo, como o zagueiro que entra de sola. É proibido fazer propaganda de cigarro, mas de bebidas alcoólicas em geral e de remédios pode à vontade e, além do mais, apelativas. Você já deve saber o motivo da mídia não questionar!
O álcool mata mais que o cigarro e, apesar da fumaça, incomoda menos que um bêbado chato vomitando ao seu lado, sem contar o bafo horrível. É mais chique ultrajar a figura do fumante que está mais exposta pela mídia. E o veneno poluidor das grandes cidades saído dos carros que provoca câncer? Pouco se fala e quase nada se fiscaliza dos veículos velhos e irregulares.
O que seria da criatividade das agências de publicidade se não fossem as lindas pernas e as bundas das mulheres nas propagandas de cervejas? Na Itaipava, por exemplo, não é o produto que é posto à venda. O que atrai o consumidor é a mulher. Nesses casos e outros, quando se fala que a mulher está sendo objeto, o argumento é que se trata de um trabalho digno. Você é que é machista e um porco chauvinista.
Por acaso, existe alguma criminalização e punição para o policial, autoridade qualquer ou funcionário público que desacata o cidadão que, muitas vezes, é agredido verbalmente e fisicamente? O cidadão que paga seu imposto e cumpre com suas obrigações pode ser desacatado e nada acontece. É crime o cidadão desacatar a autoridade, mas vice versa, não!
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