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:: 10/jul/2015 . 0:18

AS REDES SOCIAIS E OS IMBECIS

“Num mundo com sete bilhões de pessoas, você não concorda que há muitos imbecis? Na internet, o imbecil pode opinar sobre tudo o que não entende”. A frase é do filósofo, crítico literário e romancista, Umberto Eco, autor de “O Nome da Rosa” e do recém-lançado “Número Zero”, que recentemente concedeu uma entrevista à revista Veja.

O italiano de 83 anos que faz um retrato crítico do jornalismo em “Número Zero” diz que as pessoas fizeram estardalhaço por ele ter afirmado que multidões de imbecis têm agora como divulgar suas opiniões. Deixou claro que não teve a intenção de ofender o caráter de ninguém, mas acrescentou que com a internet e as redes sociais, o imbecil passa a opinar a respeito de temas que não conhece.

Ao recomendar a filtragem, Eco opinou que as escolas devem ensinar aos seus alunos como usar a internet, mas “nem os professores estão preparados para isso”. Nesse sentido, defendeu que os jornais, ou a mídia de papel, como sempre me refiro, no lugar de se tornarem vítimas da internet, repetindo o que circula nas redes, devem abrir seus espaços para análise das informações.

Sem o exercício frequente da leitura através dos livros e veículos impressos de comunicação, os jovens de hoje não estão preparados para distinguir as informações entre o que é confiável, infundado ou tendencioso. Vulneráveis, terminam ficando expostos aos imbecis que preferem descarregar suas raivas e frustações pessoais contra os outros como vem ocorrendo nas redes sociais.

Diante da enxurrada de besteiras e leviandades no Facebook, no Whatsapp, no Twintter e outras redes, os jornais impressos, de acordo com pesquisas efetuadas, continuam sendo os veículos que ainda têm maior credibilidade entre a população (58%), seguido da televisão com 54% e o rádio com 52%.

Para a busca de informações, a internet é o menos confiável, apesar de o brasileiro passar mais de cinco horas à frente de um computador. Entre os internautas, mais de 90% ficam conectados por meio das redes sociais, sendo bombardeados por montes de asneiras, já que cada um escreve o que bem quer, sem refletir o que diz.

Quando surgiu o rádio, no final da década de 30, disseram que era a sentença de morte da mídia de papel. Vinte anos depois veio a televisão e aí “profetizaram” o fim do rádio e do jornal. Com a internet no início do século XXI ainda prognosticam que o impresso está com seus dias contados. Nunca acreditei nesses pseudos sábios profetas de palavras rebuscadas cheias de metáforas e parábolas.

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