:: 4/jul/2015 . 1:03
PONTO DE VISTA
ONDA CONSERVADORISTA
O politicamente correto e o patrulhamento ideológico das esquerdas provocaram uma onda assustadora de conservadorismo no país, como se fosse um tsunami depois de um maremoto em larga escala. Essa onda retrógrada de ódio político e intolerância religiosa tem um destino certo, à primeira vista o poder, mas a nação corre perigo porque a massa inculta é manipulável e não sabemos onde isso vai parar. A história se repete.
Na Câmara dos Deputados, o presidente Eduardo Cunha e seus seguidores, especialmente das bancadas evangélicas, da bala e da elite empresarial ditam projetos que empurram o país ao retrocesso e à escravidão do trabalho imposto pelo capital através da redução da maioridade penal e da terceirização das atividades laborais que nada mais é que a capitulação das leis trabalhistas.
COTAS PATERNAIS
Disfarçadas de progressistas e de justiça social, as políticas públicas populistas inverteram os valores de meritocracia e mediocracia. Primeiro criaram as cotas pela cor da pele com o discurso fajuto de reparação, e esqueceram a situação social. Ao invés de valorizar, rebaixa, humilha e divide a nação. A partir dai, pipocaram as cotas paternais em diversos setores e categorias. Como se não bastasse a exigência eleitoral para que 30% dos candidatos aos legislativos de cada partido sejam preenchidos por mulheres, agora as deputadas querem aprovar a PEC 57 que estabelece cota de até 15% para mulheres nas cadeiras da Câmara, Senado, nas assembleias e nos legislativos municipais.
É o mesmo que classificar a mulher como frágil e incapaz para galgar suas próprias conquistas, quando sabemos do avanço feminino em todos os segmentos da sociedade. O mesmo acontece com as cotas raciais e outras fincadas nas repartições públicas que, no lugar de levar à igualdade social, são ilusórias com a realidade. Uma nação de desenvolve através de uma educação de qualidade para todos e não pontuando políticas segregacionistas.
CADA UM POR SI…
Este é o país do cada um por si e o coletivo que exploda, ou vá pro inferno. Tudo começa pelo Congresso Nacional que é criticado pelas mordomias e privilégios com verbas de gabinete e indenizatórias a perder de vista, sem contar os polpudos salários. Só que o individualismo fala maior e cada um puxa pelo seu interesse. Os servidores do judiciário fizeram um movimento estrondoso e pressionaram o Senado a votar um reajuste salarial acima de 60%, sabendo que a presidente está engessada com uma reprovação recorde na história. Nem na miséria o povo brasileiro é solidário. No nosso cotidiano regional, basta observar o caótico trânsito de Vitória da Conquista onde cada um faz o que quer e os outros que se lasquem.
QUE CONFUSÃO!
Nos Estados Unidos, a presidente Dilma fez uma tremenda confusão entre preso político da ditadura militar com preso de ladrões pela Operação Lava Jato. Ela falou de delação sob tortura como se o Brasil hoje estivesse em pleno regime dos generais do AI-5 dos tempos de Costa e Silva, Médici, Geisel e João Figueiredo. Uma coisa é ser preso político por se posicionar contra uma ditadura e outra é ser preso por ladroagem. Ainda disse que os ministros denunciados não sabem do que foram acusados. Dá pena! Devagar, Dilma que o andor é de barro.
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