:: 23/fev/2015 . 22:00
MENTALISTAS
Orlando Senna – Blog Refletor Tal-Televion América Latina
Indicado pelo professor Itamar Aguiar
Vivi intensamente a magia do circo na minha infância interiorana. Os circos chegavam à minha pequena cidade, encantavam e iam embora. Circos modestos, com palhaços, acrobatas, malabaristas, trapezistas e um mágico. A chegada de um circo era sempre um acontecimento marcante e a grande emoção que produzia em mim e nos meus colegas da escola primária nos levaram a fazer nosso próprio circo, no quintal da casa de meu primo Augusto Senna Maciel, que organizou e liderou essa aventura infantil. Ensaiamos durante um tempo e fizemos apresentações com alguns malabarismos, umas acrobacias bobas em pneus pendurados em árvores, duas ou três mágicas e cobrando ingresso. Além das crianças que conseguimos arrebanhar, também alguns pais e avós compareceram.
Minha participação foi apresentar duas mágicas, as primeiras que aprendi e que ainda faço até hoje para impressionar infantes: fazer desaparecer uma moeda que está em minha mão e introduzir uma moeda na nuca e resgatá-la na boca. Aí começou meu ininterrupto interesse pelo ilusionismo, que chegou ao paroxismo, ainda na infância, em um espetáculo que assisti levado por meu pai, no Cine Teatro Guarany de Salvador da Bahia (hoje Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha).
A CULTURA DO ASSISTENCIALISMO
Mamar nas tetas do governo, aliás, nas tetas do povo, não é só dos políticos, dos aliados da situação com cargos polpudos e das corporações empresariais. Todo mundo também quer dar sua mamada, Não faltam aproveitadores se fazendo de coitados. É a cultura do assistencialismo que está arraigada no Brasil desde os tempos coloniais.
Aqui mesmo em Vitória da Conquista temos dois casos típicos de querer ficar sempre mamando nas tetas do povo. Um é o Mercado Popular construído com o dinheiro do contribuinte. Não é de todo errado o poder público bancar a construção do prédio e se responsabilizar pela logística, mas não arcar com a manutenção.
Feitas as contas de limpeza, segurança, luz, água e outras despesas a Prefeitura Municipal estipulou uma quantia de 200 reais por mês e os ambulantes estão chiando que é muito. O aluguel de uma lojinha naquela área do Sumaré com a avenida Fernando Spínola deve ficar em torno de mil reais.
É o velho hábito de receber tudo ”de mão beijada”, mesmo vivendo num sistema capitalista. Pelo valor, não existem motivos para tanta gritaria por parte dos comerciantes. Só faltaram dizer que querem tudo de graça. É esse tipo de movimento que o executivo não deve ceder, nem a sociedade apoiar e tolerar. Vivemos num país de muitos subsídios e de pouca iniciativa privada porque, no lugar de ensinar a pescar, os governos dão o peixe.
Outro caso é o da Central de Abastecimento, na avenida Juracy Magalhães, cujo aluguel da área sempre foi pago pela Prefeitura Municipal, alimentando atacadistas que têm condições financeiras de arcar com os custos dos boxes. Foi só o poder público negar o pagamento para haver a gritaria e os protagonistas aparecem na mídia como pobres coitadinhos desamparados.
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