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:: 19/fev/2015 . 17:02

É CARNAVAL

Cineasta Orlando Senna

Blog Refletor Tal-Televisión América Latina

Indicado pelo professor Itamar Aguiar

Nestas vésperas de carnaval, estive conversando sobre as antigas marchinhas com minha amiga Tânia Ferreira, filha de Ivan Ferreira e sobrinha de Glauco e Homero Ferreira, autores do ininterrupto sucesso Me da um dinheiro aí, de 1959. Ela mesma autora de várias marchinhas carnavalescas, falamos sobre um fenômeno desse gênero: marchas antigas, como a citada, como Allah-lá-ô, como Mamãe eu quero e algumas outras são muito cantadas nos carnavais atuais mas as novas marchas não. Sim, porque essa música típica dos carnavais passados ainda é feita aos montes e até existe um Concurso Nacional de Marchinhas, da Fundição Progresso. Este ano, na décima edição do concurso, concorreram mais de mil e 300 e a vencedora foi a pernambucana Adoro celulite, de Jota Michiles e Gustavo Krause, ex-governador de Pernambuco e ex-ministro de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

As marchinhas vencedoras desses concursos “ficam só no concurso, os blocos não cantam, preferem as clássicas”, como disse Tânia. Na verdade, nossa agradável conversa versou basicamente sobre as marchinhas antigas centradas na Commedia dell’Arte, ou seja, no triângulo amoroso Pierrô (ou Pierrot), Colombina e Arlequim. São dezenas as composições inspiradas nesse teatro popular que apareceu no século XV, na Itália, se espalhou pela Europa no século seguinte e foi trazido para as Américas pelos colonizadores europeus. Quando chegaram por aqui, os personagens centrais desse teatro meio improvisado, mostrado em lugares públicos, já estavam integrados aos carnavais europeus. São todos palhaços circenses: o Arlequim malandro, cheio de treitas, marginal; o Pierrô (em italiano Pedrolino) apaixonado e triste; a Colombina, ou Pombinha, bem humorada, irônica, travessa, que ama Arlequim e é amada por Pierrô.

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AS OPÇÕES DO CARNAVAL

 

TAPERA 004

Dizem que o ano na Bahia, principalmente, só começa a partir do carnaval. Salvador ainda é festa neste final de semana em vários pontos, mesmo após o final oficial dos furdunços de mais de uma semana. É o Brasil atolado em crise, mas todo mundo cai na gandaia e esquece de tudo. Agora é tempo de ressaca com as dívidas cada vez maiores.Logo mais vai se ter 15 dias de carnaval.

Onde não deveria ter feriado, Vitória da Conquista se torna numa cidade fantasma. Muita gente viaja para as parias do litoral sul e para a Chapada diamantina. Para quem não entra no carnaval do lixo das música de baixo nível de letras imbecis, sem sentido; do carnaval da violência e excludente, uma das opções foi curtir na barragem de Anagé e é sempre uma boa pedida para relaxar.

TAPERA 014

Foi o meu caso com minha esposa e com meu amigo jornalista Carlos Gonzalez. Nos outros dias optamos pela roça de “Toninho” Gonçalves na fazenda Ribeirão, próximo ao povoado da Tapera, no município de Encruzilhada. Terras boas de belas paisagens e muita água correndo nos vales. Tem até uma cachoeira para se refrescar.

Fui bem recebido pelos amigos e familiares de Vandilza. Os pássaros são bem mais afinados que aquela zoeira do carnaval concentrador de riquezas de Salvador que só tem visibilidade e traz benefícios para os donos do poder, para os hoteleiros, as agências de viagem,donos de blocos e trios. O resto é sobra da casta de baixo, pulando como pipoca no asfalta para ver a orgia lá do alto dos camarotes.

TAPERA 022

No Ribeirão da Tapera fizemos nossa festa, com passeios pelas estradas de chão  com direito a uma parada num botequim para tomar uma gelada. Boas risadas cheias de causos, histórias e estórias. Foi uma recordação dos meus tempos  de garoto quando morava na roça. Me atrevi, nesta idade, até em montar num cavalo, prática que não fazia há mais de 30 anos quando pegava boi nas caatingas do sertão de Piritiba.Agradeço a hospitalidade de Toninho e de todos os seus.

TAPERA 050





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