:: 9/fev/2015 . 22:56
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Novo cenário na gestão audiovisual do Brasil
Por Orlando Senna
Pola Ribeiro está sendo confirmado, hoje, pelo Ministro da Cultura Juca Ferreira, como o novo Secretário Nacional do Audiovisual. Durante os últimos trinta dias aconteceram muitas reuniões do ministro com distintos segmentos audiovisuais, em busca de um perfil gerencial capaz de repotencializar a Secretaria do Audiovisual do MinC, no sentido da retomada, ampliação e projeção para o futuro de seus programas enraizados na cultura midiática contemporânea e de seu papel de complementaridade com relação à Ancine-Agência Nacional do Cinema. Nos dois primeiros anos do governo Dilma, 2011 e 2012, a SAV perdeu substância e importância e, desde então, tenta agonicamente reconquistar esse binômio, essa rima.
Pola Ribeiro é baiano, cineasta (O jardim das folhas sagradas, A lenda do Pai Inácio), formado em Comunicação com mestrado em gestão social. Ex-diretor da TVE Bahia e do Irdeb-Instituto de Radiodifusão Educativa da Bahia e ex-presidente da Abepec-Associação Brasileira das Emissoras Públicas, Educativas e Culturais, funções que desempenhou com sucesso. Ele se mostra bem consciente da missão de repotencializar a SAV e da construção de um desenho mais colaborativo na relação com a Ancine.
A Ancine continuará a ser presidida por Manoel Rangel, que tem mandato até 2016 e vem realizando uma gestão histórica. É seu terceiro mandato, conta com o apoio do setor, está conseguindo avanços importantes na regulação do mercado e tem como meta principal a expansão da atividade, levar o Brasil a figurar entre os cinco maiores mercados mundiais de audiovisual (em 2014 ocupou o décimo lugar). Na busca do necessário equilíbrio entre o mercado e a cultura, Rangel e Pola com certeza juntarão esforços para a redução da burocracia, considerado por produtores, distribuidores e criadores como o principal entrave no caminho do crescimento da atividade.
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