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:: 27/fev/2018 . 23:55

AINDA O CARNAVAL E OUTRAS PORCARIAS

Conversa descontraída de bar entre amigos adentramos nos nomes de ícones da música e da literatura baiana e brasileira das décadas de 50, 60 e 70 que se eternizaram com suas obras. No bate papo, concordamos que teríamos que esperar mais 100 anos, talvez um milênio, para repetir safra igual de bons frutos. Citamos uma enorme lista de papas das letras e dos sons.

Desastre total foi tentar comparar estas feras com os atuais dos carnavais degenerados e misturados do axé, do pagode, do arrocha e do sertanejo romântico. Concluímos que estes de hoje com suas músicas medíocres de exploração da sexualidade e do preconceito não servem nem para carregar as malas dos instrumentos das personagens daquele período de ouro.

É o mesmo que fazer um paralelo entre os jogadores de futebol da seleção de 1970 e os arranca toco pernas de pau da atualidade, com raras exceções, que mais serviriam na época como gandulas para repor a bola do jogo. Triste Bahia e Brasil de lamentável regressão na cultura e em outros setores das nossas vidas! Triste mídia que incensa e incentiva as porcarias e não questiona!

Sobre o carnaval, por exemplo, um leitor de um jornal da capital opina recordando os anos 50 e 60 das marchinhas de “Mulata Bossa Nova”, “Cabeleira do Zezé”, “Me dá um Dinheiro Aí”, “Piratas da Perna de Pau” e centenas de outras. Dos anos 80 e 90, ele aponta que a festa ainda apresentava conteúdo através de composições de Moraes Moreira, Caetano e de Gil, além das belas músicas de blocos, como Eva, do Jacu e dos Internacionais.

Pula para o tempo atual e classifica como de péssimo gosto as músicas tocadas no carnaval baiano, visando somente a baixaria e a exploração da sexualidade. Para o leitor, estas pseudos músicas podem ser ouvidas apenas no sanitário e levadas para o esgoto no puxar da descarga. Diria eu que nem na latrina elas se salvam.

A respeito da festa momesca, o advogado e compositor Walter Queiroz critica o gigantismo dos trios, “mastodontes sonoros que agridem nossos ouvidos, com músicas medíocres cultoras da baixa sensualidade e que acabam estimulando a violência, sobretudo contra as mulheres e homossexuais”.

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