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:: ‘Notícias’

O SISTEMA FINANCEIRO DONO DO METAL VIL É O MAIOR CARRASCO DO BRASIL

Entra governo e sai governo, principalmente os de esquerda, mas ninguém tasca na ganância e na avareza absurdas do sistema financeiro brasileiro que massacra os mais pobres com seus juros escorchantes e escandalosos como os mais altos do mundo capitalista.

Para não dizer outras palavras, esse sistema é criminoso e conta com o aval dos governantes e políticos, inclusive dos que se arvoram ser socialistas. O maior endividamento das famílias é culpa dos banqueiros, operadoras de cartões de crédito e financeiras que praticam a brutal agiotagem oficial, carimbada pelos poderes da República. Eles não têm nenhuma moral de condenar os agiotas clandestinos.

Esse desenrola que criaram agora para tapear os otários não passa de uma enrola, um tipo de estelionato 171, aplicado na população que depois de uma conversa de “negociação”, o indivíduo sai todo contente, não sabendo que continua encalacrado, seja através do parcelamento das prestações ou com um pouco da redução dos juros estratosféricos.

Por questões pessoais que aqui não veem ao caso, esqueci de pagar duas parcelas do meu cartão de crédito – e olha que sou um cliente correto e em dia com minhas obrigações – coisa na faixa média de 200 reais por mês. Quando descobri já estava no valor de quase R$1.600,00. Um tremendo susto!

Fui ao banco para “negociar” como se diz no popular. A atendente me deu duas opções terríveis, mas fui obrigado a escolher uma, a de parcelar o valor total em oito vezes e durante esse tempo não usar o cartão de crédito. Continuei enforcado, com a corda apertada no pescoço. Ainda comentei que o sistema é bruto. Claro que não sai de lá nada aliviado e alegre.

Estou apenas citando o meu exemplo, que serve para tantos outros. Cai na real, meu amigo camarada, porque o sistema financeiro não perde absolutamente nada com esses tais desenrolas de araque! Para os ricos do agronegócio e outros setores empresariais, a taxa é menor por causa das garantias dadas. Para o pobre da classe média (nem existe mais), a cobrança é outra bem maior, a chamada taxa de risco. Quando uns não pagam, os outros fiéis cobrem o suposto prejuízo. Portanto, não existem perdas.

De três em três meses, esses bancos principais, inclusive os públicos, como Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, BMG, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal sempre apresentam lucros de bilhões em seus balancetes, com índices de aumentos em relação aos períodos anteriores. É o setor da economia que tem mais ganhos no Brasil. São uns verdadeiros vampiros que sugam todo sangue dessas almas penadas.

Para se ter uma ideia, se houvesse uma anistia total para todos os mortais aposentados e pensionistas dos créditos consignados, dos pessoais, dos microempresários e outras pequenas formas de tomar dinheiro emprestado desses bancos e financeiras no país, nem assim eles entrariam em falência, porque são séculos de exploração e “roubo”.

Desde o império eles já encheram as burras de dinheiro e se tornaram megas estruturas financeiras que contam com a proteção dos governos, eleitos pelos mesmos magnatas. Para completar, ainda temos o absurdo dos absurdos: Quando algum banco entra em falência por corrupção praticada lá dentro dos confortáveis gabinetes, o governo federal ainda entra com o socorro, com o dinheiro do contribuinte.

Além disso, ainda existem os famosos calotes quando muitos clientes perdem seus parcos investimentos ou têm que esperar por um bom tempo para receber sua grana parcelada, sem as devidas correções monetárias. Muitos são obrigados a entrar na Justiça e morrem sem receber o que lhe é devido.

A CORRIDA FRENÉTICA POR SEGUIDORES

Não sei explicar essa relação maluca, sem lógica, que bate no meu subconsciente ou mesmo consciente (Freud explica), mas todas as vezes que essa parte fútil da mídia fala em milhões de seguidores virtuais de algum “famoso ou famosa”, que fala um monte de besteiras na internet, me faz lembrar de Jesus Cristo no deserto da Palestina com seus doze apóstolos como seus fiéis seguidores escudeiros, só que Ele disseminava a verdade.

Mesmo assim, um lhe traiu e o outro lhe negou três vezes. Esse blablabá me faz recordar também dos antigos filósofos gregos Sócrates, Aristóteles, Platão e outros que há 400 anos a. C. tinham seus alunos seguidores que escutavam atentamente seus ensinamentos. Hoje são milhões de invisíveis e volúveis alienados que podem ser conduzidos para qualquer lugar.

Além de seus discípulos, Cristo atraia multidões, para aquela época, para ouvir suas pregações, como o Sermão da Montanha, que depois se dispersavam, cada um para cuidar de seus afazeres. Já imaginou Pedro e os outros assessores num esforço danado tentando arrebanhar mais seguidores para o mestre, e o cara dizendo, não dá porque tenho muito trabalho para fazer. A mulher e os filhos me esperam em casa. Peçam perdão ao Senhor.

Mesmo com as divisões na Igreja Católica Apostólica Romana, devido aos seus monstruosos pecados, Cristo continua com seus milhões ou bilhões de seguidores pelo mundo, se bem que uma grande parte é falsa e traidora, deturpa suas palavras e quando pode passa a rasteira no outro pelo vil metal. Outros são até bandidos, marginais corruptos e usam o Seu Nome em vão.

Entremos no túnel do tempo e avancemos dois mil anos depois em plena era da tecnologia da internet, da corrida frenética do ouro por seguidores, agora de forma virtual. Atrás de uma tela de computador, tablete ou celular, a chamada “celebridade” dá suas dicas de comportamento, inventa suas piadas sem graça, faz palhaçadas, goza com idosos, gays, faz o politicamente correto e incorreto, canta seus lixos e se vira como pode para viralizar e aumentar seus seguidores, muitos dos quais através dos chamados torpedos.

A disputa, meu amigo e amiga, é acirrada! Qualquer coisa é válida para derrubar o adversário. A “máquina registradora” acelera e vai contando os números de cliques ou curtidas nos sininhos. Não existe ética para ultrapassar os milhões. A mídia anuncia que fulano ou fulana já tem cinco, dez, vinte, cinquenta ou até cem milhões de seguidores.

E eu aqui sou um lascado inútil e fracassado que não usa nem 10% da minha inteligência para conseguir um mero seguidor, nem minha mulher, filhos, sobrinhos e primos que discordam da maioria das minhas ideias e pensamentos. Será que existe algum amigo meu seguidor que eu nem saiba? Pelo menos já daria para fazer um protestozinho.

Até me xingam de que tenho obsessão compulsiva e transtorno mental em querer ser o dono da verdade. Sou um merda! Eles têm o poder do “convencimento” com suas lábias. Gira a roleta e façam suas clicadas! Só me resta ficar aqui em meu canto solitário, lendo e escrevendo, esperando a dita cuja bater em minha porta. Não sou mesmo um sujeito eleito e digno dessa “felicidade”!

Pronto, o céu não tem limites! Fico a imaginar esses milhões de seguidores no mundo real, todas atrás desses caras, também chamados de influenciadores ou influenciadoras – antigamente o jornalista era classificado como formador de opinião – gritando palavras de ordem para fazer uma revolução político-social, mas eles são imaginários e não vão estar lá.

Com tantos milhões de virtuais, por que o dono ou a dona desses rebanhos não experimenta se candidatar a deputado federal, senador e até presidente da República? Será que todos seguiriam ou apenas meia dúzia de fanáticos arriscaria dar seu voto? Daria para confiar neles?

Mais uma vez fico a matutar com meus botões que esses “artistas passageiros” são perigosos e podem levar uma multidão até ao suicídio, como fez o pastor Jim Jones em sua comunidade na selva. Podem derrubar governo e marchar contra Brasília. A agência de inteligência, a tal Abin, tem que ficar de olho nessa gente. A coisa é série, meu companheiro e camarada! A floresta é selvagem de animais ferozes.

– Eu tenho cinco milhões de seguidores. – Ultrapassei os dez milhões – grita de lá o concorrente. – Ah, meus admiradores são mais de setenta milhões! – Loucura, atingi os 100 milhões – fala o bambambã da arte da sedução. Tudo é válido nessa corrida do ouro, ou do tesouro escondido nas íngremes montanhas ou cavernas misteriosas cheias de perigos e monstros.

Vence quem for o melhor Indiana Jones do filme dos ianques. Aliás, são eles os inventores dos tais seguidores, influenciadores virtuais (virtual influencier), dos podcast. Nome bonito e charmoso! Temos que seguir seus passos, mesmo que seja tão somente para imitar, como os papagaios de piratas.

FORMIGA RESISTE EM PERDER AS ASAS

Carlos González – jornalista

Ninguém com bom senso, mesmo aqueles que se mostram ausentes do universo esportivo, vai desconhecer o papel da alagoana Marta no aperfeiçoamento e promoção do futebol feminino neste planeta, traduzido no justo reconhecimento da FIFA, homenageando-a com o título de “Melhor do Mundo” em seis edições do ambicionado prêmio. Mas, aproveitando este raro momento em que a imprensa abre espaço para o Campeonato Mundial que está sendo disputado na Austrália e Nova Zelândia, peço os aplausos das arquibancadas para uma outra mulher nordestina, a baiana Formiga.

Nascida Miraíldes Maciel Mota, em 3 de março de 1978, Formiga chegou a conclusão, aos 12 anos,  que a bola lhe dava mais prazer do que brincar com as bonecas. Três anos depois deixou Salvador e os estudos para vestir a camisa do São Paulo, seu clube de coração. Iniciava no Tricolor paulista uma longa carreira no futebol, que só terminou no ano passado, com 44 anos, atuando no mesmo time onde começou.

Entre essas duas passagens pelo São Paulo, Formiga jogou por 19 clubes, no Brasil, Suécia e Estados Unidos, onde não ganhou tanta projeção. A camisa que caiu bem em seu corpo franzino foi a amarelinha da Seleção Brasileira, que  vestiu 151 vezes, um recorde que era do lateral direito Cafu. Entre 1995 e 2020, a baiana colecionou outros recordes: sete participações em Mundiais e sete em Jogos Olímpicos, além de Pan-Americanos e Sul-Americanos.

O futebol não deu a Formiga a tão desejada independência financeira, talvez pelo fato de não ter permanecido por mais tempo no exterior ou de nunca ter sido relacionada para receber o Prêmio FIFA, ao contrário de Marta que soube aproveitar os períodos passados na Suécia e Estados Unidos. A craque adquiriu há dois meses uma mansão em Orlando (Flórida, EUA) por R$ 8,5 mi, onde vai morar com Carrie Lawrence, sua namorada e companheira no time do Orlando Pride.

Nas conversas sobre futebol, Formiga revela que sua equipe inesquecível foi a Seleção que venceu o Pan de 2007 no Rio de Janeiro, derrotando na final as favoritas norte-americanas, campeãs mundiais, diante de um público de 70 mil pessoas. Ao seu lado estavam as companheiras Marta e Cristiana.

“A partir daquele jogo com o Maracanã lotado o Brasil passou a enxergar o futebol feminino. Vencemos os seis jogos sem tomar um gol e marcamos 33, sendo 5 contra as americanas. Naquele mesmo ano fomos vice-campeãs mundiais, atrás da Alemanha.- recorda Formiga, que se orgulha de ter formado o trio que revolucionou o futebol feminino no país, ao lado de Marta e Cristiana.

Imortalizada no Museu do Futebol, ocupando junto com Marta a Sala Anjos Barrocos, onde só havia jogadores homens, e homenageada pelo cartunista Maurício de Sousa como personagem da Turma da Mônica, Formiga sonhava com uma convocação para a Copa do Mundo da Oceania, para ter uma despedida meritória, como a que foi proporcionada a Marta. Seu objetivo é permanecer no futebol como técnica ou gestora. No momento, a ex-jogadora está comentando o Mundial para o Grupo Globo.

Não vai haver mais Marta, Formiga e Cristiane. Este trio se dedicou cem por cento, deu sangue, deu alma, deu coração, e formou uma base para as meninas que estão chegando hoje – ressaltou Formiga, aproveitando para mandar um recado às suas sucessoras na equipe nacional, que estavam se preparando na Austrália para a estreia na Copa: “O futebol está passando por um processo onde não há mais uma grande distância entre os países”.

Eliminação precoce

Depois de exatos 30 dias de adaptação na Austrália, a Seleção Brasileira foi uma das primeiras “surpresas” do Mundial, ao cair na fase de grupos diante da modesta Jamaica, cujas jogadoras tiveram que fazer uma “vaquinha” para pagar as despesas de viagem. Outras equipes favoritas à conquista do título também ficaram pelo caminho, inclusive as quatro campeãs do mundo: Estados Unidos (quatro vezes), Alemanha (duas), Japão e Noruega (uma vez cada).

“O choro de hoje pode se transformar num sorriso daqui a um ano nas Olimpíadas de Paris”. Palavras de consolo da experiente Marta, que esteve em campo durante quase toda a partida contra a Jamaica, empenhando-se pela vitória que alimentaria o sonho da conquista de um troféu que vai continuar faltando em sua carreira.

Ao contrário dos mundiais anteriores que passaram despercebidos da maioria dos brasileiros, a nona edição do torneio foi muito badalada pela imprensa, especialmente pela Rede Globo, que tirou o torcedor da cama mais cedo para assistir aos jogos, transferindo para o povão, carente de prazeres, uma dose exagerada de otimismo.

Nos bairros pobres, ruas foram ornamentadas de bandeirola; moradores se cotizaram para que fosse servido um reforçado café da manhã; a batucada acordou aqueles que insistiam em ficar na cama; folgas no trabalho e ponto facultativo nas repartições públicas e estudantes fora das escolas. Não importava se as partidas iniciavam às 4 horas da madrugada ou às 7 da manhã .Esse excesso de confiança atravessou mares e montanhas e chegou à longínqua Oceania, mexendo com o psique das nossas meninas, que sentiram nos ombros o peso da carga de responsabilidade. A Pátria voltou a calçar chuteiras, diria, se fosse vivo, o jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues, autor da célebre frase: “O futebol é o ópio do povo”.

Como sempre ocorre após as derrotas “inesperadas” da Seleção foi aberta a caça ao culpado ou culpados. As “armas” foram inicialmente apontadas para a técnica, a sueca Pia Sundhage, que viajou o mais rápido possível para o seu país, acompanhada das três assistentes, de onde mandou um bilhete para Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, pedindo para continuar à frente da Seleção feminina até os Jogos Olímpicos do próximo ano.

UOutro alvo das críticas de parte da imprensa esportiva do Rio e São Paulo, preconceituosa com relação ao nordestino, foi o Ednaldo Rodrigues. Eleito em março de 2022 para a presidência da CBF, o Nadinho dos babas de Vitória da Conquista, não “caiu nas graças” dos que viviam bajulando os ex-dirigentes, julgados e condenados por atos ilícitos. O conquistense, que chegou ao cargo de maior projeção no futebol brasileiro, foi desaprovado ´pela demora em escolher o substituto de Tite no comando do time masculino. Certas matérias dos jornais revelam nas entrelinhas o rótulo de “pé frio” dado a Ednaldo Rodrigues, ressaltando que sob sua gestão seleções nacionais perderam os Mundiais do Qatar, da Austrália-Nova Zelândia e o Sub-20 na Argentina.

A CBF ainda não tomou uma decisão sobre o futebol feminino. Após a eliminação do Mundial, Ednaldo prometeu maiores investimentos. Por sugestão da ministra dos Esportes, Vera Moser, o Brasil é candidato a promover a próxima Copa do Mundo, em 2027.  A FIFA escolherá o local ainda este ano.

 

 

E OS NOSSOS OUTROS APAGÕES?

NO VENTRE DA BARRIGA DA MÃE SE VIVE UM APAGÃO DE NOVE MESES. DEPOIS HABEMOS LUZ. UNS CONTINUAM SENDO ILUMINADOS E ILUMINANDO OS SERES POR ONDE PASSAM. OUTROS, INFELIZMENTE, PERMANECEM APAGADOS E PASSAM A VIDA SEM SER VIVIDA. NEM SÃO NOTADOS.

O apagão elétrico dos nossos tempos tecnológicos da era da informática e da inteligência artificial nos deixa desesperados, angustiados e ainda mais estressados. É a internet que não funciona, o metrô que para, o trânsito que fica louco sem os semáforos, os doentes que correm risco de vida nos hospitais, os alimentos que se deterioram nos frízeres; perdem-se bilhões nos negócios e até a violência com mortes aumenta nas grandes cidades. Os bandidos aproveitam para cometer suas atrocidades.

Quando era menino na pequena cidade de Piritiba, lembro do velho gerador a diesel que só funcionava das 18 às 22 horas, como se marcasse a hora de se recolher para dormir. A molecada não ligava e fica na rua de terra. No Império até a República eram os lampiões e, quando chegou a eletricidade, esta ainda era bem precária. Os apagões de hoje nos fazem retornar aos tempos antigos do fifó, das velas, das lenhas e de outros meios naturais.

O corte da energia nos deixa atordoados e paralisados, mesmo que seja em plena luz do dia, e nem valorizamos mais o nosso rei Sol que brilha nossos caminhos. Deixamos de louvar e abençoar o sobrenatural, o divino. Nos tornamos ingratos e cuspimos no prato que comemos.

Esquecemos, no entanto, que o nosso mundo atual vive outros apagões aos quais nem nos damos conta disso. Só nos importamos com o artificial físico que move nossos corpos gananciosos e competitivos. Para nós, o único alimento útil é somente aquele que entra pela boca. Estamos até desaprendendo a pronunciar corretamente as palavras.

Não paramos para pensar e refletir que os apagões espirituais dos tempos modernos são muito mais graves e são estes que estão levando os seres humanos ao desastre e à autodestruição. Não observamos, mas estamos vivendo no apagão da virtude, da paz, do amor, da tolerância, da preservação do meio ambiente, da perseverança, da bondade, da cordialidade, do respeito ao outro, da obediência aos pais, do bom viver, da valorização da vida, da amizade sincera, da cooperação e do perdão.

Vivemos no apagão das justiças e das igualdades sociais, de gênero e de cor, do saber e do conhecimento, da dignidade e dos direitos humanos, da liberdade e preferimos viver na escuridão da ignorância, da opressão, da ambição a todo custo, do consumismo sem trégua, do emporcalhar e desmatar a natureza, do errado que virou certo e do anormal que se tornou comum, do egoísmo e do individualismo.

Preferimos viver na escuridão da cegueira, da surdez e do silêncio, da indiferença para com os outros e nem notamos que dentro de nós falta luz porque apagamos ela como se não mais tivesse serventia. Acendemos a outra turva e sombria que nos consome, que nos torna mais brutos primitivos. Aos poucos estamos apagando a luz da razão.

O nosso mundo de hoje sofre do apagão humanitário, que mais interessa soltar foguetes aos ares do que cuidar dos bilhões que cá embaixo passam fome e miséria. Ao invés da limpeza do planeta, o mundo optou por soltar seus gases tóxicos que afetam o aquecimento global para até 50 graus. O negócio é elevar o PIB, fabricar mais armas e criar mais guerras.

O apagão energético progressista é temporário, polêmico e até conspiratório, mas existem os outros que fazemos questão de não os vês porque não queremos enxergá-los e estão dentro de nós, na escuridão das entranhas. As trevas internas do espírito são as piores e estas estão nos deixando mais desumanizados, numa sociedade mais cruel, mesmo com todas tecnologias nas palmas das mãos.

COM UMA ECONOMIA DESENVOLVIDA E AINDA CARENTE EM CULTURA E LAZER

Fotos de José Silva
Se não me engano, há quatro ou cinco anos (dois somente durante a pandemia da Covid-19), a Exposição Agropecuária de Vitória da Conquista, a terceira maior cidade da Bahia com quase 400 mil habitantes, simplesmente deixou de existir no histórico e famoso Parque Theopompo de Almeida.

Hoje, uma enorme área, numa localização privilegiada da cidade, está subutilizada e somente abriga por ano o Festival de Inverno, ou shows musicais, evento promovido pela TV Bahia com sua filiada da TV Sudoeste. Existem algumas outras programações de menor porte que não são da Coopmac (Cooperativa Mista Agropecuária de Conquista.

Não dá para entender essa lacuna deixada pelos empresários responsáveis pelo equipamento, enquanto outros municípios da região, como Itapetinga, Jequié, Guanambi, Brumado e até nossa Belo Campo continuam a realizar suas exposições que são utilizadas na promoção de grandes negócios, sem falar no entretenimento e no lazer que proporcionam à nossa população em geral.

A Exposição Agropecuária de Conquista já recebeu vários ministros de Estado, como Allysson Paulinelli e presidentes da República, como João Goulart por volta de 1962 e viveu seu auge de prosperidade quando da introdução da cultura cafeeira em meados dos anos 70 e início da década de 80.

Lembro das memoráveis exposições com aquele parque superlotado com gente vinda de todas as partes da Bahia e do Brasil, além dos parques de diversão, leilões de gado e equinos, um grande número de animais e a Feira de Negócios e Cursos do Sebrae. Ali sempre foi local de encontro de amigos e famílias com suas crianças nos finais de semana.

Estou citando esse grandioso evento para dizer que Conquista é uma das cidades do Norte e Nordeste que mais se desenvolveu economicamente nos últimos anos e está no ranking do alto nível no setor de saneamento básico, bem como da educação, com destaques para várias universidades (estadual e federal), faculdades e na saúde no atendimento a tratamentos de alta complexidade.

No entanto, Conquista ainda deixa muito a desejar no quesito de cultura, entretenimento e lazer. Não estou aqui nem falando em turismo porque não temos muita coisa para mostrar pois não dispomos do suporte cultural para atrair os visitantes.

Sem contar alguns poucos locais e algumas raras atividades no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima, nos finais de semana os conquistenses e o visitante não tem muita opção, a não ser os bares e restaurantes que oferecem músicas ao vivo.

Não vou aqui me estender porque sobre esse assunto temos muito mais coisa para falar. Cada um que faça sua análise e apresente seus argumentos de contestações, ou mesmo acrescente mais fatos.  Volto a repetir, mais uma vez, que nossos equipamentos culturais permanecem fechados necessitando de urgentes reformas, sem apontar que nem temos uma feira literária em nosso calendário.

 

 

 

 

ESSA DIFÍCIL VIDA NOSSA DE CADA DIA!

De tanto ver tanta violência e crueldades, de tanto o homem destruir a natureza para mais consumir, de tanto ódio e intolerância, de tanta politicagem, de tantas catástrofes e tragédias pelo mundo num prenúncio do apocalipse, o ser humano vai perdendo a fé e a esperança de dias melhores, e a palavra otimismo vai ficando escassa em nosso dicionário.

O tempo parece passar cada vez mais rápido e temos que encarar essa difícil vida onde cada dia tem que se matar vários leões para sobreviver, principalmente os mais pobres, de menor poder aquisitivo, que têm que lidar com as contas a pagar e se virar para colocar o alimento na mesa. As desigualdades sociais são assombrosas e a concentração de renda só aumenta.

Apesar de todo esse quadro sombrio cheio de nuvens pesadas que nos rondam, a vida ainda vale a pena ser vida quando se busca a paz e o amor e se procura isolar a inveja, a maldade contra os outros e desejar bem ao mais próximo. Só assim podemos enfrentar essa vida difícil.

Quando olhamos ao nosso redor, não é nada fácil juntar forças para manter o ânimo e encarar as adversidades. As pessoas estão cada vez mais brutas e preferem usar seus instintos primitivos do que a razão. Não paramos para refletir que esse sistema que fica cada vez mais embrutecido fomos nós mesmos que o construímos com nosso individualismo, comodismo e falta de indignação contra as injustiças sociais.

Nos dias atuais, chegamos ao ponto onde só reagimos quando o mal nos atinge, quando alguém da nossa família é vítima de uma bala perdida ou quando nos é negado um atendimento médico e alguém do nosso convívio familiar vem a óbito.

Nos tornamos mais insensíveis diante de tantas notícias de extermínio, de atrocidades, massacres e gente que faz o errado e quase nada acontece por causa da impunidade. Vivemos numa sociedade dividida pelo racismo, pela xenofobia, pela homofobia e outras formas de separação, quando essas questões nem mais deveriam ser discutidas.  Depois de tantos anos ainda estamos longe do sonho sonhado de Martin Lutter King. Os movimentos, ao invés de nos unir e nos aproximar, eles nos distanciam.

 

SESSÃO DA CÂMARA CONDENA A VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES

Costumam dizer que o Brasil tem uma grande dívida social para com os negros que durante 350 anos foram escravizados e para com os povos indígenas que foram explorados e massacrados desde a chegada dos portugueses há 523 anos.  Por que não também com relação às mulheres que durante anos foram subjugadas pelo patriarcalismo e consideradas como inferiores?

No entanto, os tempos estão mudando e algumas políticas públicas estão fazendo pontuais reparações. No dia de ontem (09/08), a Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista realizou uma sessão mista para lembrar os 17 anos da Lei Maria da Penha e condenar a violência contra as mulheres.

Durante o evento, a vereadora Viviane Sampaio, do PT, fez um pronunciamento da tribuna onde condenou os atos de violência contra as mulheres e cobrou do poder executivo a implantação de políticas, não somente de proteção física, como no âmbito econômico e social.

Na ocasião, os vereadores aprovaram uma proposição no sentido de que a prefeita Sheila Lemos crie a Secretaria das Mulheres com uma dotação orçamentária em torno de 10 milhões de reais. Outra indicação foi de que a Prefeitura Municipal construa a sede dessa Secretaria na área onde foi derrubado o Clube Social.

Pela sua dimensão e localização estratégica na cidade, entendo que aquele espaço não deve somente ser aproveitado para uma Secretaria. Ali deveria abrigar diversos equipamentos multiuso, inclusive a Biblioteca Municipal que fica escondida lá no Conquistinha, dificultando o acesso de estudantes, professores, intelectuais e interessados pela leitura e pela pesquisa.

Quando as mulheres, que sempre foram oprimidas e somente tiveram direito a votar em 1932, sem contar a exclusão do mercado de trabalho por serem consideradas de segunda classe, não restam dúvidas que a dívida é alta, como dos negros e indígenas. A sessão mista, presidida pelo parlamentar Hermínio Oliveira, também aprovou outros projetos (títulos de cidadãos conquistenses) e moções de aplausos.

No tocante aos negros, o último censo do IBGE traz dados importantes sobre o número de quilombolas no Brasil, estimados em 1,3 milhão de brasileiros, tendo a Bahia como primeiro estado que abriga 397 mil pessoas, vindo em seguida o Maranhão. Dos 1,3 milhão, 70% estão no Nordeste. Na Bahia chamou a atenção o município de Bonito, na Chapada Diamantina, com mais de 50% da população se identificando como quilombola.

Sobre os indígenas, as estatísticas do IBGE apontaram cerca de 1,7 milhão. Na Bahia, o segundo estado com mais povos originários, a população quase quadruplicou, com um total de 229.103. A maioria habita a região sul do estado, onde se encontram aldeias das comunidades Pataxó e Truká, em Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Ilhéus, Pau Brasil e Prado. Pela pesquisa, 14 grupos indígenas residem no estado.  

 

 

 

MAIS DECEPÇÕES QUE TERMINAM NOS EMPURRANDO PARA O DESCRÉDITO

Nesse país, os séculos de história e os anos de vida sempre nos levaram a mais decepções, especialmente na política, que terminam nos levando ao descrédito para aquela velha frase comum de que “o Brasil não tem jeito”, embora os mais otimistas ainda acreditem o contrário.

No dia a dia a gente sente uma certa sensação de frustração e aquela vontade de se recolher em seu canto e desistir até de lutar quando se vê esses montes de leis não serem cumpridas; imperar a impunidade e as mentiras; os governos de esquerda se juntando a gente oportunista e corrupta, tudo pela tal governabilidade; a violência que só faz aumentar; o ódio e a intolerância sempre no pódio; e o luto virando o jogo contra a luta.

Não estou aqui para alimentar a depressão, mas, infelizmente, é essa a realidade quando se procura ser sério e brigar pelos direitos humanos e pela redução das desigualdades sociais. Até no convívio pessoal entre os ditos “amigos” sofremos as decepções por causa das falsidades, do doentio individualismo e daquela letargia de apenas cada um cuidar de si.

Tudo isso é um reflexo dos nossos políticos e governantes que não dão o devido exemplo. A grande maioria faz as promessas e, de tanto nos enganar, a população não mais acredita neles e dizem não querer saber de política. Vamos passando o tempo na base da enrolação e no faz de conta de que as coisas estão funcionando. A alienação política (muitos têm raiva quando se fala nessa palavra) vai levando essa gente para o consumismo, como se isso fosse o ponto de partida para a felicidade.

Nos endividamos sabendo que lá na frente tem o desenrola e assim esse ciclo vicioso vai se repetindo todos os anos. Defendemos o meio ambiente, mas jogamos lixo no mar, nas ruas e até admitimos o desmatamento para plantar soja e criar boi para exportar os produtos para o mercado externo. Participamos de campanhas solidárias com certa contribuição financeira, mas quando vemos um ser humano caído na rua passamos indiferentes. Cortamos o outro lado para não vermos a miséria estampada nas calçadas e marquises.

Agora mesmo estava acabando de ler num jornal que por ano o mundo produz 480 milhões de toneladas de plásticos e que 8,3 bilhões somente em 2022. A previsão é chegarmos a 13 bilhões até 2050. O Brasil está entre os cinco maiores produtores mundiais de lixo plástico e recicla apenas 1%. Grande parte é jogada no mar. Petrolíferas estão querendo explorar mais petróleo na Amazônia.

Não acreditamos nos governos, não importa a tendência ideológica. Não queremos saber da nossa história passada. Por isso estamos sempre repetindo os erros, como loucos. Estamos perdendo nossa memória para a inteligência artificial, para tornarmos robôs. Imitamos as culturas alheias superficiais dos super-heróis. Damos mais valor ao que vem de fora do que ao nosso nacional. Assim fica difícil construir uma verdadeira nação se não temos uma soberania própria.

Que me perdoem, mas minha fala é um desabafo e uma provocação. Posso até incomodar muita gente que não quer parar para pensar e refletir nessas questões. O negócio é seguir em frente e não olhar para trás. Ah, nem quero saber dessas coisas! Vou me aporrinhar com isso, se tenho outros problemas pessoais!  Até parece que não vivemos em sociedade. Só gritamos e choramos quando somos atingidos pelas injustiças sociais.

BONS VENTOS PARA A CULTURA

Com a Lei Paulo Gustavo e outros editais saindo por aí, bons ventos estão soprando a favor da nossa cultura que ficou adormecida nos últimos quatro anos. Em Salvador, por exemplo, a classe artística está animada.

De acordo com informações publicadas por um jornal da capital, estão chegando sete editais de fomento das diversas linguagens para a cultura. Esses editais estão contidos no pacote de ações que fazem parte do investimento da Prefeitura Municipal de Salvador, com parceria entre a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Gregório de Mattos (Conquista já deveria ter a sua).

As inscrições estão previstas para serem abertas neste mês de agosto com término em setembro. Os recursos são oriundos do Governo Federal e do próprio município no total de 50 milhões de reais. O presidente da Fundação, Fernando Guerreiro, disse que vai reunir um conjunto de mapeamento, informações e estatísticas da realidade cultural de Salvador.

Estamos vivendo uma onda positiva no setor cultural, afirmou Guerreiro. Na pandemia a prefeitura viabilizou benefícios às pessoas necessitadas, mas ninguém sabia que se encaixava nos determinados segmentos. “ O que pretendemos agora é ter um raio x do segmento cultural”.

Destacou que, pelo menos, 69 projetos divididos em três incisos vão ser contemplados. Nesse caso o investimento total é de pouco mais de 20 milhões, sendo 15 do Governo Federal via Lei Paulo Gustavo e mais cinco milhões de suplementação com recursos próprios do poder executivo.

CULTURA PRECISA DE ESPAÇO

Carlos González – jornalista

Quatro das mais importantes atividades na vida de uma comunidade com quase 400 mil habitantes não podem ser atribuídas a um único órgão público, porque todas elas vão funcionar precariamente, principalmente quando há falta de interesse do gestor municipal. Isso é o que vem acontecendo há muitos anos em Vitória da Conquista com a cultura, o lazer, o turismo e o esporte. A Cultura não pode dividir seu espaço.

Consta na página que a Prefeitura mantém na internet que “a Sectel tem por finalidade desempenhar as funções do Município em relação à cultura, ao esporte, ao lazer e ao turismo, sendo responsável por planejar, coordenar, controlar e executar programas relevantes a essas áreas”.

Vamos analisar cada elemento desse “quarteto”. Como a nossa finalidade é mostrar o estado de abandono da cultura conquistense, faremos um breve comentário sobre o entretenimento, o turismo e o esporte, mesmo porque o titular da Sectel, o cantor, compositor e violeiro Eugênio Avelino, conhecido nacionalmente como Xangai, dedicou sua vida a escrever e musicar suas composições de raízes sertanejas.

Na estrutura administrativa da Sectel constam coordenadorias e gerências encarregadas de fomentar o turismo e de promover o esporte e o lazer, mas no dia a dia a população observa que nada é realizado por esses órgãos.

O turismo em Vitória da Conquista é uma falácia. O quê a cidade tem para mostrar ao visitante? O projeto de urbanizar a Serra do Piripiri e o entorno do Monumento ao Cristo Crucificado anda de forma lento. O lazer dos finais de semana do conquistense se limita aos barzinhos e ao passeio nos shoppings.

A prática do esporte se resume às “peladas” de futebol e futsal nos campos da periferia, e nos três meses de atividade do time profissional, ocupando divisão inferior do futebol baiano, impedindo o torcedor local de assistir jogos de clubes de expressão no cenário nacional.

Acessando a página oficial da Prefeitura, o leitor toma conhecimento de que, entre os eventos do calendário anual promovidos pela Sectel, constam uma mostra de cinema e o Festival Suíça Baiana. A administração municipal precisa explicar quando e onde serão realizados esses dois encontros culturais.

A 7ª Arte – não nos referimos aos filmes de aventuras de monstros e super-heróis exibidos nos Multiplexes – entrou num processo de involução desde que o poder público permitiu o fechamento da Casa de Glauber Rocha e o Cine Madrigal.

Esse mesmo processo de abandono se aplica ao Teatro Carlos Jheovah e a outros equipamentos que abrigam as diferentes expressões artísticas, como o Conservatório de Música, a Biblioteca José Sá Nunes, o Centro de Artes e Esportes Unificados José Murilo, que funcionam precariamente e precisam de reformas e mais atrativos e divulgação.

A Secretaria Municipal de Cultura, Turismo, Lazer e Esporte (Sectel) vem recebendo o apoio altruístico de um grupo de pessoas com décadas de dedicação à arte. Eleito para um mandato de dois anos, o Conselho Municipal de Cultura, chefiado pelo jornalista e escritor Jeremias Macário, vem fazendo um relevante trabalho voluntário.

Os membros do Conselho constataram desde os primeiros dias de atividade que suas proposições esbarravam num vírus que contamina todo o serviço público no país. A burocracia, aliada ao desprezo pela finalidade de sua função, onde o poder executivo empurra as pautas elaboradas pelos conselheiros para debaixo do tapete ou para o fundo das gavetas alegando falta de recursos, como se a cultura fosse coisa secundária.

Reza o manual da Secretaria de Cultura que cabe ao município apoiar manifestações culturais independentes. Nos últimos dez anos um grupo de amigos e admiradores das artes vem preenchendo o desapreço do poder público pela cultura em Conquista. Refiro-me ao Espaço Cultural “A Estrada”, localizado no bairro Guanabara, ao lado de dezenas de espécies vegetais.

De dois em dois meses, sempre num sábado, o Espaço reúne novos amigos, artistas e pessoas do universo cultural conquistense, para ouvir cantorias, poesias, e participar de debates sobre os mais variados assuntos, priorizando as coisas da região, no caso, a música, a literatura, o folclore e as histórias.

Sem nunca ter recebido ajuda oficial, nem mesmo uma menção de aplauso do Legislativo Conquistense, o Espaço “A Estrada” edita um blog com o mesmo nome e coloca à disposição dos interessados um acervo de mais de cinco mil itens, entre livros, vinis, revistas, CDs e DVDs, peças artesanais e quadros fotográficos. Essa valiosa coleção tem como curador vitalício o combatente Jeremias Macário, sertanejo de Piritiba, com 32 anos residindo em Conquista, onde exerceu a chefia da Sucursal do jornal “A Tarde”.

Graças a uma iniciativa do Governo do Estado, através da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Social pela Música, 2.324 crianças, adolescentes e jovens integram os 13 núcleos do programa Neojiba, “para que possam desenvolver competências e aptidões múltiplas e assumir diferentes papéis em resposta aos desafios de nosso tempo”. Criado em 2016, o núcleo de Vitória da Conquista tem levado às plateias lotadas o pouco que resta da cultura do Sudoeste baiano.

Festivais literários

Os escritores e interessados em obras literárias – Conquista tem três livrarias e umas quatro ou cinco bancas de jornais e revistas – estão constantemente a perguntar: “Por que a Prefeitura não promove anualmente um festival literário?”. Cidades baianas com menor potencial econômico e cultural têm contado com apoio dos gestores municipais. As feiras, algumas delas com perfil internacional, atraem personalidades literárias e “devoradores” de livros de todo o país, aquecendo a economia da região e dinamizando o turismo, com a oferta de restaurantes e hotéis.

Segundo a Fundação Pedro Calmon, 30 eventos desse tipo foram realizados no ano passado no interior e um em Cajazeiras, periferia de Salvador. “As festas literárias estão chegando para fortalecer o pensamento cultural de cada localidade”, comemora o cordelista  Maviavel Melo, curador da Fliu, em Uauá.

Um aviso aos escritores conquistenses, que “comem” a poeira das estradas como mascates para vender sua produção literária: a cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina, promove a 6ª edição da Fligê entre os dias 16 e 20 deste mês.

 

 

 





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