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:: ‘Notícias’

DINHEIRO E FELICIDADE

É um assunto complicado porque cada um tem sua maneira de ver e sentir as coisas. No entanto, vivemos num sistema capitalista selvagem onde o deus, ou o demônio dinheiro é idolatrado e louvado. Por causa dele muitas tragédias têm ocorrido em famílias, com mortes, sequestros e outros tipos de atrocidades, especialmente quando se trata de heranças.

Conheci e vi muitas famílias aparentemente unidas que se desintegram quando morre um membro rico e deixa fortunas para serem divididas. Acompanhei um caso de envenenamento entre irmãos que foi parar nas páginas de jornais, mas o dinheiro não só traz desgraça.

Existe uma longa discussão filosófica se o dinheiro rende felicidade. Diria que depende da visão de cada um e como usa o dinheiro em suas vidas. Primeiro que um é eminentemente material, quanto o outro está mais no campo espiritual e é um estado de espírito que, na maioria das vezes, não é permanente na pessoa. Não existe felicidade duradora e eterna.

Fazer compras no comércio ou num shopping desperta no ser humano a sensação momentânea de “felicidade”, tanto que o consumidor sente aquela vontade de ir logo para um bar ou uma lanchonete degustar um lanche ou tomar aquele shop gelado entre amigos e parentes. Muitos confundem felicidade com prazer.

O mau humor se transforma em sorrisos, só em olhar as compras nas sacolas. Isso acontece tanto em pessoas ricas, de classe média e pobres, mas essa aparente “felicidade” tende a desaparecer quando retornam os problemas individuais, coletivos e de relacionamentos familiares.

Essa de dinheiro e felicidade é uma questão muito relativa, mas não podemos ser hipócritas ao ponto de dizer que ter ou não dinheiro é o menor dos problemas. No mundo de hoje, onde tudo gira em torno dele, o dinheiro muda seu psicológico e lhe deixa mais leve e disposto para seguir em frente mais forte.

Sem grana, para, pelo menos pagar suas dívidas e fazer uma feira satisfatória do bem-estar, você fica avexado ou avexada, sem rumo e prumo. Já ouvi alguém falar que o homem sem dinheiro não é um homem, é uma merda.

De certa forma tem sentido porque é muito difícil a pessoa conviver e se relacionar bem quando está sem dinheiro, basta se colocar no lugar de um desempregado. Pode até disfarçar, mas dentro de si permanece aquele aperto e angústia no coração, principalmente quando se está só em seu canto.

Não estou aqui falando daquele tipo ambicioso que mata até a mãe e o pai por causa de dinheiro; vira corrupto; comete malfeitos; passa por cima de qualquer um, sem escrúpulos; e suja as mãos de sangue ou de lama fedorenta para ter mais e mais. Este é o abominável animal que até esquece que existe vida e morte.

De um modo geral, os que têm mais conhecimento e saber são mais desapegados ao dinheiro, mas, mesmo assim, o danado é necessário para satisfazer também os seus prazeres carnais e espirituais. O dinheiro pode até gerar sabedoria para muitos e ser fonte do sucesso.

O dinheiro e o poder andam de mãos dadas, mas não se pode traduzir isso em felicidade. Uns dizem que só necessitam do suficiente para viver feliz. Outros querem mais e mais. Tem ainda aqueles que têm muito e não sabem aproveitar para viver enquanto passageiro na terra. O dinheiro pode ser demônio e deus.

Quem já tem o dinheiro tem mais probabilidade de vencer, com menor dificuldade. Um exemplo é a eleição municipal que está aí nas ruas. Quem tem a grana já fez sua decolagem, com bandeiras e impressos para divulgar sua cara ao eleitor, mas não é sinônimo de vitória, sobretudo quando é mal usado e tecnicamente desperdiçado.

 

COMEÇA A CORRIDA E QUE SEJA COM ÉTICA, SERIEDADE E BOAS PROPOSTAS

Sei que neste Brasil, com este sistema eleitoral arcaico, tão desigual, onde a máquina e o dinheiro falam mais alto, é pedir demais que os candidatos a prefeito e às câmaras de vereadores façam suas campanhas eleitorais municipais dentro da ética, da seriedade, honestidade, lisura e propostas para o nosso povo.

No entanto, não custa nada bater nesta tecla para que todos candidatos tomem consciência de que vamos entrar numa corrida eleitoral (começa nesta sexta-feira) até outubro, e não numa “batalha” de facões, foices e ofensas pessoais, porque a população de bem não aguenta mais tantas baixarias, mas, infelizmente, ainda existem aqueles que aprovam esses “espetáculos circenses” sensacionalistas e depois ficam reclamando, sem nenhuma moral.

A coisa descambou tanto para o baixo nível que hoje fica difícil distinguir quem é o pior, se o eleitor inconsciente que vota por favores, blocos de alvenarias, telhas, pagamentos de aniversários e funerais, entre outras doações ilícitas, ou se é o político safado que faz de tudo para ganhar o pleito, inclusive usando de artifícios das mentiras e das promessas vãs.

Depois de tantos tempos assim (nosso eleitor ainda é inculto em sua maioria), quem é mais nojento, o subordinador ou o subornado, o corruptor ou o corrompido? Ficam aí as indagações para sua reflexão. É por essas e outras que muita gente diz que as eleições, embora sejam necessárias no processo democrático, não significam mudanças para o nosso país. É uma triste realidade porque não são justas.

Por sua vez, a verdade é que o jogo democrático é desleal porque os que já estão no cargo usam a máquina eleitoral e a grana a seus favores contra aqueles que não contam com esses instrumentos e querem chegar lá com boas intenções, com programas sérios de mudanças na política.

Quem está fora e quer entrar com objetivos decentes fica complicado concorrer com esse pessoal que está lá dentro.  O mais positivo nisso tudo é que ainda tem muitos que acreditam em mudanças e colocam seus nomes nessa corrida desigual, o que vale dizer que as esperanças estão vivas.

O mais contraditório nisso tudo é que, mesmo diante desse quadro nada favorável (o sistema é bruto), a Justiça Eleitoral se enche de burocracias intrincadas para um candidato realizar o seu registro, pedindo um monte de documentos e exigências, como se isso fosse impedir os inescrupulosos de burlar as leis, cometer fraudes e praticar a ilicitude. Para abrir uma conta, na realidade são três, no banco é outro protocolo que o candidato tem que enfrentar.

Mesmo com essa idade já avançada, decidi enfrentar mais um desafio, dentre tantos outros em minha vida, e me candidatar para galgar uma cadeira na Câmara de Vereadores de Vitória da Conquista, e testemunhei essa burocracia monstruosa.

Quem conhece minha pessoa sabe quem sou em termos se seriedade, ética e caráter. Sempre ando na cidade de cabeça erguida e a sociedade que faça seu julgamento. Muitos de meus amigos me aconselharam não entrar nessa, com argumento de que a política é suja e não deveria me sujar, mas já estou vacinado com várias doses de reforço para não ser contaminado. Vou fazer meu trabalho com seriedade.

DISSE QUE NÃO SABIA DA DITADURA

A princípio não se deve comemorar a morte de nenhum ser humano, mas não concordo com bajulações depois que a pessoa se vai para o outro além. Tem gente que passa na vida e não deixa rastros, uns são controversos e polêmicos, outros deixam bondade e generosidade, tem os malfeitores e ainda aqueles que se eternizam em suas obras culturais, seja na música, na literatura, no teatro e demais linguagens artísticas.

No caso particular, estou me referindo ao falecimento do economista Delfim Neto, com 96 asnos, que o conheci pessoalmente nas minhas lidas jornalísticas como repórter de economia do jornal A Tarde nos anos 70, 80 e início dos 90 quando vim para chefiar a Sucursal de Vitória da Conquista, precisamente em abril de 1991.

Pois bem, o Delfim já morreu e não pode mais se defender, mas acho uma cara de pau declarar numa entrevista ao jornalista Pedro Bial que não sabia da existência de uma ditadura no Brasil, e mais, que nunca falou que “devemos primeiro crescer o bolo para depois dividir”, como forma de distribuição de renda para os brasileiros.

Que ele era polêmico e controverso não existem dúvidas quanto a isso, mas negar a existência de uma ditadura naqueles anos de chumbo é subestimar demais a inteligência dos outros, principalmente partindo de um homem tão inteligente como era, que fazia parte do staff de ministros nos governos militares de Costa e Silva, Médici e João Figueiredo.

O mais incrível é que Delfim foi um, entre outros do governo de Costa e Silva, que assinou o AI-5 naquele fatídico 13 de dezembro de 1968, que eliminava por completo todos direitos humanos, fechava o Congresso Nacional e proibia, na base da força, a liberdade de expressão. Naquela época, o fato de duas pessoas conversando já era considerado como reunião, e uma reunião era conspiração passível de prisão.

Com toda sua inteligência sagaz e astuta, ele assinou um decreto sem ler ou um papel em branco? Como ministro de vários governos não sabia o que estava acontecendo? Naqueles anos, até um adolescente de 14 ou 15 anos sabia que o Brasil vivia uma ditadura civil-militar-burguesa. O argumento de que não se comentava isso entre os ministros beira a uma inocência incalculável, e até um analfabeto não acredita nesse sofismo singular.

Quanto a “vamos fazer crescer o bolo da economia para depois dividir”, eu sou testemunha viva da sua voz quando cobria suas palestras a empresários em hotéis de luxo em Salvador e em entrevistas coletivas jornalísticas. Com isso, engordou os cofres das empresas e deixou o povo mais pobre, sobretudo o trabalhador que não tinha direito de protestar (os sindicatos eram amordaçados) e era explorado. Nós jornalistas tomamos muitas cotoveladas de seus seguranças.

Com todo esse papo, Delfim Neto, o mais jovem dos ministros, foi o grande mentor da miragem do milagre brasileiro de crescimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) e sustentáculo do regime.  Foi a época dos petrodólares árabes que entraram no Brasil e deixou o país endividado na crise do petróleo nos anos 1978/79.

Como jornalista, cobri e acompanhei de perto todos aqueles fatos. Tudo não passava de uma farsa e maquiagem de dados, enquanto nos porões da ditadura centenas de presos políticos eram torturados, mortos e desaparecidos. Dá para acreditar que ele não sabia que exista ditadura? Essa é mais uma face do que foi o regime.

Os grandes contratos de obras, como a Rodovia Transamazônica fracassada, que massacrou nossos índios, linhas férreas, ponte Rio -Niteroi, Hidrelétrica Itaipu e tantas outras eram dados aos amigos dos generais, muitos deles colaboradores do regime, que encheram as burras de dinheiro e contribuíram para aumentar mais ainda a concentração de renda. Aliás, ainda convivemos com a herança daqueles tempos. Não nos faça de bestas e idiotas!

UM FRACASSO NAS OLIMPÍADAS?

É claro que a Rede Globo tem que fazer seu estardalhaço para atrair mais audiência e dar satisfação aos seus patrocinadores, mas a posição do Brasil de 20º lugar nas Olimpíadas de Paris 2024 foi mais um fracasso, sendo que em Tóquio 2020 ficou em 12º no ranking mundial, com sete de ouro, seis de prata e oito de bronze. No Rio de Janeiro, em 2016, dentro da sua casa, o país conseguiu a 13ª colocação, com sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. Em Londres, 2012, o Brasil ficou na 22ª posição, com três de ouro, cinco de prata e nove de bronze.

Segundo fontes da jornalista Ana Cora Lima, o Comitê Olímpico Brasileiro irá pagar aos medalhistas dos Jogos de Paris um valor de  R$ 4,6 milhões pelas 20 premiações. Rebeca Andrade, o destaque da delegação com quatro medalhas (ouro no solo, duas pratas no individual geral e no salto, e bronze por equipe) é quem vai receber mais do governo no total de R$ 826 mil

A judoca Beatriz Souza, que conquistou o ouro na categoria feminina acima de 78kg e bronze por equipe, vai receber R$ 392 mil. Já a dupla campeã de vôlei de praia Duda e Ana Patrícia irá ganhar R$ 350 mil cada atleta. Esse valor será líquido, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou uma MP (medida provisória) que isenta os atletas olímpicos de pagarem Imposto de Renda sobre os prêmios recebidos nos Jogos de Paris. É uma boa grana!

Sob outro ponto de vista, alguém pode até avaliar que não foi um fracasso. No entanto, uma coisa é certa que um Brasil tão gigante, oitava ou nona economia do mundo, ainda deixa muito a desejar. Investimos pouco em educação, esportes e cultura, sem contar que nossa gente prima mais pelas algazarras do que focar e concentrar nas competições. Brasileiro leva até cachorro e papagaio para as concentrações, que de certa parte tira o foco.

O Brasil levou uma delegação de 289 atletas, sendo 163 mulheres e 126 homens. Com todo esse aparato a bordo só colocaram no peito três medalhas de ouro (todas das mulheres e nenhum homem), sete de prata e 10 de bronze. Portanto, com relação a Tóquio houve uma regressão e queda no rendimento. Durante as últimas 24 edições, o nosso país só ganhou 170 medalhas, o que dá uma média de pouco mais de sete medalhas. Precisamos evoluir muito mais. Só três medalhas de ouro?

A meta do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) era de pelo menos trazer 22 medalhas e só ficou com 20. Toda vez que terminar uma olimpíada, o Comitê promete melhorar. Quando vamos ter uma meta de pelo menos arrebatar 50 medalhas e ficar entre as dez maiores potências olímpicas? Os Estados Unidos, em Paris, levaram 40 de ouro, 44 de prata e 42 de bronze, seguidos da China com 40 de ouro, 27 de prata e 24 de bronze. Depois vieram o Japão e Austrália.

Como deu aí para ver no quadro, é uma diferença elástica, comparando o Brasil com os primeiros colocados. Foram 6.800 atletas no total de 205 delegações. O vigésimo lugar não é tão vergonhoso, mas poderia ser bem melhor se houvesse mais investimento no esporte amador em geral e o brasileiro fosse mais disciplinado como os orientais e outros países. Menos samba e mais seriedade quando se trata de competir.

Como ficou patente aí no número de atletas brasileiros que foram a Paris, a questão não é de quantidade, mas de qualidade. Muitos desses aí, mais de 90, são bolsistas das forças armas e de outras corporações militares, sem falar de outros benefícios pecuniários que recebem do governo federal. Precisa haver uma maior cobrança aos atletas por parte dos dirigentes, mais estrutura, mais equipamentos e treinamentos.

Como estamos falando da participação do Brasil nas olimpíadas, o nosso país, infelizmente, levaria mais medalhas se fosse na disputa por corrupção e malandragem, bem como em desigualdade social e na educação onde nossos índices são baixos em relação a outros países do mundo. Temos um Brasil tão rico e tão pobre, e isso reflete também nos esportes.

Outra coisa que não cabe, só mesmo no conceito sensacionalista marrom dessa mídia, é chamar os atletas medalhistas de heróis, reis, princesas e rainhas. Herói é o brasileiro das periferias e favelas que têm que matar um leão por dia, para colocar um prato de comida na mesa, ou aqueles que ainda conseguem sobreviver em casebres entre ruelas e becos com esgotos correndo a céu aberto, sem saneamento básico.

Quando um atleta ganha uma medalha, aí lá vem a mídia com seu bordão sensacionalista barato em relatar a miséria da pessoa quando tudo começou expondo as dificuldades durante sua trajetória nos esportes. Ora, todos passam por obstáculos para vencer na vida, não somente na modalidade esportiva, a não ser os safados sem ética, honestidade e escrúpulos que só querem saber de levar vantagem em tudo, passando a rasteira no outro, sem o menor sentimento de culpa.

PSIQUIATRIA: A CURA PELO CANDOMBLÉ (Final)

A posologia do espírito

(Chico Ribeiro Neto)

Para o médium espírita Divaldo Franco, “é essencial estabelecer uma diferença entre enfermidades e obsessões”. Já o psiquiatra e professor Álvaro Rubim de Pinho observa que “na concepção do candomblé, a doença é considerada sobretudo como uma manifestação de infelicidade”. Publico hoje a terceira e última parte da matéria “Psiquiatria: a cura pelo candomblé”, que fiz para a revista “Manchete”, publicada no número 1.250, em 7 de março de 1976. Antigas matérias que continuam atuais.

Segue o texto:“O médium espírita Divaldo Franco, conhecido no Brasil e no exterior, diz que atende a cerca de 15 casos de doenças mentais por semana, no Centro Espírita Caminho da Redenção, situado no bairro da Calçada, em Salvador. Divaldo, segundo os especialistas, possui dons mediúnicos especiais e tem vários livros psicografados. Ele afirma que a média de curas de doenças mentais obtidas em seu centro oscila entre 80 a 85 por cento.

– É essencial – afirma Divaldo – estabelecer uma diferença entre enfermidades e obsessões, porque o que chamamos de obsessões são na realidade interferências de espíritos desencarnados. Os tipos de alienados portadores de obsessões quase nunca encontram cura junto ao psiquiatra. Há distúrbios nervosos que têm origem num problema espiritual. Nestes casos, o médium pode atingir a causa enquanto os médicos ficam apenas ao nível dos efeitos.

Divaldo Franco observa que jamais procura diminuir o respeito que o médico merece e, em geral, os pacientes que são encaminhados ao centro espírita já passaram antes pelo consultório do psiquiatra.

O psiquiatra Álvaro Rubim de Pinho não é por princípio hostil à simultaneidade do tratamento em certos casos de desequilíbrio. Ele observa que em quase todas as comunidades, o atendimento ao rito das religiões tradicionais pode ser um elemento de equilíbrio tanto na vida individual quanto na social. E recorda a eficácia de certas promessas, no catolicismo tradicional, para justificar a influência da crença em certos padrões de saúde mental.

– Existe uma medicina oficial – diz ele – que não exclui as formas da medicina popular cujos processos de tratamento podem muito bem revelar uma certa eficácia incontestável. A adoção das duas medicinas proporciona provavelmente maior segurança ao doente que, em muitos casos, é sobretudo uma pessoa que acredita piamente na orientação dos iniciados nos dois processos.

 

Rubim de Pinho esclarece ainda que, na concepção do candomblé, a doença é considerada sobretudo como uma manifestação de infelicidade. Para afastar essa infelicidade, é essencial obedecer aos tabus, cumprir as obrigações, comportar-se de acordo com os imperativos da moral da seita. Nada indica que a submissão a este tipo de crença seja incompatível com um bom tratamento médico.

E ele tem uma conclusão bastante interessante: “Pessoalmente, entendo que o psiquiatra jamais deverá abdicar do tratamento daqueles casos de doenças realmente bem caracterizadas. No que se refere às reações anormais, aos desvios de comportamento e mesmo a certas neuroses, não tomo a iniciativa de indicar o tratamento religioso, mas entendo-o e respeito, admitindo que, muitas vezes, pode ser útil”.

(Veja crônicas anteriores em leiamaisba.com.br)

 

 

 

 

 

CÂMARA MUNICIPAL CELEBRA OS 18 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA

Em comemoração aos 18 anos da Lei Maria da Penha que dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar, a Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista realizou na manhã de ontem (dia 07/08), uma sessão especial para debater as medidas de assistência e proteção às mulheres vítimas de maltratos e assassinatos por parte de seus companheiros.

O ato foi promovido pela vereadora Márcia Viviane (PT) que, ao abrir os trabalhos, lembrou que a sessão é a primeira atividade em comemoração ao Agosto Lilás, dedicado ao combate à violência contra a mulher. Na ocasião, explicou que antes era realizada uma audiência pública para discutir o tema e agora a sessão especial para falar sobre a lei.

Viviane destacou o desafio das mulheres na sociedade de hoje, lembrando que a revolução passa pelas mulheres e propôs ações educativas em empresas, escolas e condomínios da cidade visando o combate contra a violência feminina. A militante Keu Souza falou da importância para as mulheres negras.

Segundo ela, a data poderia ser celebrada com a diminuição dos casos de violência contra a mulher, mas os dados demonstram o contrário. Durante a pandemia da Covid-19 (2020/22), de acordo com Keu, aumentaram os índices de violência, acrescentando que a sociedade vê a mulher a partir da perspectiva do machismo e, por isso, mata as mulheres por não admitir que a mulher tenha vida própria.

A delegada da DEAM (Delegacia da Mulher), Decimaria Cardoso, apresentou dados referentes a 2024, afirmando que a medida protetiva é, sem dúvida, uma das maiores conquistas nos últimos anos. Destacou que muito se tem a comemorar com a lei, mas muito ainda a conquistar.

A representante do Conselho Municipal da Mulher, Maria Otília, ressaltou o importante papel exercido pela polícia na proteção da mulher, sendo uma parceira no combate à violência. Disse que a violência provoca traumas terríveis nas mulheres, que muitas vezes não são superados ao longo da sua vida.

A presidente da União das Mulheres de Vitória da Conquista, Lídia Rodrigues, enfatizou, em seu pronunciamento, um conjunto robusto de leis que visam proteger as mulheres e punir os agressores no Brasil. Citou a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio e a Lei da Importunação Sexual.

Fizeram ainda parte da Mesa, que dirigiu os trabalhos em comemoração aos 18 anos da Lei Maria da Penha, a tenente Joice, coordenadora da Ronda Maria da Penha, a secretária Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Viviane Santos de Oliveira, o comandante do Comando Regional Sudoeste da Polícia Militar, coronel Paulo Guimarães, a advogada  e candidata a vice-prefeita Luciana Silva, os vereadores Luis Carlos Dudé, Nildo Freitas, dentre outros.

O CRÍTICO CANINO QUE NÃO PARTICIPA

Dizem que o silêncio é ouro, outros que uma boa resposta é o silêncio, que é melhor falar menos e escutar mais porque quem fala muito dá bom dia a jegue, e Martin Lutter King declarou em seu discurso da igualdade para todos que o silêncio dos bons é o que mais incomoda.

Nietzsche afirmou que num encontro de homens (ele não se refere às mulheres), não se pode ficar calado, sobretudo para aqueles que falam muito. No entanto, em nossas vidas existem aqueles que são críticos ferrenhos a tudo, principalmente na política, mas não participam de nada; não dão suas contribuições; e nunca se prontificaram a exercer cargos ou funções dentro da sociedade. Os que agem aprendem.

Esses que criticam e não agem, eu os considero abomináveis. Não devem ser ouvidos, mas afastados do convívio dos outros. Conheço gente, inclusive dito de esquerda, que fica dentro da sua casa metendo o pau na direita, em tudo e em todos amigos. Coloca em primeiro lugar tomar suas cachaças, se entregar ao prazer da vida do que ir a uma convenção ou reunião do seu partido do qual diz ser ardoroso defensor. Não pisa os pés num evento ou encontro social e político.

Já ouvi gente afirmar que não vai em lugar onde tem pessoas de direita. É o chamado absurdo radical que não admite ouvir o outro lado. É o mesmo que não saber viver ou conviver com as adversidades de pensamentos. Nem estou aqui colocando no bojo os extremistas terraplanistas, negativistas, racistas, xenófobos e homofóbicos preconceituosos. Para estes é escasso o diálogo.

É muito dito por aí que é fácil criticar, difícil é fazer e colocar a cara a tapa nessa sociedade onde a grande maioria é comodista e aceita tudo que vem de cima. É preciso ter a coragem e não temer a “porrada”. Conheço pessoa que passa o tempo todo criticando; diz que não vai num local onde tem direita bolsonarista e ainda senta a lenha em amigo que está atuando numa função público visando mudar as coisas. Sempre na sua concepção, o cara que está lá na luta não fez nada, não botou para quebrar e foi frouxo. É o tipo que fica de lá apontando seu dedo, sem agir e nem conhece do riscado.

Em minha idade, por exemplo, já exerci diversos cargos e funções, muitos dos quais sem nada ganhar e levei porrada e traição, tanto que me sinto calejado e nem estou mais aí para críticas. Costumo dizer que tenho meus próprios pensamentos, minhas ideias, meu modo de ver as coisas e não tenho medo de patrulhas ideológicas baratas.

Só aqui em Vitória da Conquista, além de ter sido chefe da Sucursal do jornal A Tarde (setor privado remunerado), já fui diretor da Apae, diretor e vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas da Bahia-Sinjorba e, mais recentemente, presidente do Conselho Municipal de Cultura.

Procurei dar minha contribuição dentro do possível e sei o quanto fui massacrado, xingado e contestado, mas sai de todos de cabeça erguida, com seriedade, honestidade e ética. Na minha autocrítica, tenho total consciência de que poderia ter feito muito mais, mas também sabemos que o sistema é cruel.

O que não dá é para aturar críticas pessoais do tipo que esperava mais de você na função, justamente daquele que mete o pau de quem pensa politicamente contrário a ele e fica enfornado dentro de casa só enchendo a cara. Não tem moral para criticar se não se faz presente nos debates e se recusa a assumir uma função numa entidade de classe.

Vivemos numa sociedade e temos que pensar coletivo, mas a maioria é individualista, egoísta e fala que não vai se meter nisso, ou por medo do fracasso, ou porque já se acostumou viver lá do seu alto abrindo a boca para criticar. Tem gente de esquerda nessa linha que é pior que os de direita, e é por isso que a extrema no Brasil só faz avançar com suas mentiras e tramoias malignas.

Como é que uma pessoa se auto declara petista, não é filiado; mete o cacete na direita bolsonarista, mas não aparece nos movimentos e atividades do seu partido do qual se mostra simpatizante? Não consigo entender essa posição. Melhor seria ficar calado e não sair por aí esbravejando e soltando despautérios contra os outros, com termos chulos e depreciativos.

Devemos fazer alguma coisa, mesmo que seja daquela pequenina beija-flor que passa o tempo todo carregando uma gotícula de água no bico para apagar um incêndio. O crítico que só sabe falar e nada faz, não merece um dedo de prosa; travar com ele um diálogo; e fazer até um contraponto. Melhor se afastar e dizer logo a verdade, coisa que muita gente não gosta de ouvir, sobretudo o crítico contumaz, senão você vai terminar ganhando um inimigo.

PT E A FEDERAÇÃO REDE/PSOL HOMOLOGARAM CANDIDATOS

Numa convenção de cerca de 2.500 pessoas, o PT de Vitória da Conquista, a Federação Rede/Psol, dentre outros partidos de esquerda, realizada no último dia 3/08, na área do Colégio Centro Integrado, homologaram as candidaturas a prefeito e a vice de Waldenor Pereira e Luciana, com as presenças de personalidades, como do ex-prefeito Guilherme Menezes, da senadora pelo PSB, Lídice da Mata e várias lideranças da cidade, região e da Bahia.

Na ocasião, o candidato Waldenor fez um veemente discurso dentro da sua linha programática de mudanças para Vitória da Conquista, principalmente no setor social, destacando a educação e a saúde. Lembrando o apoio do presidente Lula, do governador Jerônimo, do ministro Ruy Costa e do senador Jaques Wagner, o candidato citou que Conquista precisa de união e reconstrução, fazendo críticas à atual administração da prefeita Sheila Lemos.

Antes da convenção geral, outros partidos se reuniram, como da Federação Rede-Psol, e fizeram suas convenções homologando seus candidatos à uma cadeira na Câmara de Vereadores, como do jornalista e escritor Jeremias Macário, Cláudio Dutra, Ziva Zacarias, o Zeca, o professor Andrade Leal, Lu do Terminal, todos do Psol e demais da Rede.

Os trabalhos da Federação Rede foram abertos pelo presidente Ferdinand Martins, por volta das 10 horas da manhã, com as presenças de militantes políticos do MST e de outros movimentos sociais que apoiam a candidatura a prefeito e vice de Waldenor e Luciana.  Ferdinand desejou sorte para todos homologados e conclamou os companheiros para a luta, e que cada um levante suas proposições para mudar Conquista e vencer as eleições.

A convenção geral, no Centro Integrado, deu uma demonstração de força dos partidos de esquerda nessa caminhada para as eleições de outubro, cujo objetivo principal é saírem vitoriosos, inclusive com mudanças no legislativo que agora vai ter 23 cadeiras com o acréscimo aprovado de mais dois parlamentares para o mandato de 2025 a 2028.

PSIQUIATRIA: A CURA PELO CANDOMBLÉ (2)

Outro olhar sobre a dor da alma

(Chico Ribeiro Neto)

O site da Academia de Medicina da Bahia (academiademedicina-ba.org.br) traz o perfil do psiquiatra Álvaro Rubim de Pinho, membro titular da entidade, onde se lê: “Com a autoridade de Professor Titular, Rubim de Pinho enfrentou críticas, mas fomentou uma criativa linha de pesquisa, a da Psiquiatria Transcultural (…) Dessa linha resultaram os trabalhos criteriosos e, com observação participante sobre o candomblé, a organização do célebre simpósio de 1968, que divulgou uma década de estudos sobre o banzo, o calundu, a caruara, o quebranto, entre outros, ampliando e difundindo as ideias de uma psiquiatria que levasse em conta as crenças, crendices e o imaginário popular”.

Publico hoje a segunda parte da matéria “Psiquiatria: a cura pelo candomblé”, da minha autoria, publicada na revista “Manchete” número 1.250, de 7 de março de 1976:

“A mãe-de-santo Olga de Alaketu conta ainda que já tratou de um soldado e de um farmacêutico que haviam ficado “furiosos”. Deram muito trabalho, foi necessário muita paciência, mas no fim valeu a pena.

Há dois anos, uma equipe de psiquiatras do Hospital dos Servidores, de São Paulo, reuniu-se em Salvador com Olga de Alaketu para analisar melhor os fenômenos que ocorrem no terreiro de candomblé durante o tratamento das doenças mentais.

Um dos mais respeitados especialistas do candomblé, o etnógrafo Waldeloir Rego, diretor do Departamento de Folclore da Prefeitura de Salvador, explica que os sintomas de doenças mentais nem sempre são muito nítidos. “Quando se trata realmente de doença mental, a mãe-de-santo acaba sempre encaminhando a vítima ao psiquiatra. Mas quando se trata de um “problema de santo”, que só pode ser resolvido com trabalhos especiais, ou mesmo com uma iniciação completa no culto, em geral a mãe-de-santo guarda o paciente até a cura total”.

E Waldeloir continua: “O que muitas vezes para o médico parece uma doença, nem sempre é doença para o candomblé; é apenas a manifestação de um desejo de uma entidade (orixá) que domina o indivíduo. Neste caso, só as pessoas dotadas de poderes paranormais do tipo de mãe-de-santo podem efetuar a cura.”

Os psiquiatras que estudam esses chamados mistérios aceitam as explicações dos iniciados, mas procuram dar-lhes uma formulação mais racional. Muitos deles são verdadeiros estudiosos dos mistérios do candomblé, como é o caso de Álvaro Rubim de Pinho, que, além de psiquiatra respeitado, é também Ogã (ministro) do terreiro do Axé Opô Afonjá. Tem Oxalá como seu Orixá de cabeça.

A teoria admite que várias causas podem romper o ponto de equilíbrio ideal que permite o funcionamento normal na vida mental no homem. A raiz das ligações entre o corpo e o espírito ainda é bastante mal conhecida. Muitas vezes uma razão física, orgânica, bloqueia um centro responsável por um funcionamento mental. Outras vezes, são próprias razões de ordem psíquica, uma obsessão, um traumatismo, uma carga emocional mais forte, que provocam a desordem geral, afetando tanto o físico como o mental.

Para o médico Rubim de Pinho, o recurso às drogas representa muitas vezes uma pura confissão de ignorância, agravando sensivelmente o estado do paciente. A eventual cura depende exclusivamente da descoberta da causa do distúrbio.

Como o candomblé, o espiritismo ou outros tipos de práticas religiosas se situam exatamente no nível do afetivo-mental, a manipulação de forças ainda mal conhecidas, como esses dons parapsicológicos irrefutáveis das mães-de-santo, pode desencadear a atividade e certos poderes capazes de fazer desaparecer os distúrbios. A explicação do recurso às entidades superiores pode ser, cientificamente, apenas uma mera formulação. Na realidade, trata-se de forças ainda mal conhecidas que a razão de forma alguma tem o direito de rejeitar sumariamente. No fundo, as explicações da psicanálise clássica são aparentemente tão irracionais quanto as da mãe-de-santo. Querer explicar certos comportamentos obsessionais dizendo que o paciente somatiza demais seus recalques, equivale, em última análise, a aceitar as quizumbas de Exu na mente da vítima.

Quando Olga de Alaketu conseguiu “tirar o espírito” do corpo do soldado furioso, ao final de muita conversa e de muita paciência, ela deverá ter chegado à dimensão mais profunda da mente da vítima, onde a causa do distúrbio se entregou a ela com clareza e simplicidade.

(Continua no próximo domingo)

(Veja crônicas anteriores em leiamaisba.com.br)

 

FRAUDES NAS ELEIÇÕES DA VENEZUELA E A POSIÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO

Não se trata de dizer que é uma questão política do capitalismo ocidental que não aceita mais um socialismo na América do Sul. As fraudes nas eleições da Venezuela, segundo observadores, já vêm ocorrendo há muito tempo, com um Maduro podre que não cai porque tem nas mãos toda Justiça e as forças armadas, manipuladas através das benesses, mordomias e privilégios. Ninguém estabelece uma ditadura, seja de direita ou esquerda, apenas na base do discurso e do papo.

O presidente Lula criticou algumas declarações ditatoriais do Maduro de que iria haver um banho de sangue caso ele perdesse. Isso já poderia constituir crime eleitoral e ameaça à democracia. No mesmo tom, ele negou a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro, por ironia se juntando ao ex-presidente Capitão Bozó.

Agora o Lula passa uma vaselina, ou óleo de peroba, contemporizando o processo e ainda dizendo que tudo foi normal. Será que o Maduro se aliou ao Bozó e vice-versa? Vejo tudo como uma loucura! O Maduro fica repetindo que vai mostrar as atas eleitorais e, com isso, vai ganhando tempo. Por que não divulga logo?

Outra ação, de certo modo sofista do Lula, é que está esperando a apresentação das atas eleitorais para reconhecer o Governo da Venezuela, e aí é só a oposição recorrer à Justiça. Faltou o repórter ou a repórter indagar se essa Justiça de lá é independente quando o próprio procurador geral e o Conselho Nacional Eleitoral estão nas mãos de Maduro, sem falar no Supremo.

Não estou aqui defendendo as tramoias e intervenções territoriais do capitalismo maldito ocidental dos Estados Unidos e de países europeus, mas qual moral têm o Putin, da Rússia, o Xijimpin, da China e o Aiatolá, do Irã, sem deixar de citar Cuba, para apoiarem o Maduro, se todos adotam a ditadura para manterem a opressão do o poder?

O Putin sempre foi suspeito de fraudes e mandou matar seu grande opositor. Na China, o sistema eleitoral é por via indireta de uma assembleia, bem como em Cuba. Que eu saiba, não são democracias. Isso é a verdade incontestável. Defendo o socialismo democrático e humano, como já existe em alguns países europeus através da democracia social.

Existe nessa questão um emaranhado e um conjunto de ideias contraditórias e paradoxais, numa mistura maluca de direita e de esquerda, ambas de cunho ditatorial. Não dá mais para aceitar as ditaduras que oprimem e massacram o povo com a força das armas.

No caso específico da Venezuela, com sua economia destroçada, inflação nas alturas e uma pobreza que alcança o índice de até 60% da população, não dá para dizer que tudo foi tranquilo, como expressou o Lula, ademais levando em consideração que a máquina governamental atuou escandalosamente desde o início do processo eleitoral. Depois vieram as revoltas, inclusive nos redutos chavistas mais pobres. Sou socialista, mas sem sujeiras e ditaduras para se ter o poder.

O Partido do PT soltou uma nota de apoio, declarando que tudo ocorreu de forma democrática e soberana. Lamentavelmente, o PT continua cometendo os mesmos erros do passado. Isso não foi nada bom numa véspera de eleições municipais onde o país está polarizado, e a extrema direita só faz avançar com um povo sem consciência política que deixa muito a desejar em termos de esclarecimentos.

É um cenário confuso, cheio de controvérsias e sofismos, sem falar nas fake news trazidas pelos ventos do sul e do norte. Por que o Maduro não publicou logo as atas eleitorais, deixando para depois das revoltas e prisões? A realidade é que isso cheira mal, do tipo manipulação e fraude, não que eu esteja colocando este ponto de vista como verdadeiro.

Tudo é uma questão geopolítica onde a democracia é a maior vítima, e logo o Brasil que sofreu uma tentativa de golpe em oito de janeiro do ano passado! Sobre o que está ocorrendo na Venezuela, será que todos noticiários mentem quando se divulga a expulsão de observadores internacionais, os esquemas de Maduro para ganhar o pleito e a situação em que vive o próprio país com os milhões de refugiados pelo mundo?

Tem muita coisa suja nesta história que a própria história um dia vai nos contar nos livros que falam dos tiranos e tiranetes da América Latina. Nessa história, os militares sempre estão com suas mãos enlameadas de sangue em troca de muito dinheiro e privilégios.

 





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