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:: 30/abr/2024 . 23:19

UM PAPO MANEIRO ENTRE AS VACINAS

Num Brasil doente por culpa maior do poder público, um dos países do mundo que mais consome remédios, o brasileiro, principalmente as crianças e idosos, carrega dentro de seus organismos um batalhão de vacinas para combater uma gama de doenças, muitas das quais nem deveriam mais existir, como sarampo, catapora, varíola, cólera e outras.

Lá dentro da corrente sanguínea ou em outros órgãos, elas se cruzam para o papo de vacinas, cada uma exibindo suas propriedades e contando suas histórias. Já imaginou o que elas não proseiam umas para outras. Minha função evita a morte; eu sou paralisia; minha nacionalidade é chinesa, japonesa, inglesa, norte-americana e coisa assim. A maioria é vítima de fake news e boatos maledicentes dos extremistas negativistas, que o diga a campeã Covid-19 entre os anos 20 a 22.

A da vez agora é a mais nova contra a dengue que está pegando todo mundo e derrubando nas clínicas e hospitais. É transmitida por um mosquito vindo lá daquelas bandas da África, sei lá. Convencionaram dizer, inclusive a mídia, que suas larvas vêm das casas que deixam vasilhas e caixas de água abertas, mas o maior culpado mesmo é o poder público que deixa terrenos abandonados cheios de lixo e mato, esgotos a céu abertos e ruas sem saneamento básico.

Na criança a BCG-ID cruza com a Hepatite B (1) e se cumprimentam. – Quem é você? A primeira diz ter vindo para acabar com a tuberculose que já ceifou muita gente no passado. Era o “mal de siècle”, coisa dos românticos boêmios e dos miseráveis famintos.

-Ah, ao nascer o pirralho (a), eu sou a primeira dose contra a Hepatite B, mas vem outra aí daqui a um mês. Esses bichos dos bacilos, vírus e bactérias são brabos. – Tô indo para o trabalho com armaduras, espada, capacete e tudo. – Vá lá que meu caminho é outro. Nem vamos mais nos ver. – Nossa missão é lutar contra monstros!

– Lá vem ela a vacina tetravalente da primeira dose contra tétano, coqueluche difteria, meningite e outras infecções, cujas algumas dessas doenças haviam deixado de existir no Brasil – confidenciou uma para outra que seguiu sua viagem para exercer sua função. O povo ficou descrente e elas retornaram com força.

– Olha lá adiante a VOP primeira dose, vacina oral contra poliomielite da paralisia infantil, a conhecida pólio, que foi esquecida por muitos anos. Ela bateu bem de frente com a VORH, também primeira dose da diarreia por rotavírus humano. Logo atrás veio a tetravalente da segunda dose e a oral VOP da poliomielite da paralisia infantil.

– E aquela qual é? Perguntou uma para a outra. – Ah, é VORH da segunda dose da diarreia por rotavírus humano (4). Esquisita ela, não é? – Nem conhecia, toda metida a besta e numa correia danada para seguir as outras.

– Tem ainda a tetra e a VOP da terceira dose. Coisa de louco! Lá no fundo aparece a outra terceira dose da hepatite B. – O trânsito aqui está ficando engarrafado, falou uma engraçadinha para a febre amarela, com aparência chinesa de olhos espichados.

– Conhece aquela madama velha SRC da tríplice dose, para sarampo, rubéola e caxumba que aquele povo da antiga era cometido dessa doença e tratava com rezadeiras, chás e simpatias? Pois é, oi ela novamente! – Tem a VOP reforço e a DTP tríplice primeira (difteria, tétano e coqueluche bacteriana).

– Esses cientistas não perdem tempo e os laboratórios ganham os tubos, principalmente dos países do terceiro mundo. A outra logo a repreendeu que o termo não era politicamente correto. – São agora chamados de países emergentes, gente! –Olha o preconceito!

– Para os idosos também existem vacinas de cacetada, a começar pela influenza, para combater a gripe. ´- É, essa passou por aqui espirrando para todo lado que chegou a me atingir – reclamou uma delas, toda constrangida.  Dizem que ela atua contra pneumonia. Essa tal de influenza só aparece aqui de ano em ano, mais parece político em tempos de eleição.

A mais metida e sabida explicou que todas têm contraindicações, especialmente para gestantes e certas doenças crônicas. – Já viu que aqui cada uma tem a sua idade apropriada? – Olha o respeito! Sem discriminação de faixa etária e cor porque pode dar cadeia para nós.

– Tem gente antiga e polêmica na área, avisou uma mais esperta. É a sumida Covid-19! – Essa deu o que falar: Foi achincalhada e os negativista caíram de pau nela, sobretudo daquela coitada que saiu lá da China.

– É, deu até CPI da corrupção, e a peste da doença matou mais de 700 mil pessoas, só no Brasil, nos tempos do capitão-presidente que disse que ela causava HIV e quem a tomasse ia virar jacaré. Foi a vedete dos anos 2020 até final de 2022. Paralisou o mundo e isolou multidões em suas casas.

– Foi o tempo dos mascarados quando as pessoas procuravam manter-se distantes umas das outras.  – É, o papo tá bom aqui dentro desse escuro de tantas veias e órgãos, mas vamos trabalhar gente, e cada uma por si para deixar essa gente sem essas doenças exóticas tropicais, depois de tanta destruição do meio ambiente.





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