Poderia ser uma fazenda de feijão (o Brasil ainda importa mais da metade do seu consumo), que está sempre no cotidiano da mesa dos brasileiros, mas a foto que saiu das lentes da minha máquina é uma grande produção de soja nos limites de vários bairros de Anápolis, em Goiás, o que significa que o visitante ou turista da cidade não precisa ir muito longe para conhecer essa cultura, tão cultuada pelo grande agronegócio porque ela rende dólares no exterior e não reais. Todos sabem que o nosso país ainda é uma colônia, principalmente quando se apura o resultado da balança comercial, isto é, exportação versos importação. Este item é sempre superavitário a favor das exportações porque o maior peso está nas matérias primas, como grãos agrícolas, carnes, petróleo cru, ferro e outros metais. Como forma de dar dimensão a esse estado de coisa, dizem que o Brasil transporta um navio de soja para a China e volta com umas caixas de chips, vacinas ou outros remédios do ramo da química fina. Nossa capacidade industrial ainda é atrasada para o mundo atual. O mais feio é que nossos empresários do agronegócio, além de desmatar nossos cerrados e florestas, causando impacto ao meio ambiente, ainda abrem a boca para dizer que são eles que colocam o alimento na mesa dos brasileiros. Isso é uma mentira (fake news) porque quem nos alimenta é a agricultura familiar, pouco subsidiada pelo governo e pelos bancos. Por que um capitalista desse não planta feijão, arroz, trigo e milho para o consumo interno? Com essa política, vamos sempre ser exportador de produtos primários. Não acreditei quando vi, em Anápolis, quase que dentro da cidade, uma fazenda de soja. Ali naquela região, por onde você viaja o que mais se vê são plantações de soja, o ouro dos exploradores da bancada ruralista no Congresso Nacional, por sinal uma das mais retrógradas.