EM NOME DE DEUS, PELAS PRÓPRIAS MÃOS DOS PONTÍFICES SACERDOTES DO TEMPLO JUDAICO, O CRISTO QUE PREGAVA PAZ E AMOR, FOI CRUCIFICADO PELOS ROMANOS.

Os conservadores extremistas-negacionistas de direita, em nome de Deus, Pátria, Tradição e Família disseminam o ódio e a intolerância, a homofobia, a xenofobia, misoginia e o racismo. Conluiem com milicianos e bandidos para matar seus opositores. Tudo em nome de Deus e de um moralismo hipócrita. Negam a ciência e trocam a vida pela morte.

Em nome de seu Deus, evangélicos jogam pedras e atiram em terreiros de candomblé. Radicais de esquerda também dividem e separam. Até movimentos negros, ao invés de procurar unir em prol da igualdade de todas as raças, partem para o revide com iniciativas que mais hostilizam que conciliam.

Em nome de Deus, os generais, com apoio de diversos segmentos da sociedade civil (Igreja Católica e parte da mídia brasileira) deram um golpe de Estado, em 1964, (o episódio está completando 60 anos agora em 2024) e impuseram uma ditadura que calou a nossa liberdade de expressão por mais de 20 anos. O regime torturou, matou e desapareceu com milhares de presos políticos em nome de Deus.

O imperialismo ocidental colonizador (Estados Unidos, Inglaterra, França, Espanha, Bélgica, Itália e outros países) declararam e ainda declaram guerras, invadiram e bombardearam nações em nome de Deus. Eles se dizem bons e os outros os maus infames.

Em forma de resistência, os Hamas atacaram e os judeus de Israel (o “Bibi” neonazista), que se acham eleitos de Deus, transformaram a palestina num inferno em campos de concentrações. Cada um com seu Deus para cometer os piores crimes e assassinatos humanitários.

Oh quantas matanças e massacres sanguinários na história da humanidade em nome de Deus (Javé, Jheová), tudo ligado a um fanatismo doentio religioso! Depois de milhões de anos, evoluímos na industrialização, na ciência e na tecnologia, mas continuamos brutos e estúpidos usando o nome de Deus em vão, inclusive destruindo sua benfazeja natureza. Foi sua pior criação? Que evolução é essa?

As tribos primitivas das cavernas, os africanos com seus orixás, os gregos do Olimpo (Esparta e Atenas), os babilônios da Mesopotâmia (o Crescente Fértil), os persas (Irã), os faraós do Egito, os romanos (Júpiter), celtas, gauleses e vikings já evocavam seus deuses para fazer guerras e matar sem piedade. Faziam dos derrotados prisioneiros escravos-cativos nas galés e porões dos navios negreiros, e ainda entoavam seus rituais com oferendas para agradecer suas “vitórias” aos seus supremos.

Nessa viagem por esse túnel da vida, muitas vezes de trevas, obscurantista, iluminado e renascentista, voltemos aos nossos tempos modernos, que de modernos e civilizados nada temos, mesmo porque persistimos na prática das atrocidades, do ódio, das intolerâncias e dos horrores contra o nosso outro ser, tudo em nome de Deus.

As preces de ontem e de hoje são feitas para trucidar o inimigo, como oravam David e os reis da Judéia.  Maomé, em Medina, evocou o seu Deus para expandir seus califados de terror. O Estado Islâmico e outras organizações criminosas oram para eliminar o que eles chamam de infiéis. Até o simples bandido pede a Deus que seu roubo ou assalto sejam um sucesso.

Em nome de seus deuses, os maias, incas, astecas, sumérios e etnias da África, Ásia e Oceania sacrificaram seus próprios humanos em atos macabros de derramamento de sangue, inclusive crianças e donzelas, quando algo de errado estava ocorrendo em suas comunidades. A crença era de que os sacrifícios apaziguavam a ira dos espíritos de suas entidades e as coisas voltariam ao normal.

Em nome de Deus, os Cruzados e os Templários cristãos, com aquiescência dos papados, partiram armados da Península Ibérica em batalhas sangrentas até a chamada Terra Santa (Jerusalém) para expulsar e matar os turcos, mouros e muçulmanos, deixando um rastro de destruição e escombros por onde passaram.

Em nome de Deus a Igreja Católica Apostólica Romana criou a inquisição para queimar nas fogueiras todos aqueles que os representantes da instituição os consideravam de hereges e bruxos por não comungarem de suas mesmas ideias e pensamentos.

Em nome de Deus, tanto cristãos como islâmicos e até budistas decretaram e ainda decretam as denominadas guerras santas onde cada lado tinha e tem como objetivo exterminar seu rival. Os portugueses e espanhóis, em nome de Deus, atravessaram o Atlântico com suas ordens religiosas de padres e massacraram os nativos indígenas, vistos por eles como pagãos e profanos.

Em nome de Deus instituíram a escravidão africana por 350 anos e aprisionaram nas Américas cerca de 12 milhões de cativos, sujeitos a trabalhos forçados, torturas, chibatadas e castigos desumanos, tratados como se não fossem gente. Missionários da Igreja Católica também fizeram parte desse horror em nome de Deus.

Em nome de Deus, como forma de represália religiosa e sob as ordens de Constantinopla, os paxás e reis islâmicos mouros da região da Berbéria, (Argel, Túnis e Trípoli), expulsos da Espanha, Portugal e França, também escravizaram os cristãos ou brancos entre anos 1500 a 1800.  São uns contra os outros em nome de Deus.