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AUSÊNCIA DA PREFEITA E DO LEGISLATIVO NA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE CULTURA

Não é somente menosprezo, desprezo e falta de respeito. A ausência da prefeita Sheila Lemos e do legislativo municipal na V Conferência Municipal de Cultura passa também a impressão de que eles têm medo de cultura, ou imaginam que não rende voto, daí não darem a devida importância.

“Cultura e Democracia em Construção no Sertão da Ressaca” foi o tema principal da conferência, de 11 a 12 de setembro, que foi organizada pela Secretaria de Cultura, Turismo, Esportes e Lazer-Sectel e o Conselho Municipal de Cultura que coube abrir os trabalhos na pessoa do presidente Jeremias Macário representando o colegiado.

Na mesa estiveram presentes ainda o secretário de Cultura, Eugênio Avelino Lopes (Xangai) e representantes dos povos originários, movimentos negros, LGBT e de pessoas com deficiência. O evento foi realizado no Centro de Cultura Camilo de Jesus Lima e teve como palestrante o professor e doutor Itamar Aguiar.

Durante os dois dias foram eleitos os novos conselheiros dos cinco eixos representando a sociedade civil e os delegados que vão ser nossos representantes nas conferências a nível territorial e estadual.

Além dessas atividades que constavam dos trabalhos do regulamento e do regimento interno da Conferência, foram discutidos e aprovados pelos participantes diversas propostas que servirão de arcabouço para a construção do Plano Municipal de Cultura de Vitória da Conquista e criação de uma Fundação para o setor.

Foram mais de 160 inscritos entre trabalhadoras e trabalhadores da cultura das mais variadas linguagens. Como já era esperado dentro de uma democracia, as discussões foram acaloradas, até de certos excessos por parte de alguns, mas todos os pontos foram cumpridos com resultados positivos, visando os avanços da nossa cultura.

Ainda como parte das ações, no primeiro dia, no horário da tarde, houve apresentações musicais do Conservatório de Música do Município e do próprio cantor e cantor Xangai. No dia 12, na parte da manhã, antes dos debates temáticos, aconteceram as rodas de capoeiras que ocuparam o palco do auditório do Centro de Cultura.

Houve polêmicas e críticas por parte dos artistas conquistenses quanto a data ter sido fixada na segunda e terça-feira (um grupo julgou ser melhor em final de semana) e algumas falhas ocorridas na organização, mas o tom maior de repúdio ficou por conta das ausências da prefeita e de representantes da Câmara Municipal de Vereadores.

Mais uma vez ficou a indignação dos artistas de que a nossa cultura mal serve de enfeite nas mesas do legislativo e do poder executivo. Uma prova cabal disso é o fechamento por falta de reformas dos equipamentos do Teatro Carlos Jheovah, do Cine Madrigal, que está sob a gestão da Secretaria de Educação, e da Casa Glauber Rocha, situada na rua Dois de Julhos, sem contar o Centro Céus J. Murilo, no Bairro Alto Maron, que necessita de urgentes reparos.

Na ocasião, os artistas em geral solicitaram urgência nas reformas desses equipamentos para que eles possam ter esses espaços para exercer suas artes. Esse descaso não prejudica somente os fazedores de cultura, mas toda a comunidade conquistense. Foi dito por muitos que uma cidade sem cultura é uma cidade morta e sem identidade.

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