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:: 19/maio/2022 . 22:48

NOSSOS MUSEUS!

Nesta semana foi celebrado o “Dia Nacional do Museu”, tão pouco visitado no Brasil, tanto quanto a leitura de livros, o que denota que ainda somos um país atrasado culturalmente e, por consequência, não alcançamos um nível mais civilizado como em outras nações. Sem educação e cultura, não existe desenvolvimento. Vitória da Conquista não é uma exceção. Aqui temos o Museu Padre Palmeiras, o Museu Regional, as esculturas de Cajaíba, que estão no topo da Serra do Periperi, e agora o Museu de Kard, o maior do Norte e Nordeste a céu aberto, montado com recursos próprios do artista plástico Alan Kardec. Para o porte da cidade, com cerca de 400 mil habitantes, ainda são poucos. Mesmo assim, essas unidades, que guardam nossa história e conhecimento da arte, são raramente visitadas pelos seus moradores, a não ser algumas vezes por estudantes e professores, para cumprirem deveres escolares. Nos países europeus, eles são fontes de saber e renda. Estão sempre abertos, inclusive nos finais de semana. Aqui no Brasil, especialmente na Bahia e em Conquista, são fechados nesses dias, justamente quando deveriam estar com suas portas abertas. Além do mais, são mal preservados porque os governantes em geral não dão importância para a cultura. Tratam a arte como coisa secundária, sem valor. Os monumentos estão se perdendo com o tempo, como no caso do Cristo de Mário Cravo que pode vir abaixo por falta de manutenção.

NÃO SOU DESSE MUNDO

Mais um poeminha inédito de Jeremias Macário

Não sou desse mundo,

Do sistema que mata o humano;

Estou mais para amante,

Do poeta do canto profundo;

Na campina ouvir,

O solar do Bem-te-Vi.

 

Difícil ser romântico,

Nesse planetário quântico,

Conhecer a si mesmo,

Nesse vazio esmo.

 

Procuro quem sou,

Na angústia da dor,

Se sou caça, ou caçador.

 

Não dá para tapar,

O sol com a peneira;

Saravá, meu orixá!

Me salve dessa cegueira.

 

Na praça, a câmara me vigia;

Quer saber o que penso;

Segue meus passos noite e dia;

Acusa que não tenho senso,

Nem incluso nesse censo.

 

Não sou desse mundo covil;

Vou virar bicho mocó;

Viver em minha loca,

Sem ser pororoca,

Nem broca desse metal vil.

 

Não sou desse mundo,

De tanta amargura,

Sem quase ternura.





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