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:: 6/ago/2021 . 0:38

SUAS “EXCELÊNCIAS” SÃO DIPLOMADAS E FAMÍLIA DE CIGANOS FOGE DE ABRIGO

Esse enredo ainda não teve um final conclusivo, e não terá, que seria a apuração rigorosa dos fatos que já resultaram na morte de oitos ciganos de uma mesma família (um menor não está na conta).

Pelas informações da Polícia Civil, eles e o pai, de 58 anos, que se encontra preso, participaram, no último dia 13 de julho, no distrito de José Gonçalves, em Vitória da Conquista, do duplo assassinato do tenente Luciano Libarino Neves e do soldado Robson Brito de Matos.

Enquanto a tragédia, com requintes de violência, escorraçou os ciganos de Conquista, suas “excelências” foram diplomadas com elogios pela atuação, como o 1º cl Cleonildo Silva Lima, lotado no 3º Pel/Anagé pela diligência que culminou na apreensão de três armas de fogo e auto de resistência de três ciganos que, de acordo com a própria corporação, fizeram parte dos assassinatos, no dia 13 de julho.

A diplomação não fala explicitamente em mortes, cujos cadáveres foram vilipendiados (profanados) no Hospital de Anagé). A condecoração lembra coisa de período de guerra contra um inimigo externo. Será o caso dos ciganos? Devemos comemorar operações que resultam em mortes de seres humanos? Ou eles não são?

Nessa “guerra” de violências, doze pessoas da etnia cigana fugiram de um abrigo do Programa de Proteção a Vítimas de Testemunhas (Provita/SP) porque descobriram que o dono da casa alugada para protegê-las seria de um policial militar, segundo informações do presidente do Instituto dos Ciganos do Brasil (ICB), Rogério Ribeiro. É o mesmo que colocar a raposa no galinheiro. Se é verdade, que proteção é essa?

Entre essas pessoas está a matriarca de 52 anos que teve oito filhos mortos em confronto com as guarnições da polícia militar, conforme notas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia. Outros dois filhos estão foragidos. Com a mulher estão ainda quatro noras viúvas e sete crianças (seis netos e uma filha). Sabe-se que uma outra filha também se encontra em local ignorado, com três filhos.

Segundo Rogério, o grupo que fugiu apavorado do abrigo foi resgatado em uma rodoviária, com ajuda de outras famílias ciganas, e encaminhado a outro local mais seguro. Disse que essas pessoas precisam de ajuda, pois saíram de Conquista sem nada levar, como nos velhos tempos das correrias ciganas.

Ainda muito abalada, a matriarca da família divulgou um áudio onde implora que os filhos foragidos se entreguem à Polícia Civil. Ela se dirige, principalmente, ao mais jovem, afirmando que está sofrendo muito com a morte de seus oito filhos e teme pela vida dos demais.

Em matéria no jornal “A Tarde”, edição de ontem (dia 5/08), a assessoria da Polícia Civil confirmou que o procedimento com relação ao duplo homicídio dos policiais militares foi concluído na semana passada pela DH-Conquista, e está sendo encaminhado para a Justiça. Diz a nota que os detalhes do caso não estão sendo divulgados nesta fase das investigações.

 

“OS MASCARADOS”

Há mais de um ano e meio que fazemos o papel de “os mascarados” (nem todos), como se fossemos guerrilheiros de alguma facção política ideológica, criminosos, testemunhas que não podem ser reconhecidas ou policiais em missões de risco de vida, tudo por conta da pandemia da Covid-19, que já ceifou a vida de mais de 600 mil brasileiros. Hoje as máscaras estão por todas as partes, em farmácias, lojas de materiais de saúde e nas esquinas sendo vendidas até por camelôs, como na foto do jornalista Jeremias Macário. É uma forma de proteção contra o perigoso vírus que mata e deixa sequelas no ser humano. É altamente contagioso, mas, infelizmente, ainda tem muita gente negacionista da ciência que se recusa usar a máscara, que já faz parte da nossa indumentária. Essas pessoas, que não respeitam a vida dos outros, são as mesmas que escolhem qual vacina tomar, e desclassificam outras como imprestáveis, ou que são apenas água. Para a Covid, temos a vacina como saída única para a cura, mas para tratar a mente dessas pessoas, não há vacina que cure e salve.

O GARIMPEIRO E O DIAMANTE

Poeminha inédito do jornalista e escritor Jeremias Macário

“Quem não aguenta subir serra,

Não arranca candombá”,

Para extrair o diamante da mãe terra,

Consulta Curador Jarê caboclo orixá.

 

O garimpeiro da Diamantina Minas Gerais,

Cortou morro estrada até Mucugê Sincorá,

Das grunas dos olhos d´água, feras animais,

O pedrista lapidário faz do diamante colar.

 

Reza a lenda, todo diamante tem seu dono,

E o garimpeiro entra no túnel da encantaria,

Na Chapada Diamantina sonha em seu sono,

Encher de luxo brilhante sua amada Maria.

 

De Andaraí, Lençóis e das Palmeiras,

Nasceram bravos coronéis das Diamantinas,

E o garimpeiro no bambúrrio das cascalheiras,

Vendeu ao capangueiro suas amantes meninas.

 

Fantasias, cânticos, ritos, rituais e cultos,

Deuses sagrados e oráculos dos profanos,

Ainda se vê nos rios e vales alguns vultos,

Piçarras e mosquitos, perdas daqueles anos.

 

Um diamante apareceu no fundo da bateia,

Santo vaqueiro do eito, atabaque da magia,

Como nas bonanças das Lavras uma sereia,

Da Poíesis grega brotou do humano a poesia.

 

Senhor dos Passos dos mineiros padroeiro,

No enlace místico religioso afro-brasileiro.





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