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:: 19/maio/2021 . 0:29

MILHÕES DE SEGUIDORES

A tecnologia da informação poderia ser uma ferramenta para nos tornar mais inteligente, humano e ampliar o nosso conteúdo de conhecimento e saber. Com a lacuna na base educacional, ela criou uma sociedade fútil e imbecil comedora de lixo, sobretudo com o advento das redes sociais que expõem a nossa decadência, ao invés da evolução.

É no mundo virtual que a maioria das pessoas sente a necessidade de se afirmar, de se aparecer, de dizer que existe e de chamar a atenção para gritar: Olhem estou aqui! A maior preocupação é ter “seguidores”, e aí tudo é válido para conseguir mais cliques em seus feitos, não importando a aniquilação da sua personalidade.

A busca incessante e frenética por esses “milhões de seguidores”, mesmo que comprados e emprenhados, resulta numa enxurrada de besteiras de gente que chegam a expor seus corpos como se fossem mercadorias. Nas músicas fanqueiras, pagodeiras, de arrochas e outros estilos de baixo nível, verdadeiros lixos, mulheres e homens se rebolam para conseguir os tais milhões. Mostram as bundas e ficam até nus.

É comum hoje numa entrevista na TV, principalmente, logo de cara o entrevistador perguntar ao criador de vídeos, de memes, de piadas sem graça, de palhaçadas e de startup sobre a quantidades que tem de “seguidores” nas redes sociais. Só conta se tiver milhões, de 10 ou 20 milhões para cima. O cara vale pelo número de seguidores.

Escritor, colunista, vídeos de textos poéticos, trabalhos acadêmicos de professores, músicos de letras que forcem as pessoas a pensar, críticos literários, inventos e outras atividades de cunho filosófico não têm seguidores e não merecem nenhum valor. Passam despercebidos.

Hoje no Brasil temos até seguidores da morte que se aglomeram em bailes funks, paredões, arrochas, pagodes, carros der som e outras festas para ouvir aquelas músicas conhecidos como “batem estacas”. Tem que fazer muito barulho. A tecnologia nos fez retornar aos tempos primitivos e externalizar os instintos mais primitivistas.

Temos seguidores da morte, como agora do MC Kevin que reuniu uma multidão em plena pandemia seu velório e enterro. Temos seguidores da morte que não usam máscaras e não seguem os protocolos recomendados pela ciência como faz o capitão-presidente.

Estamos vivendo numa época dos “milhões de seguidores”, mesmo que sejam falsos e efêmeros. Herói hoje é jogador de futebol e quem angariar mais seguidores no mundo virtual. O seguidor segue as pegadas do seu “ídolo”, como no caso da vencedora do BBB que depois de passar uns meses numa casa cheia de mordomias conseguiu mais de 20 milhões. É a sociedade da bestialidade.





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