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:: 9/jul/2020 . 22:49

“ARMAÇÕES”

O título da foto “Armações”,clicada pelo jornalista Jeremias Macário faz alusão às barracas das feiras armadas por barraqueiros que vendem seus variados produtos, como frutas, verduras, tecidos, sandálias, cereais e tantos outros encontrados pelos consumidores. Estas armações amontoadas numa das ruas do Bairro Brasil estavam sendo levadas, ou recolhidas da tradicional “Feirinha”, em Vitória da Conquista, que faz tanto sucesso e superlota nos dias de sábados e domingos. Vem gente de toda parte da cidade e da zona rural da cidade para comprar e vender. Também serve como ponto de encontro de amigos, parentes e familiares. Eu mesmo sou um frequentador da “Feirinha” por conter uma variedade de alimentos e produtos por um preço mais baixo, e ainda com a vantagem da costumeira pechincha. Já encontrei muitos amigos por lá e comemos  uma boa buchada gostosa com umas geladas.

MEU PRIMEIRO PROFESSOR

Poema mais recente de autoria do jornalista Jeremias Macário em homenagem ao jumento

Meu primeiro professor foi um jumento,

Que me ensinou ser um cara prudente,

Carregar carga pesada pro nosso sustento,

Entre as veredas desse meu sertão valente.

 

Meu primeiro professor foi um jumento,

Este inocente que está sendo morto-extinto,

Com louvor serviu Maria, José e o Menino,

Sem lamento para a terra faraó do Egito.

 

Meu primeiro professor foi um jumento,

Símbolo do nosso Nordeste repentista,

Que ajudou transportar água e alimento,

E ainda foi inspiração para poeta artista.

 

Meu primeiro professor foi um jumento,

Que me deu força de vontade e persistência,

Com sua cangalha matou a fome dessa gente,

De existência secular desde os reis do Oriente.

 

Salve! Salve! Nosso irmão jumento!

Vamos impedir que o criminoso avarento,

Leve nosso jegue pro curral da matança,

Como condenado que só nos deu bonança.

AS PESQUISAS DO ÓBVIO ULULANTE E O VENDEDOR-MÓR DA CLOROQUINA

Temos no Brasil um “garoto propaganda” da cloroquina, para desafogar os estoques, e ele insiste em vender o produto de qualquer jeito, mesmo contrariando as prescrições médicas. As pesquisas óbvias, feitas por desocupados, comprovam o que as pessoas, há muito tempo, com o mínimo de senso e inteligência já sabiam. Concluem que a classe pobre é a mais vitimada pelo coronavírus.

Outro especialista diz que no Brasil não existe planejamento concentrado no combate à pandemia, como se fosse uma grande novidade. Não aguento ouvir tantas besteiras. Há quatro meses, os infectologistas e epidemiologistas repetem as mesmas coisas, mas não chegaram à constatação de que é impossível fazer isolamento social no Brasil aos moldes dos países europeus e asiáticos. As realidades são bem diferentes.

Movimentos negros e outras vozes dizem que afros-descendentes morrem mais que os brancos. Na cabeça dessa gente, não existem brancos pobres. Ou são ricos, ou têm um bom poder aquisitivo. Isso também é uma atitude racista, quando a questão é mais de ordem social. A Covid-19 não escolhe cor, mas ataca os mais vulneráveis, ou seja, os mais pobres de um modo geral. Tem gente defensora da cloroquina falando em confinar e matar os idosos.

NÃO ACREDITO

Para ser sincero, não acredito muito nessa do capitão-presidente ter testado positivo. Não será uma armação de marketing maquiavélico? Prefiro o ceticismo. Até pouco tempo resistiu em divulgar seu teste. A Justiça teve que julgar e determinar que seu resultado fosse levado ao conhecimento público. Por que agora ele foi rápido no gatilho para anunciar, só para a mídia oficial? Nesse pais de hoje, de tantas incertezas, truques, fraudes e tramas, tenho minhas dúvidas, e que me chamem de qualquer coisa.

Se tudo já era confuso antes, com a Covid-19 piorou. Governador baixa um decreto de restrições. Prefeito dá outra ordem contrária. A população inculta e indisciplinada se aglomera nas portas das lojas, bancos e supermercados, sem empatia e respeito ao outro. Os negativistas da ciência, seguidores da morte, não acreditam no vírus e acham que tudo não passa de mentira.

Há 100 anos, durante a gripe espanhola, que matou quase 20 mil na outrora capital do Rio de Janeiro, de cerca de um milhão de habitantes, o secretário da Saúde da época xingava a imprensa escrita de sensacionalista e dizia que tudo era invencionice dos jornalistas. Em novembro de 1918, a pandemia estava no seu maior pico, mas os cariocas fizeram carnaval em janeiro, e todos caíram na folia. Depois de 100 anos, a maluquice, a bagunça e a desordem se repetem. A história não perdoa os retrocessos.

Vivemos num país único no mundo em termos de incertezas e bizarrices, sem uma liderança central para controlar e conduzir, com racionalidade e firmeza, a nau dos insensatos, onde é um tal de abrir e fechar comercio que não para mais, sem contar os regramentos complicados e auxílios sociais que não conseguem chegar a quem mais precisa.

DEU A LOUCA NO BRASIL!

As fraudes e os atos de corrupção se proliferam em cada canto da nação, mesmo diante de quase 70 mil mortes e dois milhões de infectados. Os lobos e as hienas sentem de longe o cheiro de carniças. Todos os dias nos falam de picos e quedas dos infectados que demoram de acontecer. Os números só sobem. A impressão é que esse pico é o próprio vírus quem vai estabelecer por conta própria, quando ele estiver cansado e resolver voar pelos ares.

Deu a louca no Brasil! O governador do Distrito Federal decreta calamidade pública e, ao mesmo tempo, manda abrir o comércio. As aglomerações nas cidades escancaram a falta de noção do povo sobre os riscos de contaminação e mortes. Do outro lado, milhares morrem por falta de leitos de UTIs, e os parentes e amigos das vítimas entram em desespero e desabam em choros e lágrimas, muitos dos quais que não cumpriram as determinações de distanciamento e isolamento.

Ciclones, que no passado não existiam no Brasil, devastam regiões no Sul. Na Amazônia, os índios estão sendo, aos poucos, exterminados pelo coronavírus e, propositalmente, pela falta de políticas públicas do governo federal. O Ministério do Meio Ambiente soltou a “boiada” das normas que facilitam o desmatamento e os incêndios. Os extremistas radicais, apoiadores do capitão-presidente, destilam ódio e propagandas falsas contra a democracia nas redes sociais.

Diante desse caos e de tantas barbaridades, temos hoje um Brasil depressivo e doente, padecendo de outras epidemias. Não sabemos quando vamos retornar à normalidade. Milhões foram arrebatados pela ansiedade, pelo medo e pelo pânico. Outros milhões ainda transitam nas ruas e lugares públicos em plena aglomeração, sem máscaras e sem tomar os devidos cuidados, como se nada estivesse ocorrendo de anormal.





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