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:: 12/fev/2020 . 22:19

O ESPETÁCULO DA CORRUPÇÃO – COMO UM SISTEMA CORRUPTO E O MODO DE COMBATÊ-LO ESTÃO DESTRUINDO O PAÍS (PARTE I)

Não sou contra ao combate à corrupção, nem condeno a Operação Lava Jato, mas critico a falta de um planejamento ordenado entre todos os órgãos do governo federal para que a economia do país (as grandes empresas e conglomerados) e a política não sejam esfaceladas e destruídas. Precisamos preservar e salvar o patrimônio nacional. “Não é necessário destruir o capitalismo para combater a corrupção”.

Esta é a posição resumida do advogado especializado em litígios empresariais, Walfrido Warde, em seu livro “ O espetáculo da corrupção como um sistema corrupto e o modo de combatê-lo estão destruindo o país”. A obra “denuncia a falta de planejamento, que dá causa a uma automutilação desnecessária e oligofrênica”.

ALTERNATIVAS JURÍDICAS

A princípio, discordo em alguns pontos, e aproveito aqui para citar aquele conhecido ditado popular de que não se pode fazer uma omelete sem quebrar os ovos, mas o autor apresenta sugestões e alternativas jurídicas, de modo a não provocar o desmantelamento das empresas e, consequentemente, provocar um caos social com milhões de desempregos.

É um livro que merece ser lido e entendido porque o autor aponta as falhas do combate à corrupção e da Operação Lava Jato no Brasil, dentro da sua ótica jurídica, além de enumerar as diversas operações ao longo dos últimos anos. Também faz um histórico interessante sobre as máfias italiana, russa e japonesa e suas ramificações nos Estados Unidos através da imigração de seus chefes para aquele país.

De acordo com Walfrido, logo na abertura de sua obra, a questão exige uma política que articule os órgãos e os agentes públicos envolvidos, que sincronize as suas ações, “que dê fim a uma disputa vergonhosa e paralisante por protagonismo. Ele indica uma “política que coíba a espetacularização e, ao mesmo tempo, a banalização da corrupção e do seu combate”.  Uma política capaz de separar o que tem utilidade daquilo que não presta, e que prefira o pleno ressarcimento dos cofres públicos, ao invés da vingança.

Causas da desigualdade social

Em sua opinião, está faltando o zelo pelos interesses nacionais. Destaca que a corrupção é uma das mais importantes causas da desigualdade. Para ele, a disciplina jurídica do financiamento de campanhas eleitorais é um vaso quebrado. Analisa que “rompeu com o financiamento empresarial, mas não afastou o poder econômico do jogo político que se faz sentir por um claudicante regramento das doações de pessoas físicas”.

Afirma o advogado que existem um modelo mambembe de financiamento público e a ganância de políticos insaciáveis, alimentando a expansão do crime organizado, para ajudar a corromper ao invés de depurar o sistema. “Enquanto não racionalizarmos e democratizarmos o financiamento público… os mais ricos tratarão de fazer com que seus votos se multipliquem e valham mais do que o do cidadão comum”.

É enfático quando declara que mentem quem afirma que acabaremos com a corrupção por meio do encarceramento dos corruptos e dos corruptores. O que se tem feito é a demonização da política e a destruição empresarial que gravita em torno da corrupção. Acredita que não existe êxito se não for feito um trabalho sobre as causas da corrupção, ao criticar a indisciplina jurídica.

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