Poema de autoria do jornalista Jeremias Macário, publicado em seu livro “Andanças”

Mesmo o mais contrito do santo,

tem no seu lamento o seu pranto,

com a revolta varando o seu peito

pela violação sagrada do direito.

 

A alma em secura não mais chora;

tortura do pau-de- arara e choque;

abafa os gritos, a censura lá fora,

calando canção suingada do Rock.

 

Nos porões desaparecem os mortos,

na selva sepultam quebrados corpos,

sem punição, sangrados como porcos.

 

A justiça cheira como um coliforme,

e nas cadeias simulam os suicídios,

com mentiras impostas pelo unifor