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:: 28/ago/2018 . 0:33

AS CURIOSIDADES DO MUNDO GREGO – FILOSOFIAS E SABEDORIAS (iV)

O autor Indro Montanelli, de “História dos Gregos” traça aqui um perfil e curiosidades dos grandes personagens, generais, estadistas e filósofos que marcaram a civilização grega, a mais admirada de todos os tempos, entre os séculos sétimo, sexto e quinto a.C.

PÉRICLES – Sobre este estadista, o escritor afirma que a Idade de Péricles é a idade de ouro de Atenas. Era filho de Xantipo, oficial da marinha que se tornou almirante, em Salamina, e comandou a frota na vitoriosa batalha de Mícale.

Democrata autêntico, ocupou por 40 anos os mais altos cargos, de 467 a 428 a.C. Sua família deu-lhe educação de príncipe herdeiro e foi o primeiro a introduzir o soldo no exército, para que o apelo às armas não arruinasse as famílias pobres.

Em seu tempo construiu o muro projetado pelo general Temístocles, para isolar a cidade e o porto da terra firme. Vendo nele uma fortaleza invencível, os espartanos mandaram um exército para destruí-lo, mas resistiu. Péricles quis elevar o Partenão, mas os atenienses não quiseram financiar o projeto. Então, ele resolveu construir à sua custa e colocou seu nome no frontispício.

Mesmo casado, apaixonou-se por uma mulher de nome Aspásia, que era estrangeira de costumes discutíveis, ou seja, mulher pública, mas intelectual que lutava pela emancipação feminina, criando o protótipo de “hetera”.

Dizem que, quando Péricles a conheceu, ela era amante de Sócrates. Sua alcova era também frequentada por Alcibíades, Eurípedes e Fídias. Ao notar que sua legítima esposa não era tanto virtuosa, ele ofereceu o divórcio, e transformou Aspásia em primeira dama de Atenas. Mesmo contra a lei constituída por ele mesmo, veio depois a lhe dar um filho.

A DRACMA – Por algum tempo, o sal chegou a constituir a moeda de troca. Para fazer elogio de uma mercadoria se dizia: Vale o seu sal. O contrário dos italianos, os atenienses entenderam que a única maneira de ser esperto é a de não ser. Enquanto os outros estados praticavam a desvalorização de sua moeda, Atenas deu à sua própria dracma um valor estável, tornando-a troca universal. Quando propôs a criação de um fundo comum, o presidente foi Apolo de Delfos, que dava 3% de renda a quem depositasse em suas instituições bancárias e cobrava 20% de juros a quem tomava emprestado. Assim, explodiu o boom comercial garantido pela supremacia naval, pela estabilidade da moeda e pelo sistema crediário.

A LUTA SOCIAL – Depois de instalar bancos nos templos e fazer dos deuses seus presidentes, os cidadãos de Atenas, que eram poucos, desprezavam o trabalho e o considerava humilhante à dignidade humana. O ócio era a mais nobre atividade e primeira condição para qualquer progresso espiritual e comercial.

O trabalho tornou-se monopólio das outras categorias sociais, como os metecos (estrangeiros), libertos e escravos. Ao contrário de Roma, onde o dono do escravo tinha até o direito de matá-lo, em Atenas ele gozava de certa proteção da lei. Se fugisse para o templo por ter sido castigado, ninguém podia tirar de lá. Recebiam pequenos salários e tinham liberdade de movimento e moradia. Atenas praticou a escravidão da maneira mais humana possível. Apesar do sistema capitalista, não existia milionários, a não ser Temístocles que fugiu para proteger seu dinheiro.

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