abril 2018
D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930  

:: 27/abr/2018 . 0:31

“O MUNDO GREGO” – Das Trevas ao Esplendor (I)

Até a criação dos Jogos Olímpicos, em 776 a. C., quase nada se sabia sobre o mundo grego de 2000 a 800 a. C., a não ser o que se lia nos poemas de Homero, mas nem tudo constituía história. Diz o historiador Denys Page no livro “O Mundo Grego”, coordenado por Hugh Lloyd-Jones, que entre 2000 e 1900 a.C., a Grécia foi invadida por um povo novo que primeiro falou o grego.

Esses invasores se fundiram com os micênios, resultando num dos mais brilhantes períodos de civilização. No entanto, os micênios, um povo artístico, rico e aventureiro, desapareceram por volta do século XII a.C.. A luz sobre essa gente, uma teia de reinos (Atenas, Pilos, Micenas, Esparta, Tebas) só veio através dos arqueólogos Schliemann e Arthur Evans no século XIX da nossa era com a descoberta das cidades de Troia.

Depois de 1200 a.C., a rica e hábil civilização micênica foi varrida da face da terra. Os grandes palácios foram destruídos, os reis e seus povos mortos ou escravizados. Durante 400 anos a Grécia ficou isolada e entrou em decadência em todos os níveis. Não se sabe ao certo o que destruiu os micênios e deu início a esse longo período de trevas. Só prosperou a poesia épica

Com o dom peculiar da imaginação e da expressão, Homero em “A Ilíada e a Odisseia” encantou o mundo com suas poesias, misturando realidade com ficção. A “Odisseia” narra os dez anos de vagabundagens de Ulisses em seu regresso ao lar, em Ítaca, vindo do sítio de Troia. Na “Ilíada”, um poema histórico com personagens reais, descreve os episódios do sítio.

O historiador Denys, no capítulo sobre “O Mundo Homérico” destaca que a organização micênica pode ter sido a melhor, mas os alicerces da política e filosofia, direito e literatura, matemática e medicina, astronomia e arquitetura modernos encontram-se no período posterior à idade média grega, a partir do século VIII a.C.

Em “O Desenvolvimento da Cidade-Estado”, A. Andrewes fala justamente do nascimento das pequenas cidades (Atenas, Esparta), com seu poder soberano onde a autoridade tinha o título de “rei”, embora fosse um magistrado aristocrata (numerosos estados pequenos) ou hereditário eleito anualmente até fins do século III a.C.

Nos estados gregos, a população se dividia em tribos (regimentos tribais). Em divisões menores, existiam as fratrias, caso dos cidadãos de Atenas, e clãs. As manifestações das religiões (templos da Acrópole, santuários de Delfos e Olímpia) relacionavam-se com os cultos da cidade. No direito, os reis e nobres detinham o conhecimento e usavam a sanção divina em seus julgamentos, muitas vezes em favor deles, conforme se queixava Hesíodo.

:: LEIA MAIS »





WebtivaHOSTING // webtiva.com . Webdesign da Bahia