Quebrar, intervir de forma desnecessária e até demolir uma obra de um gestor passado da oposição são práticas condenáveis que, infelizmente, ainda existem no nosso Brasil de hoje entre prefeituras. Cada um que entra no poder público, seja engenheiro, arquiteto ou secretário de um determinado setor sempre acha que aquela obra está errada e deveria ser assim, ao seu belo modo de pensar.

Em quase todo mandato você vê uma ponta de rua, o visual de uma praça, um sinal de trânsito ou um equipamento público qualquer sendo desfeitos porque alguém entende que o certo só está em sua cabeça, mas esquece que uma simples intervenção significa gasto com o dinheiro do contribuinte.

Confesso que não captei as recentes intervenções feitas pelo novo prefeito de Vitória da Conquista, Hérzem Gusmão, no trânsito próximo ao Gancho, impedindo que os veículos que descem da Juracy Magalhães seguissem direto para o Hospital Samur. Outra modificação foi feita com a quebra de passeios na praça João Gonçalves, na avenida João Pessoa.

A mudança de preferencial para o motorista que vem do centro em direção a Juracy Magalhães, nas imediações do Samur, ficou mais complicada, sem contar que uma ambulância com destino ao hospital terá agora que fazer o retorno lá embaixo, em frente à loja de materiais de construção Comercial Ramos. Não entendi a melhora de gastar mais tempo para levar um doente para a unidade de saúde.

Na João Pessoa quebram metade da praça e fizeram um acesso para cadeirantes sem critérios. Certas intervenções em pequenos serviços já feitos por outras administrações terminam em desgaste político e não como pontos de aprovação para o novo gestor.

Sempre digo que Conquista é uma grande cidade, a terceira maior da Bahia, que precisa de grandes projetos de infraestrutura, inclusive de mobilidade urbana. Sem contar a barragem de abastecimento de água e o aeroporto, muitas praças da cidade foram abandonadas e deixaram de ser locais de encontros, prática para atividades esportivas, divertimento e lazer.