Está mais que comprovado que no Brasil as leis não são iguais para todos. No rolo de julgamento entre juízes, o Tribunal Superior de Justiça, o TSJ, acabou por conceder prisão domiciliar a Adriana Ancelmo, esposa do Sérgio Cabral que se encontra preso em Bangu por ladroagem no governo do Rio de Janeiro.

No raciocínio lógico e humano, a lei que manda soltar a mãe que tem filhos menores para cuidá-los quando também o pai está preso, é mais que justa porque as crianças não têm culpa pelos crimes cometidos pelos pais. Até ai tudo bem, se não existissem milhares de detentas em presídios que estão na mesma situação e nunca foram beneficiadas pela mesma lei que soltou Adriana.

Este é um caso com pesos e medidas diferentes porque o pobre neste país é injustiçado por não dispor de recursos para contratar um bom advogado para defendê-lo. Ele acaba mofando nas masmorras medievais, e os filhos revoltados terminam virando bandidos, vítimas de um sociedade cruel.

Outro fato é que não se sabe a origem do dinheiro que é pago aos defensores de famosos e criminosos do colarinho branco. A grana é sempre suja. Cadê a Defensoria, o Ministério Público e a Comissão de Direitos Humanos que se calam diante de tamanha aberração e agressão?

O outro caso é também uma trama urdida entre as castas aristocráticas dos três poderes (judiciário, executivo e legislativo) contra a democracia formal que ainda resta, com métodos da Velha República que atingem mortalmente o povo.

Na véspera do julgamento da chapa eleitoral Dilma-Temer por abuso de poder político e econômico pelo uso do caixa 2, alimentado por propinas de empreiteiras, fontes dão conta que o Tribunal Superior Eleitoral pode cassar a dupla e tornar a ex-presidente inelegível, mas o seu ex-vice não, porque ele não sabia de nada.

É muito irônico! Só rindo para não chorar! Parece o caso do sedutor malandro que ludibria a donzela de menor para a cama com alguns bombons e brinquedinhos em troca. Neste caso, a mulher é a sedutora de um marmanjo esperto que nada sabia do que estava acontecendo, quando Deus e todo Brasil sabiam de tudo, inclusive o Lula.

Na tramoia montada, o Temer inocente, coitado, também pode ser cassado na chapa, mas só ele ficaria elegível, podendo ser votado pelo Congresso Nacional numa eleição indireta. Ora, o cara mordomo que levou a presidência no impeachment tem maioria comprada. Isso sim, será o golpe fatal e vergonhoso na nação, com pesos iguais e medidas diferentes.