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:: 18/set/2014 . 23:11

A ENERGIA DA CAATINGA

Quem sai de Caetité em direção a Guanambi, logo após uns 15 a 20 quilômetros, entre a caatinga cinzenta da seca e a vegetação dos gerais, se depara com outra visão paisagística de torres gigantes que faz lembrar o livro D. Quixote, de Miguel de Cervantes.

Centenas de aerogeradores movidos pelo vento seco da caatinga se erguem até a entrada da cidade de Guanambi, transmitido energia eólica depois de mais de três anos parados por falta de linhas de transmissão da Chesf, período em que milhões de reais foram pagos à empresa Renova Energia pelos contribuintes sem que recebessem os devidos benefícios.

EÓLICA E SECA 003 - Cópia

As linhas de transmissão de energia só começaram a ser interligados às torres, chamadas popularmente de cata-ventos, somente há pouco tempo por falta de planejamento dos nossos governantes, como sempre acontece em nosso rico país de recursos naturais, cujo povo ainda é pobre e paga caro por falta de seriedade técnica dos projetos que levam anos para serem executados.

De simples decorações paisagísticas, cortando a BA-030, somente agora a energia está sendo extraída do vento da caatinga e dos gerais entre os pés de pequis. Como tudo é lento em nosso Brasil do futuro, quem atravessa este sertão do sudoeste vai notar também que as obras da Ferrovia Oeste Leste, a Fiol, estão paradas em vários trechos.

Em diversos pontos, depois de Brumado, na entrada de Ibiassucê e na chegada de Guanambi, só os sinais dos quebra-molas e algumas terras removidas ao longo da BA-262 e da BA-030. No mais, nesta época do ano, a seca castiga o sertanejo e deixa a caatinga cinzenta a perder de vista. Os animais estão sempre em torno dos tanques e lagoas aproveitando o pouco de água que ainda resta.

 

SOBRE NOSSAS FERROVIAS

NAZARÉ A SÃO ROQUE

Por decreto de 1.157, de 21 de agosto de 1912, o Governo desejava fazer uma ligação férrea de Nazaré a um porto nas águas da Baía de Todos os Santos, passando pelas cidades de Cachoeira e Maragojipe, conectando com o Ramal de Aratuípe. No contrato de arrendamento da Estrada de Nazaré figurava a obra, partindo desta cidade até São Roque. Para tanto, os estudos foram iniciados em 1922, a partir da Fábrica de Óleo, no cais do Porto de Nazaré, em direção ao povoado de São Roque.

Trem Maria-Fumaça - Cópia

No entanto, no contrato de janeiro de 1925 que reformou todos os outros acordos, não há mais referências à construção da linha. Somente em 1931, o interventor Juracy Magalhães mandou fazer sondagens no Porto de São Roque. De acordo com os estudos, o interventor aprovou o projeto em 1932.

Já em 1934, o Governo contraiu um empréstimo de 16 milhões de cruzeiros com a Caixa Econômica Federal (CEF) para construção da estrada até o Porto e reconstrução do trecho Mutuípe até Santa Inês.

Os trabalhos de campo foram iniciados em 1936, bem como instalada residência na vila de São Roque. Em 37 foi feito o assentamento da linha de 32 quilômetros.

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