:: 15/jun/2014 . 23:09
UMA CONQUISTA ANUNCIADA -Carlos Gonzalez – jornalista
A dúvida deixou de existir. Hoje já se pode anunciar que a Copa do Mundo de 2014 ficará no Brasil. O primeiro indício se manifestou nos erros cometidos pelo árbitro japonês Yuichi Nishimura, ao se tornar o 13º jogador do Brasil na vitória sobre a Croácia. Infectados pelo vírus da corrupção, futebol e política firmaram uma sólida aliança neste país, que leva o torcedor consciente a “jogar todas suas fichas” no time dirigido pelo “sargentão” Felipão, a única pessoa que viu o pênalti em Fred.
Nas 19 edições da Copa alguns fatores, nada convencionais, influíram no resultado final da competição. Em 1954, a Hungria, vítima da guerra fria, que separava, desde o final da II Grande Guerra, em 1954, as zonas sobre influência dos Estados Unidos e da União Soviética, foi ilicitamente derrotada pela Alemanha Ocidental; em 1962, Garrincha disputou a final contra a Tchecoslováquia, tendo sido expulso na semifinal diante do Chile; em 1966, os alemães ocidentais tiveram um gol não computado na final com a Inglaterra; em 1978, a ditadura argentina foi decisiva na conquista da seleção do país; em 1994, sob a presidência de João Havelange, a FIFA excluiu Maradona no meio da competição, facilitando a vitória brasileira.
O envolvimento da FIFA em ações de corrupção ocupa hoje boa parte do espaço que a imprensa dedica ao futebol. Com 110 anos de criada, a entidade teve apenas oito presidentes, sendo que alguns deles se perpetuaram no poder, uma prática inescrupulosa, acompanhada por confederações e federações esportivas no Brasil, a exemplo da CBF, do COB e da Federação Baiana de Futebol (FBF), cujos “cartolas” se mantêm nos cargos, distribuindo benesses com seus filiados.
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