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NA CONTRAMÃO

Do livro Pofesto – Ação Direta, de Danilo Jamal

Na contramão a arte,

Que tenta fugir dessa estrutura de tanta

Amargura.

Quem for artista que se cuide!

Repressão retada, truta!

Se vacilar eles vão querer de dar um pega

E não uma trufa.

Sempre eles, os donos da verdade

Absoluta.

Do outro lado, nós na luta,

Ferozes na labuta,

Por não aceitarmos esses filhos da puta,

Cheios de falhas na conduta,

Que não respeitam artistas de rua,

Que suam, todos os dias, para sobreviver,

Vencer e entender…

Por que nos prender?

Ah, tá! Eles pensam em deixar as ruas

Limpas, mas, pra quê?

Tem lógica esse pensamento?

Realmente, sinceramente…

O que falar dessas vendas nos olhos?

Incentivo só para os playboys nos postos.

Acidentes, sociedade no puro ódio,

Tempos retrógrados…

Quem é artista que fique ligado,

Negócio vai ficar pegado,

Alívio mesmo, só quando for carburar

Distante dos folgados.

Observem o que o cabresto faz?

Nos tira todas as possibilidades reais.

 

CÂMARA REABRE TRABALHOS PROMETENDO NOVO PLANO DIRETOR

Com a presença da prefeita Sheila Lemos, a Câmara Municipal de Vereadores de Vitória da Conquista, composta de 21 membros, reabriu ontem, dia 03/08, os trabalhos do segundo semestre de 2022, depois do recesso parlamentar, prometendo aprovar um novo Plano Diretor para a cidade, o qual vem sendo discutido desde o início do ano.

O presidente da Casa, Luis Carlos Dudé, abriu as atividades da sessão ordinária dando a palavra à prefeita que da tribuna defendeu a harmonia entre os poderes legislativo e executivo em prol dos projetos para Conquista. Na ocasião, ela reconheceu que são grandes e legítimas as demandas da população, mas que existe um orçamento que não é suficiente para atender todas as reivindicações.

No momento, os setores mais carentes de Vitória da Conquista, com uma população de mais de 400 mil habitantes, são os da saúde e da infraestrutura, especialmente a partir de comunidades de bairros que solicitam o asfaltamento de ruas esburacadas e até sem o serviço de drenagem.

Com relação à saúde, as críticas partem dos usuários dos postos onde ainda persiste a falta de profissionais, como médicos, técnicos e enfermeiros. A marcação de exames é outro problema sério, pois existem pacientes com mais de seis meses e até um ano na espera da fila para ser atendido em sua solicitação.

Na área da educação, a prefeita vem também enfrentando manifestações dos servidores e professores que requerem reajustes salariais e promoções de cargos nas carreiras em que atuam. Conquista hoje é uma das cidades que mais cresceu no Norte e Nordeste nos últimos anos e, com esse desenvolvimento, também vieram juntas as necessidades em diversos segmentos da população.

Na abertura das atividades, o presidente da Câmara ressaltou a importância dos poderes trabalharem juntos no sentido de dar continuidade a esse desenvolvimento, bem como pontuar as prioridades. A aprovação de um novo Plano Diretor, tão cobrado pela sociedade, servirá de diretrizes básicas para a implementação das políticas públicas.

Além da prefeita e de dezessete vereadores, se fez também presente ao ato o secretário de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, Eugênio Avelino (Xangai). Nesse campo, uma das discussões que vem sendo travada pelos artistas e intelectuais é quanto a criação do Plano Municipal de Cultura, bem como, que a Secretaria de Cultura seja desmembrada do Turismo, Esporte e Lazer, com um orçamento próprio.

QUERIA SÓ ENTENDER ESSA LOUCURA DE CONSIGNADO PARA QUEM TEM AUXÍLIO!

Existem coisas no Brasil que só acontecem mesmo no Brasil, e não em nenhum outro lugar do planeta. Essa do capitão-presidente, com anuência desse Congresso Nacional nojento aumentar o auxílio de 400 reais para 600 em período eleitoral, com mais o absurdo do executivo autorizar empréstimo consignado para quem recebe essa grana eleitoreira, é mais uma de estarrecer e deixar qualquer ser pensante com a cabeça baratinada.

Como se dizia no programa humorístico “Planeta dos Macacos”, só queria mesmo entender! Não é para entender, meu caro! Tudo que sai desse governo aloprado, que já transgrediu todas as leis, inclusive da gravidade e de que a terra não é redonda, se tornou normal. Não constitui mais nenhuma surpresa! Você aí pode me explicar alguma coisa, pois sou um burro de baixo QI que já passou fome na vida e dormiu na rua.

Os ditos agressivos, palavrões, expressões homofóbicas, racistas, misóginas, xingamentos a jornalistas, desprezo pelos índios e meio ambiente, ataques contra a democracia e completa falta de postura, se tornaram marca registrada de um governo. São ações negativas que vão ficar como inéditas na história brasileira. Quem se importa com tudo isso? São palavras levadas ao vento!

Às vezes dou uma escorregada e lá vou eu entrando em outras questões. É porque o recheio do bolo indigesto é muito grande, mas o assunto principal é o empréstimo consignado para quem está recebendo o auxílio. Como é que o propósito desse programa de 600 reais, que visa especificamente a compra de alimentos para matar a fome de mais de 30 milhões, pode ser desviado e retalhado para aquisição de outros produtos que não sejam de primeira necessidade? Qual a prioridade entre a comida e um celular?

É até hilário, para não dizer ridículo! O governo dá 600 reais e aí você pode tomar um empréstimo, baseado nesse auxílio, para, em prestações com juros a perder de vista, descontar todo mês cerca de 200 ou mais, a depender do montante contratado. No final das contas, o indivíduo só vai ter os 400 de antes, ou menos que isso, que já não são suficientes para adquirir todos alimentos. O restante retorna novamente para os bancos oficiais.

Existe alguma coerência nisso? Coisa de louco! Além do endividamento dessas pessoas a curto e a longo prazo, a fome vai aumentar mais ainda. A maioria dessa gente, vamos ser realistas e verdadeiros, é desprovida de formação educacional e é facilmente levada pela empolgação do consumismo, estimulado pelo comércio e a mídia, que distorce seu papel de informar. As “matérias” no âmbito lojista viraram propaganda publicitária para as pessoas consumirem mais, sobretudo em datas comemorativas. É um tal de já comprou seu presente?

Essa massa coitada é fácil de ser manipulada. Deslumbrada por itens do consumo supérfluo, vai tomar empréstimo consignado, gastar o dinheiro que vai fazer falta na hora de ir à feira ou a um supermercado. O auxílio não é para matar a fome dos milhões que estão aí nas filas das peles de frangos e ossos bovinos? Você é uma besta mesmo, inocente! A intenção é deixar terra arrasada.

O esquema é especialmente comprar o voto do miserável que já vive na sarjeta da vida. Povo gado! Povo ferrado no estouro da boiada! Governo não é para atuar dentro da lógica. É para confundir, polarizar, dividir e criar clima de ódio e intolerância. Governo é para comer o fígado dos ignorantes e triturar as massas numa máquina de moer pedra. Governo tem raiva e pavor dessa tal de consciência política. É para transformar o errado no certo, o anormal no normal.

Quando esse pessoal estiver endividado pela carestia dos produtos, quem vai pagar a conta social? Tudo é incerto. Tudo é confuso quando não existem planejamentos e políticas públicas para tirar essa miséria do buraco sem fim. Qual vai ser o futuro desse país quando terminarem as eleições? Ficar no mesmo? Voltar ao passado, ou seguir em frente com novas ideias para juntar os cacos e tentar limpar toda essa sujeira jogada debaixo do tapete?

OFENSAS AOS “MULATINHOS ROSADOS”

Carlos Albán González – jornalista

Numa das suas últimas falas impregnadas de ódio, dirigida aos seus fanáticos seguidores, no cercadinho do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro garantiu que sua vitória nas urnas em outubro “é tão certa como o Flamengo ganhar do Bangu”. Sua declaração foi contestada pela maioria dos 250 mil habitantes de Bangu, um dos bairros mais pobres e populosos do Rio de Janeiro, que abraçam o clube alvirrubro como um valioso patrimônio.

Os moradores do bairro proletário mandaram dizer ao ex-capitão que o mais provável é uma vitória do Bangu, o que vem ocorrendo em jogos decisivos ao longo de mais de 100 anos. Entre 1904 e 2022, o clube da Zona Oeste obteve 344 vitórias contra o Flamengo.

Uma delas, lembram os mais velhos, ocorreu na final do Campeonato Carioca de 1966, vencida pelo Bangu por 3 a 0, placar que poderia ser ampliado, caso o atacante do Flamengo, o possesso Almir Pernambuquinho (assassinado aos 35 anos numa briga de bar, no Rio) não iniciasse uma briga, no começo do segundo tempo, movendo o árbitro a expulsar cinco jogadores do rubro-negro, e encerrando a partida.

Os números não mentem, rebatem os banguenses, aconselhando ao psicopata do Planalto a fazer comparações com o Íbis, de Pernambuco, ou o Atlético Mogi, de São Paulo, que carregam o título de “piores times do mundo”, com uma média de 55 jogos sem vencer.

O negacionista do Planalto, provavelmente. não conhece a história de um dos mais tradicionais e antigos clubes brasileiros. Fundado oficialmente em 17 de abril de 1904, com o nome de Bangu Athletic Club, adotou o vermelho e o branco, as cores de São Jorge, padroeiro do Reino Unido. Seus fundadores foram industriais britânicos, que, junto com o maquinário da Fábrica de Tecidos Bangu, trouxeram bolas de futebol.

Com 103 participações em campeonatos cariocas – o primeiro título foi conquistado em 1933 -, o Bangu, desde a formação do seu primeiro time, provocou a revolta de uma numerosa parcela preconceituosa da sociedade da antiga capital da República, o bolsonarismo de hoje, ao reunir negros e operários.

Pressionado pelo racismo, enraizado nas “viúvas” do escravagismo, doutrina que até hoje tem seus seguidores, os “Mulatinhos Rosados” (singelo apelido dado pelos seus torcedores) se afastaram em 2007 das competições futebolísticas, retornando dez anos depois para sua casa, construída nesse período e recebendo a denominação de Estádio Proletário Guilherme da Silveira, mais conhecido como Moça Bonita, com capacidade para 15 mil pessoas.

O reconhecimento ao primeiro passo para popularizar o futebol no Brasil só ocorreu em 21 de abril de 2001, por iniciativa da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, aprovando, por unanimidade, através da Resolução 788/2001, a concessão ao clube alvirrubro da Medalha Tiradentes, a mais alta condecoração do governo fluminense. Justificou-se a homenagem, “pelo destemor e pioneirismo na luta para superar preconceitos discriminatórios contra atletas, e pelos relevantes serviços prestados pela agremiação à causa pública”.

O Bangu derrubou outra barreira discriminatória, o machismo no futebol, elegendo em 2003 para o cargo de presidente a associada e conselheira Rita de Cássia Trindade.

A melhor fase do Bangu deu-se entre os anos 60 e 80, Apadrinhado pelo “banqueiro” do jogo do bicho Castor de Andrade, o clube fez excursões pela Europa, Estados Unidos e América do Sul, ganhando 13 dos 44 troféus de sua galeria; participou de uma edição da Taça Libertadores da América; venceu o Campeonato Carioca de 66; seus jogadores foram convocados 96 vezes para a Seleção Brasileira. Nas matas brasileiras inexiste o castor, mas o simpático roedor está desenhado como mascote no uniforme do Bangu.

Alguns dos nomes mais consagrados do futebol brasileiro vestiram a camisa alvirrubra, começando por Zizinho (melhor jogador da Copa de 50), Zózimo, Paulo Borges, Gilmar, Domingos e Ademir da Guia, Arturzinho, Mauro Galvão, Aladim e Moacir Bueno. Entre os treinadores deixaram seus conhecimentos em Moça Bonita: Aimoré Moreira, Yustrich, Flávio Costa, Evaristo de Macedo, Didi, Martim Francisco, Carpeggiani e Zagallo.

 

 

 

BELO CAMPO REALIZA SUA PRIMEIRA FEIRA LITERÁRIA COM MUITAS ATRAÇÕES

Com uma homenagem à escritora brasileira Carolina Maria de Jesus, conhecida internacional com 14 obras traduzidas no exterior, e estandes dos baianos Jorge Amado e poeta Castro Alves, do paraibano-pernambucano Ariano Suassuna, Ziraldo e a Turma da Mônica, de Maurício de Souza, a cidade de Belo Campo, através da sua Secretaria de Educação, deu seu primeiro passo e realizou, na Praça da Prefeitura, de 27 a 31 de julho, a I Feira Literária e Gastronômica (I FLIBELÔ).

Carolina ganhou um espaço especial no centro da praça, em formato de um casebre, muito procurado, com textos sobre sua biografia, materiais que representaram seus trabalhos como favelada, catadora de lixo e fatos da sua vida simples e pobre. Foi uma significativa e acertada homenagem para uma negra escritora que ganhou o mundo pela sua autenticidade, notoriedade e forma como narrou nua e crua a questão social do nosso país.

LITERATURA INFANTIL

O evento deu um destaque especial para a literatura infantil, mas também foi marcada pela diversidade de outros autores destinados aos mais jovens e adultos, como amostra da livraria Sebo (Conquista), lançamento de livros de acadêmicos da Academia Conquistense de Letras, dos jornalistas e escritores Ismael e Jeremias Macário que apresentou suas obras “Uma Conquista Cassada”, “A Imprensa e o Coronelismo” e “Andanças”, dentre outros da própria terra, como Roberto Letiere sobre a história do município.

Durante todos os dias, a movimentação foi intensa dos moradores e de outras cidades vizinhas que tiveram a oportunidade de entrar em contato mais próximo com a cultura e o conhecimento, principalmente através das apresentações de shows musicais e peças teatrais das escolas municipal e estadual de autores infantis. Ocorreram rodas de contações de causos, estórias, declamações de poemas e diversas atividades literárias.

Além dos estandes literários com obras dos escritores, a I Feira Literária também abriu espaço para o artesanato da Associação de Artesãos de Belo Campo e individuais de outras cidades, inclusive de Vitória da Conquista, com Vandilza Gonçalves que expos seus trabalhos de tapetes e cachecóis de croché.

Os estandes de Jorge Amado, Ziraldo, Turma da Mônica, Ariano e Castro Alves foram os mais frequentados, especialmente pelas crianças e jovens, sempre curiosos para aprender mais sobre a vida e a obra dos escritores. O Colégio Estadual Carlos Santana fez uma pequena mostra de peças antigas utilizadas pelos traficantes de escravos e senhores donos dos cativos, como as correntes de ferro, chibatas e pequenas naus negreiras, com especial atenção para Castro Alves, o poeta dos escravos.

Nesse âmbito da escravatura, houve uma lacuna quanto a presença de Luiz Gama, Lima Barreto, José do Patrocínio, Joaquim Nabuco e outros que estiveram à frente na defesa da libertação dos negros e precursores do abolicionismo. Machado de Assis, também um escritor negro, merecia seu espaço. Ariano Suassuna chamou a atenção por seus escritos dramaturgos, como o Auto da Compadecida, O cantinho dos cordéis também teve seu lugar de apreciação.

Os coordenadores, como Janet e Misael Lacerda, sempre foram prestativos no apoio aos visitantes, sobretudo os de foram que lá estiveram para agregar e fortalecer o evento cultural literário, que vem sendo ultimamente realizado em várias cidades do interior, menos Vitória da Conquista que ainda está planejando uma programação dessa natureza, conforme já foi anunciada pela prefeita Sheila Lemos.

Como foi a I FLIGBELÔ, ainda houve algumas falhas em termos de estrutura física, que deverá ser aprimorada nas seguintes, mas o primeiro passo já foi muito importante para a cidade próxima de Conquista. Faltou, por exemplo, mais presença de escritores da região, e uma rodada de conversa com esse pessoal para mostrar seus talentos, iniciação à escrita, dificuldade de publicação e distribuição, dentre outras experiências vividas para lançar seus livros. É uma sugestão que fica para ser apreciada e colocada em prática na II FLIBELÔ.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A INGLATERRA E A ESCRAVIDÃO (I)

No começo do século XVIII, o tráfico negreiro ainda era uma instituição sólida e lucrativa na Inglaterra, tanto que em 1713 fizeram uma procissão solene e uma festa para celebrar a boa fase nos negócios de uma nova companhia, a “South Sea Company” dedicada ao ramo de cargas de cativos.

Quem registra o fato é o jornalista e escritor Laurentino Gomes, na segunda trilogia de “Escravidão”. Em 1713, essa empresa se tornara detentora do monopólio de fornecimento de mão de obra cativa pelos trinta anos seguintes para o império colonial espanhol nas Américas.

De acordo com Laurentino, tinha como sócios principais o rei Felipe V, da Espanha e a rainha Ana, da Inglaterra. Entre os minoritários, o matemático Isaac Newton e dois escritórios, Daniel Defoe e Jonathan Swift, autores de clássicos da literatura Robinson Crusoé e As viagens de Gulliver. Em sua curta existência de pouco mais de uma década, forneceu 64 mil africanos aos espanhóis.

CAPITAL MUNDIAL DO TRÁFICO

A cidade portuária de Liverpool era considerada a capital mundial do tráfico negreiro. Passara de um pacato vilarejo de pescadores para a segunda cidade mais populosa da Inglaterra. O número de moradores passou de cinco mil, em 1700, para 34 mil, em 1773. Liverpool também se tornou o principal porto de mercadorias da Revolução Industrial, cujo centro seria a cidade de Manchester.

Dezenas de itens compunham a carga de um navio que deixou os portos da Inglaterra em 1787 rumo à África, como peças de algodão e linho, lenços e tecidos de seda, balas e barras de chumbo, panelas e frigideiras, pólvora, taças e copos de vidro, bijuterias e pedras preciosas, espadas, couro, capas de chuva, tabaco, bebidas e tantos outros.

Os navios britânicos transportavam anualmente, no total, mais de 100 mil africanos escravizados para o Novo Mundo, dos quais 60 mil para os engenhos de açúcar na Jamaica e Barbados, onde os africanos compunham cerca de 90% da população. A Jamaica recebeu sozinha mais de um milhão de cativos, número superior ao da Bahia. Barbados, meio milhão.

Nessa época, também se intensificou, a bordo dos navios negreiros, o comércio de escravos para o sul dos Estados Unidos, grande produtora de arroz, tabaco e algodão. Entre 1730 e 1740, os britânicos se tornaram os campeões mundiais do tráfico de gente escrava, ultrapassando pela primeira vez no período, o número de portugueses e brasileiros.

O ABOLICIONISMO

Nas quatro décadas seguintes, mais de 800 mil seriam traficados. O auge foi atingido entre 1780 e 1790, quando transportaram 350 mil cativos. Mesmo assim, nesses dez anos aconteceram os debates que fariam desabar o arcabouço do sistema escravista, que foi a campanha do abolicionismo britânico e norte-americano, mudando a face do planeta no século seguinte.

De acordo com o autor de “Escravidão”, o movimento ganhou folego em meados da década de 1780. Vinte anos mais tarde levaria à proibição do tráfico negreiro na Inglaterra e nos Estados Unidos. Mais duas décadas e meia, em 1833, resultaria na abolição da escravatura na Inglaterra, completando com o 13 de maio de 188 no Brasil.

Com relação à questão da abolição, sugiram várias explicações de historiadores, algumas até românticas plantadas pelos britânicos e norte-americanos, como de que teria sido resultado de uma obra filantrópica dos brancos em favor dos negros, mas isso não se sustentou.

Em 1944, um estudo revolucionário de um homem crioulo de Trinidad Tobago, chamado Eric Williams abriu várias discussões. Segundo ele, a escravidão havia se tornado economicamente insustentável no longo prazo. Diante da marcha dos acontecimentos do século XVIII, como as novas tecnologias, as descobertas científicas e métodos de produção, seria inevitável a substituição da mão-de-obra cativa pelo trabalho assalariado.

Pelo sistema capitalista, conforme as análises dos historiadores, os ex-escravos, convertidos em assalariados seriam também consumidores para os novos produtos da economia industrial britânica. Eric também defendeu a tese de que a escravidão teria sido a primeira fase da economia capitalista, cujos lucros financiaram a Revolução Industrial, tornando o trabalho cativo obsoleto.

A terceira e última explicação para o desfecho abolicionista dizia ele que o sistema escravista trazia dentro de si a semente da destruição. Então, teria sido resultado da resistência dos próprios escravos. O abolicionismo coincidiu com o período de rupturas dentro das ordens estabelecidas pelos brancos, como a Independência dos EUA e a Revolução Francesa. Esses episódios abriram espaços para a liberdade.

Num curto intervalo de apenas 43 anos, entre 1789 a 1823, ocorreram mais de vinte revoltas em todo continente americano. Nesse clima, conforme analisa Laurentino, os escravos teriam aguçado nos senhores o medo de uma “bomba social”. A Revolução do Haiti, em 1791, e a Revolta dos Malês, na Bahia, em 1835, foram dois grandes exemplos.

As ideias revolucionárias do iluminismo no século XVIII foram abrindo espaços para violentas revoluções. O escravismo já era uma máquina enferrujada, que precisava ser abandonada em favor de um equipamento mais novo e eficiente.

Essa de filantropia dos brancos não colava diante dos fatos de que grandes líderes escritores, intelectuais e agitadores negros já defendiam o abolicionismo, como no caso da Inglaterra dos africanos Olaudah Equiano, Ottobah Cugoano e Charles Sancho, este um ex-escravo que se tornara compositor e primeiro afrodescendente a ter o direito de voto na Inglaterra.

Nos Estados Unidos, segundo apurou Laurentino, a relação de abolicionistas negros tem quase quarenta nomes, incluindo o escritor Frederick Douglas, James William Charles, primeiro afrodescendente a estudar na Universidade Yale, e o também ex-escravo Harriet Tubman, homenageado pelo presidente Barack Obama.

No Brasil houve o abolicionista Joaquim Nabuco, branco conhecido como “Quincas, o Belo”. Ao lado dele tiveram o fluminense José do Patrocínio, o advogado baiano Luis Gama, o engenheiro baiano André Rebouças e a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, autora de Úrsula, primeiro romance publicado por uma mulher negra.

ATIVA E VIGOROSA

Quanto a explicação da inviabilidade econômica não convence certos historiadores, pois pesquisas mostram que, no final do século XVIII, a escravidão estava longe da exaustão. Estava ativa e vigorosa, como demonstrou o historiador Seymour Drescher, opositor de Eric William. Pelo ponto econômico, não haveria como acabar com a escravidão. Na visão  de Drescher, a abolição teria mergulhado as colônias britânicas num declínio econômico.

Ao assumir o governo britânico, em 1783, o primeiro-ministro William Pitt estimou que 80% de todas as receitas auferidas pela Grã-Bretanha no comércio ultramarino vinham de suas colônias no Caribe. No período de 1750 a 1805, nunca tantos cativos foram transportados da África para a América, antes da abolição nos EUA e Inglaterra. A própria Guerra da Sucessão entre o Sul e o Norte, em que mais de 750 mil pessoas morreram, comprova que o sistema estava vigoroso.

Também, “a teoria de que a abolição resultou da teoria da pressão dos próprios negros não fica de pé sozinha e precisa ser calibrada diante dos fatos. Houve várias rebeliões, mas nenhuma, com a exceção do Haiti, chegou a ameaçar a ordem escravista. A maioria optou por outras estratégias silenciosas de resistência, como relação de laços familiares mediante o compadrio (irmandades religiosas, alianças sutis com seus senhores)”.

Na chamada Revolta de Tacky, na Jamaica, em 1760, os rebeldes pregavam a aniquilação dos brancos  e a tomada do poder, onde continuariam a produzir o açúcar pela escravização dos negros. No Quilombo Oitizeiro, no sul da Bahia, os fugitivos utilizavam o trabalho de outros escravos na produção de mandioca.             

 

 

 

 

BURRO DE CARGA

Mesmo com toda tecnologia do século XXI, o desenvolvimento de locomoção rodoviário de veículos e outros meios como o ferroviário, fluvial e viário, o burro ainda continua sendo um servidor do homem mais pobre no transporte de objetos e mercadorias, inclusive de produtos alimentícios para as feiras, como na imagem flagrada pelo jornalista Jeremias Macário. Como se diz no popular: o chamado “burro de carga”, ou o jumento que estão exterminando para virar carne e couro de exportação para a China. Verdadeiramente, o homem é um ingrato, inclusive aqueles que têm um animal desse tipo e ainda maltratam, batendo e colocando peso excessivo em seu lombo. Por falta de educação e ignorância, esse homem bruto não reconhece o seu serviço, que lhe dá o sustento do ganha pão do dia a dia.  Quando estão velhos e não servem mais para o uso do transporte, muitos abandonam esses animais nas estradas e nas ruas. Existem leis que punem os indivíduos que comentem crimes contra os animais, só que na prática não funcionam, sem falar no poder público que não fiscaliza os abusos cometidos pelos seus donos.

O FRIO ME CONSOME

Poema inédito de autoria de Jeremias Macário

O frio me consome,

Nessa solidão que lambe,

O meu verbo poemar,

Entre ondas geladas do mar,

Com a neve a engolir o ar.

 

O tempo parece não se mover,

Sem nunca esquecer de você.

 

Imagino o colorido da cigana,

Da dança religiosa-profana,

De temperatura-tortura,

Sem vontade de levantar,

Nem da vida o lidar.

 

Vejo até leão na savana,

Do outro lado de lá.

Rodando minha cabana.

 

Tomo uma taça de vinho,

Sinto o cheiro do cio,

Com as ideias no ninho.

 

Não consigo respirar;

Entender a alma latina,

De tanta gente com fome,

Do poder da mão assassina,

Nesse frio que me consome.

 

Da boca sai a fumaça,

Desse frio carrasco,

Que meu neurônio se assa,

Preso num frasco.

 

No alerta do radar

Vem o desejo de amar.

 

Estou condenado,

A ficar aqui isolado,

Sem saber se sou homem,

Lobo ou lobisomem.

Foi-se o mentiroso sol;

Minha mente escrava cativa,

Liga em Assaré Patativa,

Do agreste nordestino,

Nuvem Orixá, ente divino.

 

Esse frio me consome;

Preciso me aquecer;

Rogo voltar pra mim,

Com seu cheiro de alecrim.

 

Esse frio me consome,

Às vezes troco seu nome,

Mas grudou o amor que ardia,

Naquele verão do lindo dia,

Que me ensinou a te amar,

Em qualquer lugar.

 

Como vira-lata enlatado,

Aqui todo enrolado,

Como pacote fechado,

Sem forças para respirar

Nesse louco frio,

Que me rouba o brio,

Pensando pegar a pista,

Da minha querida Conquista,

Pra Juazeiro, Piauí ou Ceará

Natal ou até o Pará.

 

Seu moço,

Esse frio me consome,

Me impede de circular,

Mas sempre vou te amar.

 

O corpo arqueado doído

Fica ainda mais dolorido,

E o espírito pede passagem,

Para outra viagem,

No calor do meu amor.

 

O frio me consome,

Solitário de mim,

Em meus diários,

De segredos sagrados,

Como relicários.

 

Minha alma banha em lágrimas,

Nessa garoa fria e calma;

E só o amor me guia,

Nessa acelerada via,

Errante, pensante, delirante,

Nesse frio que me consome.

 

O MAIOR ENGAVETADOR DOS CRIMES E DA CORRUPÇÃO CONTRA NOSSO PAÍS

Era uma vez…  Não, esse negócio de era uma vez é coisa de estória de carochinha e de fada para criança dormir. Na verdade, temos no Brasil uma nação alienada de joelhos, que atenta contra a liberdade e a democracia. Temos o maior engavetador de processos criminosos praticados pelo capitão-presidente, o Catilina e seus seguidores corruptos que tramam um golpe de Estado.

Quando falo de engavetador estou me referindo à PGR – Procuradoria Geral da República, comandada pelo senhor promotor Augusto Aras, a vergonha da Bahia a serviço das loucuras de um presidente, e não do nosso país. Sua gaveta já não deve nem mais fechar de tanto papel manchado de sangue e sujo pelas mãos dos conspiradores dos nossos sonhos e ideais. O que ele vai fazer com todo esse entulho?

Por muito menos, os ex-presidentes Collor de Mello e Dilma sofreram impeachment porque o cancro do Congresso Nacional não foi totalmente banqueteado e satisfeito com todas as benesses escandalosas que pretendia. Com esse legislativo, cerca de 200 pedidos de cassação foram engavetados pelo presidente da Câmara, Fernando Lira, abrindo espaço para um golpe. Dentre tantos outros, temos mais um título de país dos engavetamentos.

Quem são os verdadeiros culpados por estar em andamento esta marcha do golpe, dizendo que as eleições, antes de acontecerem, são uma fraude? Por que não foi logo cortada a cabeça do monstro? Agora já é tarde porque ele está mais faminto, na companhia maior de outras espécies bizarras da natureza. O combate está se tornando cada vez mais difícil, e requer ações mais estratégicas para exterminar esse exército de exterminadores.

Não são simplesmente cartas com três, cinco ou dez mil assinantes que vão conter a fúria golpista que, se ocorrer, a história vai apontar os culpados que ficaram em seus gabinetes de ar condicionando nos blablabás das conversas floreadas e recheadas de neologismos, sem convocar o povo para as ruas, antes que o mal pior aconteça. Depois, é só chorar pelo leite derramado. Vacilo e comodismo são nomes mais corretos. O pior é o silêncio dos bons.

Não basta a defesa de princípios morais e democráticos, porque ele também fala em democracia no seu sentido de intervenção militar para golpear o pleito. Além dos milhares de abaixo-assinados, são necessárias reuniões, palestras e comícios nas ruas e praças para combater o AntiCristo que fala em família e pátria, enquanto nos envergonha lá fora no exterior; pratica o racismo e a homofobia; e nega a vida como fez durante os dois anos mais agudos da pandemia da Covid-19.

Os engavetadores da Procuradoria Geral da República, do Supremo Tribunal Federal e outros braços do judiciário enterraram com cimento e passaram uma pá de cal na Operação Lava-Jato, liberando geral para que todos voltassem ao poder, que sempre foi colocado acima de uma sociedade mais justa e igualitária.

O chefe da PGR, com seus desvios de funções, preferiu servir ao seu presidente aloprado do que à própria República, para a qual foi indicado. Jogou seu diploma no lixo para se aliar aos malfeitores e salteadores da pátria. Não vai tardar, e a história vai registrar sua lambança de baiano que manchou o nome do grande jurista Ruy Barbosa. Aliás, a essa altura ele deve estar se revirando no túmulo.

Podemos pagar muito caro por que nós brasileiros nos portamos como indiferentes, comodistas e individualistas, só se preocupando com seu próprio umbigo. Não passamos do bate-panelas nos apartamentos, e não saímos do nosso conforto para cobrar e exigir respeito ao nosso país.

O nosso egoísmo é tão enorme que nem pensamos nas nossas novas gerações que podem sofrer mais ainda as drásticas consequências que virão por aí. Tudo isso me faz lembrar a canção do grande cantor e compositor Geraldo Vandré quando disse “quem sabe faz a hora, não espera acontecer”

PROFESSOR ITAMAR AGUIAR VAI RECEBER TÍTULO DA LIBERDADE JOÃO MANGABEIRA

Na campanha para reitor da Uesb

O caráter, os princípios de justiça, a seriedade no que faz, a força de vontade e persistência no trabalho, conhecimento e saber são atributos e virtudes que valem mais que qualquer dinheiro ou bens materiais na vida. Assim é o professor Itamar Pereira Aguiar, que no próximo dia 25 de agosto, às 15 horas, no plenário do Palácio Deputado Luiz Eduardo Magalhães receberá o título de Cidadão Benemérito da Liberdade e da Justiça Social João Mangabeira, concedido pela Assembleia Legislativa da Bahia.

Com quarenta anos como professor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-Uesb, doutor com teses no campo da filosofia e das ciências sociais (religiões afro-brasileiras em Vitória da Conquista), artigos publicados em várias revistas, jornais, livros e cargos públicos, como secretário de Desenvolvimento Social da Prefeitura Municipal de Conquista, a homenagem proposta pelo deputado Jean Fabrício Falcão é merecida a esta personalidade ponderada que trilhou seu caminho de luta e tanto tem feito ao longo de sua vida no sentido de construir um ser humano melhor. Tenho o privilégio de ser um dos testemunhos dessas suas qualidades há 30 anos de convívio.

Antes de ser aprovada pela Assembleia Legislativa, a proposta encaminhada pelo deputado, em 26 de agosto de 2019, passou por um longo processo de tramitação, a começar pela Comissão de Constituição e Justiça – Comissão Diretora, Departamentos de Atos e Ofícios, Controle do Processo Legislativo, Secretaria Geral das Comissões até receber seu parecer favorável pela plenária da Casa. É uma comenda que honra também a cidade de Vitória da Conquista e por onde o professor passou disseminando suas ideias e prestando seus serviços intelectuais.  Na foto com dona Dió na Lavagem do Beco

SUA TRAJETÓRIA DE VIDA

O professor Itamar tem uma longa trajetória de vida, a começar por Iraquara-Ba (nascido no Poço de Manoel Felix), na Chapada Diamantina, onde cursou os três primeiros anos da antiga escola primária. De família simples, sem muitos recursos, nasceu em 25/07/1950, filho de Antônio Braga Aguiar e Alda Pereira de Aguiar.

Em 1963, foi estudar o quarto ano primário no Mosteiro de Jequitibá, localizado no município de Mundo Novo-Ba, uma instituição educacional, internato somente para alunos do sexo masculino, na escola de 1ª a 5ª série, com três turnos de atividades pedagógicas.

Em março1964 prosseguiu seus estudos em Lenções no Colégio Municipal Afrânio Peixoto, onde concluiu a 5ª série “do primário”, seguida de admissão ao ginásio, cursando logo depois a Escola Normal. Ainda jovem e sem muita experiência como gestor, enfrentou seu primeiro desafio da vida no período de 1974 a 1979, quando dirigiu o hoje Colégio Municipal de Lençóis (ginásio e Escola Normal), ao mesmo tempo que fazia a graduação em Filosofia na Universidade Federal da Bahia. No ano seguinte dirigiu o Colégio Municipal de Iraquara, em Iraquara – BA.

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Na campanha política, em Iraquara,  com Waldir Pires a governador da Bahia

Ainda no final de 1970 e início dos anos 1980 atuou como auxiliar de pesquisa do Dr. Ronaldo de Salles Senna, estudando os “Jarês” na Chapada Diamantina. Em março de1983, ingressou como professor na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, na categoria de auxiliar, onde permanece até os dias atuais já na categoria especializada em metodologia do ensino superior (PUC Minas Gerais, 1986).

MESTRADO E DOUTORADOS

Itamar Aguiar fez mestrado em Ciências Sociais (PUC, São Paulo 1999), defendendo a dissertação intitulada “As Religiões Afro-brasileiras em Vitória da Conquista: Caminhos da diversidade”. Foi candidato a reitor da Uesb; participou de encontro com Gilberto Gil quando ministro da Cultura; militou na campanha política de Waldir Pires para governador da Bahia (discurso na cidade de Iraquara); esteve com o educador Paulo Freire nos anos 80 em Conquista; e com o autor José Wilker nos anos 70 durante as filmagens de Diamante Bruto, de Orlando Senna.

Com o educador Paulo Freire

O professor Itamar nunca parou de estudar e pesquisar enquanto escreve e ensina. Entre uma labuta e outra, fez o doutorado em Ciências Sociais, com ênfase em Antropologia, (PUC, São Paulo, 2007), defendendo a tese “Do Púlpito ao Baquiço: religião e laços familiares na trama da ocupação do Sertão da Ressaca”.

Não contente com o que já possuía de conhecimento na área do saber, partiu na busca do Pós-Doutorado em Ciências Sociais pela UNESP, “Campus de Marília-SP, em 2014), apresentando o trabalho intitulado: “As Mudanças no Campo Religioso em Vitória da Conquista, entre 1999 a 2012”. Portanto, pela sua dedicação e coragem, não restam dúvidas que o professor é uma autoridade nesse setor da religião e da filosofia, suas origens e efeitos no ser humano.

LIVROS E ARTIGOS

Mesmo com seu tempo de serviços, o professor não se aposentou e, além das dissertações, tese de doutorado e do texto para o pós-doutorado, produziu e ainda produz vários artigos, individualmente e coletivamente, publicados em revistas e periódicos no Brasil, bem como em alguns países, a exemplo de Portugal, Cuba e Venezuela.

Como se não bastasse sua trajetória de estudos e pesquisas, Itamar  publicou vários livros em parceria com autores amigos e colegas, sendo os mais conhecidos “Os Sertões da Bahia, Formação Social, Desenvolvimento Econômico, Evolução Política e Diversidade Cultural”, organizado por Erivaldo Fagundes Neves, em 2011; “Remanso-Uma  Comunidade Mágico Religiosa: O fantástico”, apoiado em uma mundividência afrodescendente, aspectos das ambiências sociais, geográficas e históricas, cujos autores são  Ronaldo de Salles Senna e Itamar Pereira de Aguiar. A obra foi lançada em 2016.

Com artigo acadêmico, o professor Itamar participou do livro “Intelectuais das Áfricas, tendo como organizadores, Silvio de Almeida Carvalho Filho e Washington Santos Nascimento. Esse trabalho de expressivo alcance entre professores, estudantes e interessados no tema, foi publicado em 2018.

Atualmente, Itamar é professor Pleno da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, lotado no departamento de Filosofia e Ciências Humanas – DFCH, vinculado ao mestrado em Relações Étnicas e Contemporaneidade (PPGREC-UESB). Lide do grupo de pesquisa “Religião, Cultura e Sociedade”.

 

 





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