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LAGOA DAS BATEIAS

Lá só existe mesmo o título, mas nenhuma Lagoa das Bateias, em Vitória da Conquista, que foi tomada pelos esgotos, matos e todo tipo de sujeira, como se pode ver na foto clicada pelo jornalista Jeremias Macário. Os equipamentos foram quebrados, e há anos os moradores e todos os conquistenses pedem ao poder pública a sua urbanização para que seja um local de lazer e entretenimento. Fizeram uma roçagem, mas a situação continua a mesma. Seria mais um local a ser visitado e usado para a prática de esportes.

EXISTE E NÃO EXISTE

Poema de autoria do jornalista Jeremias Macário

Ainda existe

processo sem prisão,

a tortura sem história,

corrupção com vitória,

o crime que compensa,

a manipulação da imprensa,

o sonho feito de cristais,

como promessas sagradas

dos amantes e dos casais.

 

Ainda existe

a vergonha da esmola,

a escola sem lição,

país sem educação,

criança sem livro,

rei fajuto de camisola,

a justiça da pistola,

o cruel capital,

o empreiteiro pardal,

o ladrão de gravata

o coronel da chibata,

o amolador de navalha,

o ferreiro do fole

e o político canalha.

 

Não existe

relógio sem hora,

piora sem melhora,

cordel sem rima,

cantador sem viola,

presente sem passado,

chato que não amola,

sandália sem poeira,

cavalo sem crina,

cidade sem feira

país sem hino,

nem vida sem sina,

romaria sem peregrino,

e criatura sem destino.

OS VEXAMES DO BRASIL NO EXTERIOR

Soberania nacional, valores morais, família, pátria, massa de manobra, amarras ideológicas, combate à corrupção e socialismo derrotado pelos militares em 1964 foram os termos mais usados, em tom agressivo, pelo capitão-presidente em seu discurso de abertura dos debates na ONU. A sua fala foi mais um vexame para o nosso país no exterior, e uma vergonha para os brasileiros que estão sendo vítimas de piadas e chacotas.

Fora de contexto, e de viés fascista ultraconservador, inclusive com ofensas a chefes de Estado, foi um pronunciamento desprovido de conteúdo do que o governo vem fazendo pela preservação da Amazônia, do meio ambiente em geral, pela defesa dos direitos humanos e o que o país tem a oferecer aos seus parceiros em prol da redução do aquecimento global, de modo a acalmar os mercados que receiam se afastar dos acordos firmados na Europa. Outro vexame passou seu ministro do Meio Ambiente que nem o deixaram falar na comissão do clima! Horrível!

QUEM É ELE?

Quem é ele para falar em soberania e pátria quando anuncia vender nossas estatais, inclusive a Petrobrás, e o nosso patrimônio, para os capitalistas ianques e seus associados a preços de banana? Bate continência para a bandeira norte-americana e comunga das mesmas ideias do maluco Donald Trump.!

Quem é ele para falar de corrupção, família e valores morais quando seus próprios filhos estão envolvidos em maracutaias de fantasmas e rachadinhas na Câmara e na Assembleia do Rio de Janeiro, e o chefe tudo faz para atrapalhar as investigações e jogar a sujeira debaixo do tapete? Em conluio com suas bancadas ruralistas, evangélicas e da bala na Câmara (leis de abuso de autoridade e de anticrimes), seu governo está acabando com a Operação Lava Jato, tendo como mentor o ex-juiz e ministro Sérgio Moro.

Seu governo continua fazendo o mesmo dos anteriores, que ele chama de esquerda socialista desastrosa, no toma lá dá cá político do Congresso Nacional, para aprovar suas medidas direitistas e conservadoras, inclusive o nome por ele, exclusivamente, indicado do Procurador Geral da República e do seu próprio filho para ser Embaixador nos Estados Unidos.

Quem é ele para falar de amarras ideológicas e massa de manobra (velho chavão muito usado no passado pela própria esquerda comunista) quando expõe em público sua linha autoritária fascista e usa uma índia na ONU como “representante” das tribos indígenas, que contestaram sua presença?

E A ÍNDIA, NÃO FOI MANOBRADA?

Diz que o cacique Raoni está sendo usado como massa de manobrar para governos europeus atacar a nossa soberania nacional, como no caso do francês. A índia, por ele manobrada, defende a mineração e a produção agrícola por terceiros nas próprias reservas indígenas. O que é para ele coerência, contradição e ideologia? Na sua concepção, ditadura só existe de esquerda. Ou ele diz coisa sem coisa porque é mesmo despreparado e imbecil!

Quem é ele para criticar com agressividade o socialismo e dizer que os médicos cubanos vieram trabalhar no Brasil como escravos, quando o próprio, que se acha defensor da soberania, abre brechas para o capital nacional e estrangeiro explorar, impiedosamente, nossos trabalhadores, tornando-os escravos dos senhores patrões, num universo de mais de 13 milhões de desempregados e outros milhões vivendo do subemprego como serviçais, num ambiente desumano e humilhante?

Tudo está bem escancarado e à vista de uma oposição cega, surda e muda que nada vê, nada escuta e nada fala, enquanto o Brasil passa vexame e vergonha no exterior, e ficando cada vez mais isolado das outras nações do mundo, por causa do seu retrocesso social, político e econômico, incluindo aí os cortes de verbas na educação e na pesquisa.

Até quando ele vai nos ofender com suas declarações racistas, preconceituosas e retrógradas de defesa da ditadura (não existiu para o capitão Bozó) e dos torturadores, causando perplexidade no exterior? Não é somente a oposição, o povo brasileiro não se indigna e nem reage, enquanto ele e sua tropa vão traçando e impondo sua linha nazifascista.

 

SPARTACUS E A GUERRA DOS ESCRAVOS

Muitos já devem ter assistido o famoso filme “Spartacus”, de Stanley Kubrick, baseado numa história real da escravidão romana pelos idos dos anos 71 a.C., do livro de Howard Fast (1914-2003), um judeu que foi militante político contra a opressão e as injustiças. O livro foi adaptado para o cinema em 1960.

Numa linguagem dinâmica e poética, a narrativa da obra prende o leitor do início ao fim, com passagens fortes sobre os escravos que se rebelaram contra seus senhores opressores. Seu líder “Spartacus”, um trácio, conseguiu reunir mais de 70 mil escravos para guerrear por uma Roma livre e justa onde todos teriam os mesmos direitos.

Prisioneiros de guerra

Diferente da escravidão no Brasil, mais de mil anos depois, cujos negros eram apanhados e comprados no continente africano e transportados em navios negreiros, os escravos romanos eram, na verdade, povos das províncias da Europa (celtas, gauleses, germanos e outros), Ásia Menor e do Oriente, como do Egito, que se tornaram prisioneiros de guerra, ou foram subjugados durante a formação do Império Romano.

Tanto aqui como lá, os escravos eram duramente castigados, e fica difícil avaliar a dimensão maior ou menor das torturas impostas. No Império Romano muitos deles eram levados acorrentados para as minas escuras de ouro e cobre, e passavam muito tempo sem ver a luz do dia, nus e pouco se alimentando, inclusive crianças obrigadas a entrarem em lugares estreitos. Nem precisa dizer que milhares delas morriam, tais como os adultos.

Em Roma daquela época, aqueles que se rebelavam eram crucificados e pendurados nas cruzes, geralmente às margens das estradas para servirem de exemplo para os outros. O autor do romance narra, poeticamente, com detalhes, essas cenas degradantes e horríveis numa viagem feita por amigos, de Roma para Cápua, uma cidade muito bonita e cobiçada pela fabricação de seus finos perfumes.

Como relata Howard Fast, os escravos mais fortes e de alto vigor físico eram comprados por treinadores de gladiadores e levados para as arenas romanas, para lutarem, como forma de divertir e entreter o povo que era servil ao governante ou imperador. Numa luta de espadas entre dois gladiadores, ou através de bigas, só um deles sobrevivia. Existiam também negros escravos trazidos da região de Cartago (Tunísia) que usavam redes nas lutas.

Além de Spartacus, sua mulher e seus companheiros lugares-tenentes (Judéia, África e da Gália), de propósito para a obra se tornar mais realista com o tempo, o autor utiliza jovens em viagem, um general, um treinador de gladiador, um tribuno, o próprio Cícero e gentes pobres do povo como principais personagens, mostrando, cada um, seus pontos de vista sobre a política romana, orgias da época, corrupções e as canalhices daqueles que estavam no poder.

“A estrada foi aberta em março e dois meses depois, na metade de maio, Caius Grassus, sua irmã Helena e a amiga Cláudia Marius prepararam-se para passar uma semana com parentes em Cápua”… “As duas moças viajavam em liteiras abertas, cada uma carregada por quatro escravos estradeiros que podiam fazer 15 quilômetros num andar suave, sem descansar.”

Souberam antes de partir que iam passar por alguns pontos de punições, que, na verdade, eram as crucificações de escravos. “Nós olharemos apenas para a frente” – disse Helena. Mal se notava um corpo nu masculino pendurado nela.

Acompanhe nos próximos capítulos as narrações fascinantes do autor que descreve as penúrias dos escravos nas minas da Núbia, e a revolta deles, comandada por Spartacus que, com seu exército, venceu muitas batalhas contra os romanos e, por pouco, não invadiu e derrubou o Senado e todo o poder de Roma.

OS CARROS-PIPAS ENTRAM EM CENA

Praticamente a metade dos 417 municípios baianos estão em estado de emergência por causa da seca que voltou a castigar o semiárido que há anos sofre com as estiagens, fazendo entrar em cena os conhecidos carros-pipas, famosos por serem barganhas de votos nos anos eleitorais na chamada “indústria da seca”

Fotos de Jeremias Macário

Na região sudoeste, por exemplo, a situação é bem crítica, principalmente nos municípios de Anagé, Tanhaçu, Brumado, Aracatu, Presidente Jânio Quadros, Maetinga, Condeúba, Cordeiros, Belo Campo, Tremedal e Encruzilhada onde passei neste final de semana e vi de perto a penúria do sertanejo para salvar o resto de seus rebanhos, porque as lavouras se foram.

A paisagem cinzenta

É muito triste ver o verde do sertão ceder lugar para o cinzento dos galhos secos das árvores, e o gado berrando de sede porque os poços, barragens e tanques não têm mais água para os animais, depois de mais de cinco meses sem chover, como confirmou um senhor de Encruzilhada que estava nas margens da estrada pastoreando suas cabras que ainda comiam um resto de bagaço.

Só o mandacaru verde consegue sobreviver na paisagem estorricada, e os mais persistentes se mantém ao seu torrão na espera da graça da chuva que o Deus mandará. Muitos não aguentaram e partiram para outros lugares na busca de um trabalho para matar a fome. O carro-pipa, mandado pelos governantes, demora de chegar e não dá para atender a demanda de todos.

Em passagem por Encruzilhada neste final de semana lembrei dos meus tempos de repórter na ativa quando saia para fazer coberturas jornalísticas sobre a seca neste sertão da Bahia, e sentia o sofrimento do pequeno agricultor para atravessar os períodos de estiagem prolongada. Muitas vezes cheguei a entrar nas cozinhas rústicas de fogão a lenha e só via uma panela cozinhando uns caroços de feijão para o “almoço” de meio-dia.

Os tempos passaram, e a situação continua a mesma, sem uma solução onde o homem possa conviver com a seca. Os governantes só fazem prometer. Passa eleição e o quadro só faz piorar a cada ano de seca.  Os projetos ficam pela metade porque a corrupção leva a outra parte. Os carros-pipas nunca saem de cena. Aliás, bem que já poderiam ser tombados como patrimônio nacional. Uma vergonha!

A ESCORCHA NOS PREÇOS DA GASOLINA

É uma vergonha! Ninguém consegue conter o cartel da gasolina em Vitória da Conquista, e os consumidores não têm mais a quem apelar. Foi só a Petrobrás reajustar os preços nas refinarias, e no outro dia muitos postos já estavam com novas tabelas de aumento, mesmo com estoques anteriores adquiridos pelo custo inferior ao anunciado pela estatal nesta semana.

É muita ganância dos empresários do setor, que montaram uma verdadeira escorcha nos preços dos combustíveis na praça de Conquista, considerados um dos maiores do estado, como já ficou comprovado em pesquisas feitas pela Câmara Municipal e pelo testemunho de cidadãos que sempre estão viajando em trabalho e em atividade de lazer.

Não é justificável

O pior de tudo é que esta escorcha não é justificável porque os comerciantes adquirem o produto nas unidades de distribuição de Jequié a uma distância de 150 quilômetros, portanto, um frete bem menor que cidades da região, para não citar outras fora do nosso perímetro. Eu mesmo comprovei isso há pouco tempo quando em viagem para Juazeiro, passando pela Chapada Diamantina até o norte da Bahia.

É um absurdo o está acontecendo! A Câmara de Vereadores de Conquista, juntamente com o Ministério Público, OAB e outras instituições, prometeu dar uma resposta através de uma comissão de inquérito, mas continua o silêncio que perturba o espoliado consumidor que não tem a quem mais recorrer, a não ser ao Papa, ou ao bispo da arquidiocese que está mais perto de nós.

Fizeram tanta zoada no legislativo municipal e na mídia, em forma de denúncias, que todos acreditaram que agora o cartel e a escorcha seriam quebrados, com multas e penalidades pelo crime contra nossa economia. Como tudo neste nosso Brasil de conluios e conchavos, até agora não deu em nada.

Com o novo aumento nas refinarias, o litro da gasolina na cidade já está beirando os R$4,90 e os R$5,00 o litro, e não adianta pesquisar e andar muito porque a diferença é coisa de dois ou três centavos. Por que os preços dos combustíveis em Conquista são tão altos?  Será que é por causa do poder aquisitivo da população? Porque aqui é uma suíça baiana, como muitos chamam!

Uma cidade cara

Aliás, não é somente a gasolina. Nos últimos anos, Vitória da Conquista tornou-se em uma das cidades da Bahia mais caras para se viver, talvez a mais. Muitos produtos e serviços, como o seguimento imobiliário, aqui ofertados se igualam aos de Salvador em termos de custos. Até há pouco tempo, Conquista tinha fama de ter um comércio onde se adquiria mercadorias baratas, com preços mais baixos, em conta. A cidade cresceu e isso já não existe mais, por conta da ganância capitalista, como ocorre no caso dos combustíveis.

Assim fica difícil atrair turistas e visitantes como porta de entrada para cidades da Chapada Diamantina, conforme é intenção de um movimento de empresários, principalmente com o novo aeroporto que logo vai estar defasado. Não é somente o aeroporto que vai trazer mais desenvolvimento. Sempre tenho dito que Conquista precisa ser repensada em muitos pontos, inclusive a nível cultural, para atrair mais investimentos e gente de outros estados.

Mas, o nosso caso específico é o alto preço da gasolina, considerado um escândalo, e que está deixando muita gente de cabeça quente e sem dormir direito, especialmente taxistas, aplicativos do Uber, prestadores de serviços de transportes e vendedores que sempre estão viajando para comercializar seus produtos. Para o pobre do tipo classe média baixa, está difícil manter um carro em Conquista com esse cartel da gasolina.

POUSANDO PRA FOTO

Essa é “cria” do quinta,l e é tão mansa que virou modelo fotográfico. Essa foi um dos flagrantes do jornalista Jeremias Macário. Vive entre as plantas e passeia nas hortas se alimentando de insetos, e até  de folhas. Já alertei para não subir no telhado por causa da infernação dos gatos do vizinho. É parente do jacaré, quiçá dos dinossauros, a chamada lagartixa que é muita encontrada no agreste do nosso sertão. É, normalmente, arisca, mas essa do nosso  quintal gosta de ouvir música e pousa até pra foto. Adora ser fotografada, como se vê na imagem.

VIAJANTE

Poema de autoria do jornalista Jeremias Macário, que faz parte do livro “ANDANÇAS”

Vou tocando meu caminhão,

cortando o asfalto desse chão,

seguindo sem mais ninguém,

vou levando a minha carga,

para outro lugar do além.

 

Essa estrada maluca,

queima a nossa cuca,

e vou assim nas retas,

sumindo nas curvas,

ouvindo as ondas longas,

e deixando as turvas.

 

Vou por aí tocando,

minhas duras lutas,

nas frenéticas disputas,

namorando prostitutas,

conhecendo cidades,

valentes e covardes.

 

Meu abrigo é a boléia,

meu canto é da solidão,

onde guardo a amada,

levando minha carga,

de química e de feijão.

 

Pra bem longe vou levando,

sem saber quem eu sou,

e assim rodo sem destino,

rezando pro meu divino,

com meu jeito de latino,

sem rimar amor e dor.

VEREADORES DISCUTEM EMPRÉSTIMO DE 60 MILHÕES PELA PREFEITURA MUNICIPAL

Teve até críticas do eleitor do capitão-presidente Bolsonaro, o Bozó, por parte do vereador David Salomão (surpresa na plateia), se posicionando contra o corte de verbas na educação, enquanto, conforme declarou, o Congresso Nacional pretende aumentar os recursos do Fundo Partidário para as próximas eleições municipais, “o que é uma canalhice” – bradou o parlamentar, mas o tom das conversas que dominaram ontem (dia 18/09) na sessão da Câmara foi o empréstimo de R$60 milhões que a Prefeitura Municipal quer contrair com a Caixa Econômica, para obras nos bairros de Vitória da Conquista.

Na busca pela aprovação do projeto do executivo, a bancada da situação ao governo argumentou que o empréstimo é necessário, e vai beneficiar muitos bairros pobres da cidade em obras de pavimentação de ruas, drenagens, reforma do Estádio Murilão, na zona oeste,  e serviços de iluminação para o município (R$10 milhões), principalmente, mas a oposição coloca a questão do endividamento como ponto a ser analisado, e que só vai votar depois que tiver mais esclarecimentos e transparência onde o dinheiro vai ser aplicado.

Onde serão investidos

Outro questionamento da oposição é quanto os R$45 milhões que já foram tomados, e ainda não houve uma prestação de contas, nem foram totalmente investidos e pagos. Os vereadores oposicionistas têm receio de um alto endividamento do município. O vereador Valdemir Dias, do PT, por exemplo, afirmou que quer saber onde esses recursos serão investidos, e aproveitou para denunciar a péssima situação da Lagoa das Bateias, também assunto de duras críticas por parte do seu colega Cícero Custódio.

Outro que questionou o empréstimo foi Coriolano Moraes, também do PT, destacando que o executivo municipal não concedeu aumento salarial aos servidores, e agora solicita da Câmara aprovação para um empréstimo de R$60 milhões. Segundo ele, tem que haver responsabilidade econômica para que, no futuro, os vereadores não sejam chamados de culpados.

Do mesmo partido, a parlamentar Viviane Sampaio rebateu críticas do colega Jorge Bezerra, que achou que os contrários ao projeto estavam sendo hipócritas, quando se está falando em beneficiar as comunidades mais carentes. Ela usou o termo para diferenciar de responsabilidade. Rodrigo Moreira disse que não se pode fechar os olhos para o problema do endividamento, também concordando no sentido de que haja responsabilidade na votação.

Além de citar que o salário mínimo fixado pela Constituição não dá para atender as necessidades do trabalhador, e apontar que hoje os brasileiros estão morrendo nas filas dos hospitais por falta de atendimento, mas que o governo federal tem dinheiro para dar para político fazer eleições, David Salomão enfatizou que a Câmara aprova os R$60 milhões quando o prefeito prestar contas dos R$45 milhões, chamando de desastrosa a atual administração pública. O parlamentar Danilo Kiribamba denunciou que a saúde de Conquista se encontra na UTI, acrescentando que o Hospital de Base só vive superlotado.

A vereadora Lúcia Rocha, da situação, elogiou o trabalho de pavimentação que a Prefeitura Municipal vem realizando no Bairro Conveima, e anunciou que o prefeito prometeu construir uma Feira Coberta no Vila América. Hermínio Oliveira adiantou que, em reunião com o prefeito Hérzem Gusmão, conversou sobre a criação de uma guarda municipal, com objetivo principal de proteger o patrimônio de Vitória da Conquista. Informou que o projeto do poder público será apreciado pelo legislativo agora em outubro.

 

OS REVOLUCIONÁRIOS IRMÃOS ROMANOS NA LUTA POR UMA REFORMA AGRÁRIA

Desde a história da humanidade, todas as vezes que progressistas, ou as esquerdas tentaram se juntar às classes superiores capitalistas para criar leis de cunho social, para favorecer às camadas inferiores, terminaram sendo derrotadas por traição.

Um exemplo disso aconteceu há mais de dois mil anos, em Roma, com os irmãos Gracos quando decidiram implantar uma reforma agrária para distribuir terras do Estado aos proletariados. Acabaram sendo mortos numa trama armada pelos nobres e o Senado. No Brasil, tivemos inúmeros casos semelhantes onde as reformas sociais não vingaram.

Interesses familiares

Estamos em plena Roma do século II a.C. das variadas correntes do pensamento e dos reformadores nacionalistas amantes da Grécia. O grande mal, como explicitou o autor de “História de Roma”, M. Rostovtzeff, era o poder de uma classe única, de um pequeno grupo de nobres que só visavam seus interesses familiares.

Tudo isso levava a uma desmoralização da classe dominante corrompida que aceitava subornos e comprava votos nas eleições. Mera coincidência comparar esse quadro com o Brasil de muitos tempos e de hoje. Muitos procuravam um remédio para a moléstia, como Catão que queria afastar a influência grega, perseguindo os representantes da aristocracia governante.

MODERADOS E RADICAIS

Em meio àquela turbulência, Cipião e seus amigos propuseram medidas de reformas moderadas no sistema social e econômico, mas os radicais pensavam numa renovação da guerra entre as classes, onde o partido popular seria conduzido ao poder, como antes, pelos tribunos do povo, através do modelo ateniense, visando enfraquecer o Senado.

Todos partidos viam que o momento exigia reformas na vida social, especialmente na economia, onde havia uma expansão das grandes propriedades e redução das pequenas áreas. Diante disso, aumentava a população escrava e caia o número dos que formavam o exército, diminuindo o poder militar do Estado.

O sistema do trabalho escravo durante o governo de Tibério Graco (133 a.C.) representava um perigo, e os romanos tinham consciência disso, tanto que aconteceu uma grande rebelião deles na Sicília e na Ásia Menor. A lei de Licínio, aprovada no século IV e renovada no século II, limitando a área da terra pública que qualquer cidadão poderia ocupar, era uma letra morta.

Na Grécia era um costume confiscar os latifúndios e dividir entre os necessitados. Aqui no Brasil se tentou fazer isso, mas não se foi muito longe por causa da ganância e a reação das elites reacionárias. Em Esparta houve uma distribuição no século III a.C., feita pelos reis Agis e Cleômenes. Em Roma, as terras pertenciam ao Estado e tal medida seria viável, como alguns pensavam.

Na Itália, a questão dos aliados era importante, no sentido de obter o direito de voto, mas, com o tempo, tornava-se cada vez mais difícil por causa da negação do Senado e dos magistrados. Tudo foi feito para remover as dificuldades, mas sem resultados, o que provocou descontentamento e tentativas de revoltas armadas. Em 125 a.C., após a morte de Tibério, os revolucionários pelas mudanças, tendo à frente Fregelas e Ásculo, foram reprimidos.

A nobreza, como no nosso Brasil, mesmo sabendo dos perigos, não aceitava realizar as reformas necessárias para apaziguar os ânimos. Ela não cedia, temendo perder seus lucros. No entanto, alguns senadores mais jovens, educados pelas ideias democráticas gregas, estavam dispostos a realizar as reformas.

OS IRMÃOS GRACOS

Um desses senadores, hábil e íntegro, foi Tibério Semprônio Graco, embora de família plebeia, galgou a aristocracia na vida pública. Seu pai teve uma carreira gloriosa, e sua mãe pertencia à casa dos Cornélios Cipiões. Ainda jovem, aos 15 anos, Graco lutou em Cartago. Em 137 foi eleito questor com a idade de 25 anos, e enviado à Espanha com o cônsul Caio Mancino, o qual o obrigou a assinar um acordo vergonhoso de rendição para salvar o exército.

Mesmo assim, ao retornar a Roma, aliou-se ao grupo dos reformadores do Senado, liderados por Ápio Cláudio e Públio Grasso. Casou-se com a filha de Ápio e, seu irmão mais novo Caio, com a filha do outro líder. A parir de seus argumentos, Tibério preparou um projeto, cuja finalidade era melhorar a qualidade do exército. Para atingir seu objetivo, procurou melhorar as condições dos camponeses romanos, concedendo terras aos cidadãos.

Assembleia Popular e a lei agrária

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