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:: ‘Notícias’

“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO” (III)

Ao ler o livro “e a Bíblia tinha razão” deu-me a sensação de que o título poderia ter um “não” no que concerne a fatos que não tiveram relações sobrenaturais e outros relatos compilados de culturas antepassadas bem distantes. O Antigo Testamento mostra um Deus punitivo, vingativo e arbitrário como os deuses dos sumérios, dos assírios, dos babilônios, macedônios e greco-romanos. Ele impõe vitórias e derrotas nas guerras.

No capítulo “Quatrocentos Anos de Silêncio”, o autor Werner Keller destaca que em 1280 a.C. os hititas e egípcios celebraram o primeiro pacto de não agressão e defesa mútua da história do mundo. Em “Trabalho Escravo em Piton e Ramsés”, Keller assinala que o rei não conhecia José do Egito porque este viveu séculos antes dele, no tempo dos estrangeiros hicsos.  A história do feiticeiro Balaão, a jamanta falante e de Jonas engolido por uma baleia são fábulas da Bíblia.

Os egípcios odiavam os filhos de Israel, insultavam e faziam-lhes passar uma vida amarga com penosos trabalhos de barro e tijolos na jornada para a Terra Prometida. No deserto, Moisés já conhecia muito bem a arte de tirar água da rocha. Ele aprendeu a fazer isso durante seu exílio entre os madianitas.

A sarça que ardia e não se consumia se tratava de uma planta de um metro de altura coberta de glândulas oleaginosas com ramas vermelhas, de óleo volátil que se evapora. Em plena floração a moita parece envolta em fogo por causa de seus óleos voláteis. Quanto as suas leis dos Dez Mandamentos, Moisés copiou muita coisa dos ensinamentos de Amenemope, no Antigo Egito.

Os doze observadores de Moisés, incluindo ai seu general Josué, que eram enviados à frente da marcha para reconhecimento da terra, trouxeram notícias ao chefe líder sobre cidades muradas, gigantes hititas e tribos dos amorreus, cananeus e amalecitas, raças estrangeiras que já habitavam a região. Quando o povo hebreu estava próximo, os amorreus, por exemplo, negaram a entrada pelo seu território.

Sem saída, Josué e seu exército teve de entrar na mão armada mesmo e ai se tornaram senhores da Jordânia até o Lago de Gnesaré. Conta a história que, tentando vencê-los, o rei Moab mandou “suas filhas” seduzir os filhos de Israel. Muita gente caiu na tentação e foi degolada e enforcada como castigo pelo pecado cometido. Com a expulsão dos hicsos, em 1550 a.C., a Palestina, então, passou a ser colônia do Egito.

Era a época de 1200 a.C quando o povo de Israel já estava estabelecido em Canaã. Neste tempo surgiu o ferro procedente dos hititas (primeiros fabricantes do mundo) e negociado pelos fenícios. As cervejarias floresciam no Antigo Oriente nas tavernas da Babilônia e em toda Mesopotâmia.

Foi também nesta época que os filhos de Israel sofreram perseguições e agressões dos filisteus. O primeiro rei Saul e seu filho Jonatas criaram as campanhas de guerrilhas para combatê-los. No entanto, os filisteus reforçaram suas tropas e o próprio Saul se matou. Israel inteiro foi ocupado por 40 anos de escravidão.

O rei David reconquistou a autoestima do povo, estendeu seu império até o rio Eufrates e construiu fortificações. No seu tempo, nenhuma nação se dedicou tanto à música como os habitantes de Canaã. Veio logo depois seu filho Salomão que se tornou rei do cobre.

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INUNDAÇÕES ENTRE RICOS E POBRES

Pobre não almoça, come. Um não tem como fazer dieta porque já vive nela por obrigação das circunstâncias. O rico é chic, mesmo sem dinheiro, mas o outro não consegue disfarçar suas origens depois de ficar endinheirado. Pobre não pode se dar ao luxo de ter doenças psíquicas, como traumas e lembranças ruins do passado. Pobre em avião é promoção e em carro de luxo é carona ou motorista do patrão.

Até nas tragédias pobres e ricos são diferentes. Percebeu nas imagens da tempestade do ciclone Harvey (até o nome!), nas cidades do Texas, nos Estados Unidos? Pois é! Agora é só passar os fleches das inundações e deslizamentos de terras ocorridos no Brasil, principalmente no Nordeste. Muita gente deixa seus barracos com trouxas de roupas e outros bagulhos em barcos velhos de madeira a remo.

Em Houston, nos EUA, as casas atingidas são bonitas com jardins, e as pessoas são amparadas em barcos galvanizados a motor. Muitas ambulâncias e carretas com equipamentos salva-vidas! As vítimas não  expressam muita preocupação com o desastre e poucos choram ou se lamentam com as perdas. Os locais de abrigo são amplos e limpos. Até a água que invadiu as ruas tem outro aspecto, limpa e sem lixo.

Nas entrevistas, os ricos de lá dizem que depois da catástrofe têm certeza de reconstruir suas casas e seus pertences. Os pobres do outro lado de cá derramam suas lágrimas porque não têm como recuperar os estragos. Os abrigos são sujos e logo aparecem diarreias, cóleras, dengues, zicas, leptospiroses e outros males das águas sujas dos esgotos e do lixo.

Inundação em locais de rico quase não se vê desabamentos de casas. Em áreas de pobre ela arrasta morros com moradores e tudo pela frente. Por fim ainda aparecem os corruptos para roubar os poucos recursos enviados pelo poder público e as ajudas dadas por voluntários.

Não é somente em casos de inundações. Outros fenômenos da natureza, como terremotos, deixam um rastro de destruição e mortes nas comunidades pobres por causa da estrutura deficitária. Basta um abalo e tudo cai.  Até o aquecimento global, provocado pela ganância dos ricos, castiga mais as regiões pobres do planeta com secas e outros efeitos destrutivos.

Pobre em vida só leva a promessa do reino dos céus pela resignação com os sofrimentos na terra. Pobre não é sepultado ou cremado. É enterrado em valas comuns. Em muitos casos de tempestades, rico é avisado com antecedência e sai de suas residências em seus carros confortáveis. Pobres são pegos de surpresa. Inundação de rico é outra coisa!

“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO” (II)

O autor Werner Keller nos conduz a uma viagem ao túnel do tempo desde 4.000 anos a.C no livro “e a Bíblia tinha razão”, que deve ser lido e relido para melhor compreensão do “Livro dos Livros”. A obra teve sua primeira edição publicada em 1958 e é um apanhado das pesquisas feitas por cientistas, arqueólogos, geólogos e historiadores que procuraram desvendar os mistérios dos escritos cuneiformes da Bíblia e comprovar se Ela, diante de tantos questionamentos, tinha mesmo razão.

Muitos fenômenos e hábitos culturais das antigas civilizações foram acoplados pela Bíblia, muitos tidos como da providência milagrosa divina. Vários cientistas e arqueólogos deram outra conotação de cunho natural. Nas lendas e fatos aparecem personagens parecidas, de tempos bem mais distantes aos citados pelo Livro. De qualquer forma, o autor nos transporta a uma viagem pelos reinos e deuses da Suméria, Babilônia, Macedônia, Síria, Persa e Greco-Romana.

Na introdução do seu livro, o escritor nos relata que a porta para o mundo histórico do Antigo Testamento foi aberta em 1943 pelo francês Paul-Émile Bota. Nas primeiras escavações, na Mesopotâmia, a arqueologia se deparou com imagens de Sargão II, o rei assírio que despovoou Israel e levou seu povo em longas colunas. Dos Assírios, o Antigo Testamento cita o famoso e feroz Senaquerib que sitiou Jerusalém; Asaradon; e Assurbanipal, o rei incentivador da literatura e da cultura.

Lá nos achados está a Babel com sua esplendorosa torre. Foram ainda encontradas as cidades escravocratas de Piton e Ramsés, as cavalariças do rei Salomão com seus 12 mil soldados, as construções do rei Herodes e a plataforma onde Jesus esteve diante do procurador Pôncio Pilatos. Do Antigo Testamento muitas descobertas, e nem tanto sobre o Novo Testamento.

Werner Keller descreve a região do “Fértil Crescente” (rios Tigre e Eufrates) e o advento dos patriarcas, de Abraão a Jacó, desde a Idade da Pedra à Idade do Ouro. São também narradas as lendas (epopeia) de Gilgamés (Guilgamech) que são delícias para se ler, numa linguagem poética e contagiante. Nelas está a passagem do Dilúvio dos sumérios escrita em acádico.  São histórias cheias de emoção sobre os reinos dos reis da Suméria e Acad (1960 a.C),  a dinastia da Babilônia (1830 a 1530 a.C.), a família do patriarca Abraão e o famoso Hamurabi.

“Exterminarei da superfície da terra todos os seres que fiz”. Deus se arrependeu da criação? “E passados os sete dias, caíram sobre a terra as águas do dilúvio”. O autor fala dos sumerianos e dos túmulos reais de Ur. Enquanto o túmulo era fechado, os súditos do rei, lá dentro, oravam pedindo o último repouso para o senhor morto. Tomavam drogas, reuniam-se em volta dele e morriam, voluntariamente.

Na Biblioteca de Nínive, construída pelo rei Assurbanipal, no século VII a.C., foram encontrados 20 mil textos em barro. Dentre as inscrições cuneiformes da tabuinha XI está lá a epopeia de Gilgamés no encontro com o imortal Utnapistin (fiel adorador do deus Ea) quando o rei quis saber sobre o mistério da vida. Ele queria também ser imortal.

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TROFÉUS A SEREM CRIADOS COM UEGÊNCIA

Sérgio Fonseca

e-mail: serioja.fonseca@hotmail.com

Carcará, caracara planus,ave de rapina da família dos falconídeos. O carcará é predador de outras aves, roedores,invertebrados e até mesmo carniça. Onívoro e bastante oportunista, aproveita todas as fontes de proteína disponíveis, ou seja,”come de tudo”. Fica nas proximidades dos ninhais para comer restos de comida caídos no chão ou filhotes, deixados sem a presença dos pais. É extremamente voraz e cheio de manobras para obter proveitos que redundem na sua tão variada alimentação.

O que esta ave está fazendo nesta crônica? Simplesmente servindo de exemplo, para enfatizar a semelhança com a fauna brasiliense, notadamente alguns animais que fazem parte do Executivo, do Judiciário assim como muitos próceres empresariais que delinquiram.

Baseado no comportamente desses três tipos da fauna citada, este cronista sugere a criação do “Troféu Rapinagem”para premiar aqueles indivíduos que mais se destacarem  em priorizar seus interesses particulares ou interesses corporativos do grupo a que pertencem , desprezando quase completamente os interesses e anseios da parte da população que os elegeu e paga seus salários, regalias e benesses.

Para premiar esse nada abnegado comportamento, proponho que sejam criados os troféus “Carcará de Ouro”, “Carcará de Prata” e “Carcará de Bronze”. Serão considerados elegíveis os lavajatistas já arrolados e autoridades que desmereceram os cargos que exercem. Minha sugestão é que a lista dos elegíveis sejam compiladas e julgadas  por entidades isentas, como OAB ou a associação dos funcionários  do Ministério Público Federal.

E para os congressistas, nada? Tudo! Minha sugestão  é a criação do “Troféu Al Capone de Safadeza Parlamentar.Os troféus serão a “Tornezeleira de Ouro”, a “Tornozeleira de Prata”e a “Tornozeleira de Bronze”Os juízes seriam os mesmos do Prêmio Rapinagem . Entre os parlamentares há tanto lavajatistas que o processo de seleção seria mais demorado.  A propósito, os congressistas que vem criando legislação para obstaculizar a Lavajato, já seriam membros natos para o “Troféu Al Capone”.

Tanto os premiados com o “Troféu Rapinagem”, como aqueles do “Troféu Al Capone” serão presenteados com livro sobre Ética, há vários e muito bons nas livrarias. São de diversos autores  e legíveis até mesmo por semi-analfabetos políticos.

Esta terra de Pindorama atravessa, com certeza, a sua maior crise política, moral e econômica. Os períodos de crise são propícios a todos os tipos de mudança, tanto para o bem como para o mal . Nossas autoridades assim como os políticos, ao invés de se achegarem  mais ao povo, consultando os desejos e esperanças  daqueles que os elegeram na última eleição,tem como bússola, unicamente a sua própria reeleição, custe o que custar. Esse é o motívo do nascimento de tantas sugestões esdrúxulas como distritão, distrito misto, parlamentarismo. Só está faltando a proposta de se restaurar a monarquia.

Os eleitores, entretanto, estão totalmente descrentes dos dinossauros do Planalto Central. Já descobriram que os políticos, na realidade não os representam. Querem caras novas e mudanças radicais. O escritor português Eça de Queiroz (1845-1900) já dizia que “De tempos em tem é necessário mudar as fraldas e os políticos. Os motivos são os mesmos”.

“E A BÍBLIA TINHA RAZÃO”

Pela metade do século XIX e início do século XX, principalmente, arqueólogos, pesquisadores e historiadores franceses, alemães, norte-americanos e ingleses realizaram com maior intensidade escavações nas regiões da Mesopotâmia (Fértil Crescente dos rios Tigre e Eufrates), na Terra Santa (Israel e Palestina), junto ao Nilo, no Egito, nas margens do Mar Morto e do Mediterrâneo, e até na Síria, que depois vieram comprovar lugares, fatos e acontecimentos citados pela Bíblia, o Livro dos Livros, hoje traduzido por cerca de 1.200 línguas.

Mais tarde, reunindo todos estes achados e descobertas científicas, o historiador Werner Keller, num árduo trabalho de estudo, publicou, em 1955, a primeira edição de “E A Bíblia Tinha Razão”, revisada em 1978 por Joachim Rehork. Em março de 1981 saiu a 11ª edição com quase 400 páginas, repletas de ilustrações, fotos e mapas dessas antigas civilizações e dos grandes patriarcas, desde Abraão.

Li a obra sem pressa, mesmo porque é um assunto que muito me interessa e me deixa fascinado. Diante de todas as ocorrências ao longo dos séculos, o autor procura defender sua teoria de que a Bíblia tinha mesmo razão, apesar de deixar muitas dúvidas pelo caminho. Senti muito forte o cheiro da fé religiosa em suas convicções.

Porém, na minha leitura, o “Livro dos Livros” se apropriou de muitas lendas, mitologias de deidades sumérias e babilônicas, de fenômenos da natureza e fatos reais contados por aquelas tribos primitivas, para transformá-los em milagres de Deus e assim reforçar e fortalecer sua existência de uma divindade única perante o povo hebreu de Moisés que “caminhava perdido” pelo deserto.

Alguns povos antigos, como os babilônios, adotavam um deus supremo (Marduck) que comandava todos os outros. No cristianismo e no judaísmo, especialmente, existe um só Deus, mas na evolução do catolicismo foram criados outros deuses, os santos diversos, aos quais os fiéis recorrem quando deles necessitam para ampará-los nos momentos difíceis.

Cochonilhas com excreções de maná

Formações vítreas claras num galho de tamargueira, carregado de cochonilhas. São galhos de maná (mannit)

O dilúvio narrado pela mitologia suméria há 4.000 anos a.C. que inundou a Mesopotâmia, pelas indicações científicas, foi a passagem de tufões, ou furacões pela região com tempestades e chuvas torrenciais nunca vistos. A história é citada no livro de Federico Arborio Mella em “Dos Sumérios a Babel” através das 12 tabuinhas cuneiformes durante a epopeia do rei Guilgamech, da cidade de Uruk.

Diz a mitologia que Enqui, o deus do Abismo, convidou Utnapichtim a construir uma embarcação capaz de carregar a semente da vida de cada espécie. “Construa rápido o barco e leve-o no mar de águas doces, carregando-o com o que for necessário”. Depois da tormenta de doze horas duplas, vi despontar no horizonte uma ilha. Minha nau ficou encalhada sobre o monte Nissir durante seis dias. No sétimo, tomei uma pomba e deixei-a partir… – conta Utnapichtim que, como sobrevivente, ganhou a imortalidade.

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“A SOLUÇÃO É ALUGAR O BRASIL”

“Nós não vamos pagar nada. A solução é alugar o Brasil. A Amazônia é o jardim do quintal. Este imóvel está pra alugar”.  Assim dizia o nosso cantor, poeta e compositor Raul Seixas com suas tiradas visionárias e realistas sobre o nosso país destroçado e roubado por estes cafajestes salteadores da coisa pública.

Portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e outras empresas estão sendo vendidas a preço de banana para pagar a má gestão e a roubalheira praticada por mais um governo fascista. Agora vão meter a mão na Eletrobrás depois que dilapidaram e deixaram um rombo de bilhões de reais. Já estão acabando com a Petrobrás, criada em 1953 com o dinheiro do povo.

Com a maior cara de pau e cinismo este governo não tem a mínima vergonha de dizer que a intenção é baratear as contas de energia. É mais um grande calote e engodo como fez o governo de Fernando Henrique Cardoso quando privatizou bancos, telecomunicações e empresas de energia.

Como é monstruosa a face do fascismo brasileiro atual que mal está dando o circo para o povo! Pior do que o nazismo e o fascismo de Hitler e Mussolini que, pelo menos, dava circo e pão, como nos tempos dos imperadores romanos e de Maria Antonieta, na França, que mandou servir brioche para os famintos.

Aqui estão nos chicoteando e nos colocando no mourão como escravos, através das reformas trabalhista e previdenciária, aplaudidas, é claro, pela a elite burguesa e os parlamentares que hoje mostram suas garras de direita conservadoras, sem nenhum receio. O chamado baixo clero que até há pouco tempo vivia como uma sombra, de uma hora para outra virou alto clero e reforçaram suas bancadas da Bala, da Bíblia e do Boi.

Os programas sociais e assistencialistas essenciais estão sendo cortados, como saúde, educação, ensino básico e até o pão de cada dia. Como gado, o povo está sendo encurralado e sendo levado para os matadouros. A grande rede manipuladora de televisão faz seu jogo tendencioso e ilude o povo inculto, apoiando o rol de privatizações e amordaçando a informação.

Lá se vão os últimos fios de esperança que ainda se tinha da nação. Agora é praticamente uma carcaça, cuja carne está sendo toda devorada pelos abutres e as hienas. Por todos os dias só ouvimos deles mentiras deslavadas, como a de energia mais barata com a próxima privatização da Eletrobrás. A Petrobrás já está sendo esquartejada e dizem que é para baixar os preços dos combustíveis.

FUNDAC LANÇA EDITAIS

A Fundação da Criança e do Adolescente – Fundac, lançou nesta quinta, 17, edital de chamamento público para parceria de gestão e execução de medidas socioeducativas de semiliberdade nos municípios de Feira de Santana, Itabuna, Vitória da Conquista e Salvador.

Somente serão aceitas projetos apresentados pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, consideradas como Organização da Sociedade Civil – OSC, nos termos da Lei 13.019/2014 e que tenham, dentre as suas finalidades, as atividades relacionadas e descritas no edital e com atuação comprovada em gestão e administração de serviços públicos e/ou privados. Também são requisitos do edital habilitação técnica, jurídica, qualificação econômico-financeira e regularidade fiscal

Confira os editais: http://bit.ly/2w8Jfe9

ASSIM SÃO “OS DEUSES” INTOCÁVEIS

“Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador” – Paul Valéry

Existe maior ironia, contradição e paradoxo do que um deputado, senador ou magistrado da República maltratada criticar o Executivo e cobrar dele corte de gastos públicos para reduzir o déficit fiscal do país? Não existe mais vergonha. Está rindo do quê, aí?  Cá, estou deprimido.

Mesmo contra toda ira do povo, esses “deuses” intocáveis continuam mantendo suas benesses e mordomias e fazendo reformas políticas capengas, arrancando mais de quatro bilhões de reais da nação para financiar suas campanhas.

Confesso que não me apetece mais falar deste assunto porque me dá náuseas, mas a revolta é maior e supera a escolha. Entre os povos antigos da Mesopotâmia (Assírios e Babilônios), Celtas, Cartagena, Maias e outros, quando as coisas não iam bem, a colheita era fraca e sofriam derrotas nas guerras, os sumos sacerdotes sacrificavam animais e seres humanos nos templos para aplacar a ira dos seus deuses. Eram rituais macabros.

Mesmo com realidades e tempos totalmente diferentes, aqui no Brasil o povo continua sendo convocado aos altares dos sacrifícios para derramar seu sangue como se tivesse praticado alguma heresia ou pecado contra os “deuses”, barões, coronéis e reis governantes que regem os destinos do país.

Dos seus olimpos dos prazeres e das orgias eles mandam raios e tempestades, mas a população está irada e não suporta mais tantas imolações de inocentes. Este jogo pode virar e os “deuses” serem eliminados e esquecidos para sempre.

Como se fossem “deuses” intocáveis, o Congresso Nacional, Judiciário e outras classes privilegiadas, como os militares, sempre ficam fora dos cortes de despesas públicas. Eles esbanjam, e os súditos cobrem os rombos com suas próprias vidas.

O Executivo não toca nesta casta porque dela é refém para o “toma lá dá cá” bem escancarado. O mercado financeiro, as grandes fortunas e os supersalários são outros “deuses” intocáveis a quem o povo faz sacrifícios de morte.

Esses deuses deviam, pelo menos, se calar para não provocar mais raiva. Agora mesmo, o mordomo-chefe e sua cúpula, depois de saírem por aí distribuindo emendas parlamentares, num montante de oito bilhões de reais, e cargos para pagar votos em suas defesas, impõem severos cortes aos empregados do seu poder, deixando, como sempre, o Legislativo e o Judiciário de fora. Estão sendo negados os serviços necessários e mais urgentes, como nas áreas da saúde, educação e segurança.

Das medidas insignificantes para cobrir o rombo nos cofres públicos de cerca de 160 bilhões de reais, nenhuma atinge os “deuses” intocáveis. O negócio é ir empurrando com a barriga e todo corpo para o próximo aventureiro que vier. O futuro será ainda mais ingrato e tenebroso. Quem viver verá a bagaceira!

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BASTA DE BENESSES, CHEGA DE MORDOMIAS!

 

Sérgio Fonseca

e-mail: serioja.fonseca@hotmail.com

A nossa sociedade paga demais a muitas pessoas, que pouco fazem, no Executivo, no Legislativo e no Judiciário. Tanto na esfera federal, como na estadual e municipal. E, na realidade depois de serem eleitos como representantes do povo, a maioria vai batalhar mesmo é para a melhoraria de suas finanças pessoais ou aumentar sua participação pessoal em mordomias ou benesses como jatinhos da FAB, helicópteros governamentais, cartões corporativos, verbas de representação, auxílio moradia, auxílio alimentação e demais penduricalhos valiosos.

O site www.nossasaopaulo.org.br/portal/node4733 faz um precioso detalhamento sobre essa questão de mordomias e benesses. Em 2016, por exemplo, o veículos oficiais federais custaram, aos cofres públicos, R$1,6 bilhões. Nunca é demais lembrar que, na Holanda,os parlamentares não têm direito a carro oficial. O prefeito vai ao trabalho de bicicleta. Na Noruega, há 20 carros para atender ao governo e só o primeiro ministro  tem carro exclusivo.

Em Londres, o prefeito anda de metrô ou de bicicleta. Ele e os vereadores recebem vale-transporte anual para o metrô. Na Suécia, nem o primeiro ministro tem carro oficial. Se residirem a mais de 70 Km de Estocolmo, poderão pedir reembolso. Os parlamentares suecos têm direito a reembolso de combustível.

Na realidade, aqui no Brasil, encastelou-se no poder, uma classe de semi-deuses que, embora levantem o estandarte da defesa dos interesses do povo brasileiro,  na realidade – com pouquíssimas exceções – defendem mesmo são os interesses de corporações, sindicatos, associações de classe ou mesmo quadrilhas especializadas no assalto ao Erário Público em suas mais variadas formas.

O eleitor brasileiro precisa conscientizar-se, antes que seja tarde demais, de que é um cidadão de segunda categoria com direitos pouco atendidos . Qualquer tentativa de melhora de sua posição é impiedosamente destroçada e/ou  achincalhada pela maioria parlamentar como ocorreu, por exemplo, cm os mais de 2 milhões de assinaturas propondo mudanças radicais na legislação, propostas elaboradas pelo Ministério Público e pela própria população. Estas propostas foram acintosamente desvirtuadas pelos “pais da pátria”que não querem que mude a situação que tão grandemente os beneficia.

Tancredo Neves(1910-1985) frisava que “O Brasil de nossos dias não admite nem o exclusivismo do governo nem da oposição. Governo e oposição,  acima de seus objetivos políticos, têm deveres inalienáveis com o povo”.

Recentemente, o Executivo mandou para o Congresso – sugestão de Refis, boa para o governo e boa para os devedores – mas atendendo principalmente aos devedores, foi violentamente desfigurada pelos irresponsáveis parlamentares, que mascararam o perdão disfarçado de algumas dívidas. Uma total falta de vergonha e de espírito cívico.

O economista John Kenneth Galbraith (1908- 2006) já dizia que  “As pessoas com privilégios preferem arriscar a própria destruição que perderem um pouco de sua vantagem material”.

Como ladrões nas trevas, na calada da noite, o Congresso Nacional aprovou R$3,6 bilhões a serem gastos na campanha eleitoral de 20018. Ao invés de campanhas simples, os políticos mais uma vez estão jogando nas costas do contribuinte o pagamento de caríssimos marqueteiros e faraônicas campanhas eleitorais. Sem esquecermos que já há um fundo de financiamento de campanhas .

O novo fundo, que só vai beneficiar políticos e alguns de seus asseclas tem o altissonante nome de ” Fundo Especial de Financiamento da Democracia”. Se regulamentado, junto com o fundo já existente, totalizará R$4,47 bilhões. Gasto excessivo para este período da crise nacional. Por que deputado e senadores não resolvem, pelo menos uma vez por a mão no bolso e financiarem suas próprias campanhas?

Aliás, Raymond Poincaré( 1860-1934)ex-presidente francês, já dizia que “nenhum governo tem para dar, seja a quem for, um tostão que não seja tirado de alguém”. Acrescentamos nós, ainda mais em momento de crise brasileira.

 

 

 

LADRÃO QUE ROUBA LADRÃO…

“Os pingos da chuva fazem um buraco na pedra não pela violência, mas por cair com frequência” – Lucretius

A concorrência entre ladrões no Brasil está acirrada e deixando o mercado saturado. A competição não está moleza pra ninguém. Tem até meliante aí com medo de perder o emprego. O setor também sofre com a crise. Todas as cidades foram loteadas. Noutro dia, um ladrão disse para o outro: Cara se manda que este ponto já tem dono.

Os mais malandros estão alugando e terceirizando áreas, e aí o bandido tem que se virar para não ter prejuízo no final do mês. Como a situação está difícil, estão até adiando férias e folgas. Muitos ficam sem o décimo terceiro e outros benefícios. Tem ladrão demais no mercado. Muitos estão até tomando cursos de profissionalização para enfrentar as disputas.

Quando o cidadão não tem dinheiro na carteira, relógio, celular, e objetos valiosos, tem marginal fazendo acordo na boa com o cliente, do tipo vá em casa ou ao banco pegar a grana, dando desconto no assalto e até recebendo via cartão de crédito. O negócio é faturar, não perder a clientela para não ficar desempregado.

No alto Planalto de Brasília, a concorrência também é pesada, mas a coisa lá é bem diferente porque todos estão bem empregados com bons cargos e mordomias. No entanto, lá também tem organização criminosa e todos os pontos estão loteados e demarcados. Deputados, senadores e executivos se reúnem sempre para estabelecer princípios. Mesmo assim tem muita gente quebrando as regras e roubando ladrão.

Uma coisa muito marcante neste mercado de ladrões é o machismo. As mulheres sempre são jogadas de escanteio, alijadas mesmo do processo, principalmente em Brasília. Sempre estão dizendo que não sabiam de nada. Apenas gastavam em restaurantes e lojas de luxo com joias e roupas.

Viu na semana passada na televisão aquele diálogo: Oi, Pati, sou eu, a Tici! Estou ligando para dar meu apoio e dizer que estou do seu lado. Na festa que promovemos para nossos esposos tudo correu normal. Não houve nada de acerto de propinas e corrupção. Ingênuas! Nem sabiam que ficaram de fora dos esquemas dos 10 milhões de reais!

Dizem por aí que ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão, mas não é bem assim que a coisa funciona entre eles. Não existe perdão. Com as turmas das ruas, as regras são claras, como diz o juiz de futebol Arnaldo César Coelho. Em Brasília dos percentuais como norma ética, se marcar bobeira, uns roubam os outros no maior cinismo e cara de pau.

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