Primeiro o cara é cínico, falso, mentiroso e hipócrita e depois é só pedir desculpas que tudo fica numa boa. É uma tremenda cara de pau desses políticos, como a do governador do Rio de Janeiro, que deu uma tremenda festa em seu aniversário, provocando aglomeração, e o pior, todo mundo sem máscara, inclusive os empregados que fizeram os come-bebes.

O cinismo foi tão escancarado que dias antes ele fez um pronunciamento em público recomendando que as pessoas não dessem festas, mantessem o isolamento social e usassem máscaras. Fez o contrário do que mandou e, com a cara mais limpa, deu umas desculpas fajutas e pediu desculpas. Em outro país sério seria imediatamente afastado do cargo, preso e até executado. Aqui não acontece nada.

Entrou na moda a onda das desculpas onde o sujeito fala barbaridades, discrimina os outros, pratica o racismo, a homofobia e depois pede desculpas. Essa nova mania logo vai estar chegando aos ladrões corruptos. Primeiro o cara rouba e depois pede desculpas. Todo mundo esquece.

É mesmo um Brasil que precisa renascer das cinzas, com um novo conquistador para as coisas darem certo. Tudo tem que começar do zero, mas o tempo não volta, meu amigo. Tem que nos contentar com o que temos de pior na política mundial, mas isso é um outro assunto numa outra oportunidade.

Como já estamos nessa linha, vamos dar um pulo até o Planalto, cujo capitão-presidente está agora sendo encurralado pelo “Centrão” do Congresso Nacional. Na pressão pela cabeça do brucutu do Ministério das Relações Exteriores, para enganar os bestas, ele entrou num acordo e mudou seis peças, ou melhor, remanejou-os.

Pelo andar da carruagem, ele insiste na ideia macabra de uma intervenção militar (vivemos um misto de democracia e militarismo), ou uma ditadura mesmo. O afastamento do ministro general da Defesa por outro general não tão legalista, Braga Neto, vai nessa direção. O outro criticava os colegas da ativa em cargos no poder executivo, e condenava qualquer intromissão das forças armadas em questões políticas.

Pelo visto, ainda vivemos com uma espada na cabeça, pois esses conluios com políticos cínicos do troca-troca, do dá lá, dá cá, como do naipe do governador do Rio de Janeiro, nos provocam arrepios, ou calafrios na espinha. Com o encurralamento, na base do tudo tem limites, o capitão, em seu inferno astral da reprovação e dos panelaços, deu um recuo, e até passou a usar máscaras. Disse que ia comprar 500 milhões de vacinas. Não dá para confiar.

Com o novo ministro da Saúde, ele negociou as máscaras e os protocolos pela cloroquina e o não isolamento social, que são suas bárbaras bandeiras negacionistas, tanto que o Queiroga sai pela tangente quando indagado sobre esses assuntos.

Até quando vai perdurar essa sutil mudança do capitão? Não quero ser mais uma vez, como tem gente que assim me trata, um espírito de porco, mas coisa ruim pode vir por aí, quando se trata de um desequilibrado que não tem a mínima competência para governar um país, principalmente nesse quadro de pandemia devastadora.