Poema de autoria do jornalista e escritor Jeremias Macário

Morena serena,

de corpo inteiro,

de olhos verdes,

cores do coqueiro.

 

Palmas balançam,

entre a faca afiada,

no fio do corte,

da carne cortada,

com sangue espirrado,

na mão ensanguentada.

 

Toque terno interno,

no vermelho a escorrer,

entre o proibido sentir,

no desejo quente,

do beijo ardente,

tocando até o ventre.

 

Ternura carente,

de uma tarde fria;

desperta o membro,

e o prazer irradia,

por fora e por dentro,

no corpo latente rente.

 

O orgasmo aflora,

entre pernas sedentas;

o sangue bombeia,

na medida da hora,

correndo pela veia,

acordando os sentidos,

dos líquidos proibidos.

 

Do fruto dos seios,

escorre a deliciosa ceia,

e fecunda o sêmen,

entre os galanteios,

tecendo sua fina teia.

 

Nascido da carne,

do extrato libido,

de um pecaminoso

sangue proibido,

Intravenoso.