De um especialista da área de saúde disse esperar que o presidente da República tome medidas restritivas para o uso da máscara e do isolamento social. É muita ingenuidade em se tratando de um cara que desde o início da pandemia faz o contrário e critica os governadores e prefeitos que estão fechando o comércio e decretando o toque de recolher.

O número de casos e mortes pelo vírus só aumenta, numa tragédia que estava anunciada desde as eleições municipais, as festas de final de ano e o carnaval clandestino. Até quando vamos esperar que mais gente morra nesse país desgovernado? Até quando vamos ter de aturar esse genocídio em massa de um presidente que incentiva as aglomerações?

Os secretários de saúde dos estados estão apelando para que o governo federal tome atitudes de restrição porque a situação está insustentável. Não fossem as ações dos governadores e prefeitos já teríamos registrado 500 mil mortes, como nos Estados Unidos que têm uma população bem maior. Se depender dele, vamos chegar a essa cifra mortífera até o final do ano.

É claro que a população brasileira (em parte) tem sua parcela de culpa por promover aglomerações, mas, o capitão presidente e seus generais têm a maior. Vamos esperar que a história lá adiante nos julgue por omissão, ou vamos dar um basta nessa mortandade? Vejo mais uma vez em minha vida esses generais e outros oficiais manchando suas fardas de sangue.

Diante desse quadro tão caótico e absurdo, ainda presenciamos lojistas e prestadores de serviços em protesto na porta da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista contra o fechamento de dois dias úteis do comércio. Além de provocar aglomeração, esses indivíduos só pensam exclusivamente no dinheiro.

A nação brasileira é, ao mesmo tempo, masoquista e sádica. Infelizmente, estamos num caminho de suicídio em massa onde não existe consciência coletiva, respeito aos outros e preservação da vida. De tão desesperadas, sem sentido de existência e como quem não têm nada a perder, essas pessoas estão mesmo querendo morrer.

É tudo confuso porque não existe uma coordenação central, e cada um toma a sua medida, inclusive com relação aos critérios de vacinação. Tem muita gente sendo imunizada só porque trabalha numa empresa de saúde, como atendente, recepcionista ou é agende da área, que nem está mais entrando nas casas.

Nesse caso, os comerciários que estão no dia a dia em contato com clientes nas lojas são bem mais prioritários no atual momento. Cada secretário e cada prefeitura faz o que quer. Não existem mais protocolos e ordem de prioridade. Cada um interpreta a sua própria maneira de ver a liberdade, do direito de ir e vir e de agir como bem entende. É um povo sem guia. Até quando vamos esperar que se dê um basta nesse desmando?